De
2 a 7 de
dezembro de 2014, Brasília acolhe o II FESTIVAL INTERNACIONAL CINEMA E
TRANSCENDÊNCIA, um festival que no ano passado atraiu centenas de pessoas ao
Museu Nacional dos Correios, na área central de Brasília. O evento promete
encantar a plateia com produções que fogem aos temas do cinema convencional e
apresentam olhares diferenciados sobre a realidade, a espiritualidade, a arte e
o pensamento contemporâneo. O festival acontece no Auditório do Museu Nacional
dos Correios, no Setor Comercial Sul, com entrada franca. O festival conta com
o patrocínio dos Correios.
Sob
a curadoria do cineasta e músico André Luiz Oliveira e da produtora e
jornalista Carina Bini, foram selecionadas dez produções dos Estados Unidos,
Brasil, Japão, Inglaterra, Canadá, Chile e Índia. São filmes de curta e
longa-metragem que oferecem ao espectador outras possibilidades de reflexão e
de autoconhecimento. Além das exibições, estão programados dois debates
reunindo o curador André Luiz, o jornalista e escritor Luis Pellegrini,
ex-editor da Revista Planeta, o mestre em Psicologia Clínica
e Doutor em Desenvolvimento Sustentável Marco Aurélio Bilibio
e a artista brasileira Tiffani Gyatso, especializada em arte sacra do budismo
tibetano.
A
programação oferece ainda dois shows, na área externa do Museu Nacional dos
Correios. No sábado, a partir das 19h, o palco será do Jazz Brasil. E no
domingo, um pouco mais cedo, às 18h, música a cargo de André Luiz Oliveira,
Cláudio Vinícius e Ocelo Mendonça no belo trabalho Mensagem de Fernando Pessoa, no qual poemas do grande escritor
recebem roupagem musical. Sempre com entrada franca.
PERFIL VIGOROSO
Um
dos destaques do II FESTIVAL INTERNACIONAL DE CINEMA E TRANSCENDÊNCIA é a
cinebiografia do realizador chileno Alejandro Jodorowsky, que além de cineasta
é poeta, escritor e psicólogo. Dono de uma trajetória singular na história do
cinema, Jodorowsky tem uma legião de seguidores pelo mundo, amantes de seu
cinema de contornos surrealistas e profundas reflexões sobre a existência. Do
‘piscomago’, como é carinhosamente chamado, o Festival exibe seu mais recente
filme, A Dança da Realidade, uma
autobiografia que mistura cinema e poesia.
A programação também traz Occupy Love, um documentário que
investiga a crescente insatisfação de diferentes sociedades com o modelo
dominante de poder e economia global. O filme aborda recentes acontecimentos
como a Primavera Árabe e o movimento Occupy Wall Street para falar da crise que
está levando o mundo a um colapso econômico e ecológico. A produção leva a
assinatura do premiado diretor canadense Velcrow Ripper, apontado pela organização Film Independent como um dos dez melhores cineastas de 2012.
Ainda será possível ver uma bonita imersão no
universo dos ascetas dirigido por Paula Fouce com Nu em Cinzas, um documentário que penetra em locais nunca mostrados
pelo cinema, na intimidade dos místicos que se dedicam ao encontro com o Divino;
um perfil cinematográfico do artista, escritor e ativista brasileiro Bené
Fonteles, curador de exposições notáveis, assinado por André Luiz Oliveira; o
raro registro da vida e obra do músico e artista plástico suíço Walter Smetak,
que influenciou toda uma geração de músicos brasileiros, como Gilberto Gil,
Caetano Veloso, Tom Zé, em
O Alquimista do Som, documentário do baiano José
Walter Lima; e o curioso Um Grande Salto:
E eu, como fico?, de Jamie Catto, que apresenta um retrato do pensamento
contemporâneo de várias celebridades de 50 diferentes países – o filme recebeu o
Grande Prêmio do Júri de Melhor Documentário no Red Rock Film Festival.
PROGRAMAÇÃO
TERÇA, 02.12
19h30
– Coquetel de abertura
20h
– A Dança da Realidade, de Alejandro
Jodorowsky
QUARTA, 03.12
16h - Conversando
sobre A Arte do Silêncio, com Walter
Wiedemann, e Ecocracia: Utopia ou
possibilidade?, com Marco Aurélio Bilibiu. Participação de André Luiz
Oliveira
19h30
– Quando o pássaro de ferro voar, de
Victress Hitchcock
QUINTA, 04.12
16h
– Conversando sobre O Dharma através da
Arte, com Tiffanis Gyatso. Participação de Luis Pellegrini, André Luiz
Oliveira e Bridget Bailey
19h30
– Nu em Cinzas, de Paula Fouce
SEXTA, 05.12
16h
– Conversando sobre Abolição das
Escravidões, com Luís Pellegrini. Participação de André Luiz Oliveira e
Marco André Schwarztein
19h30
– Varanasi, umbigo do mundo, de Lena
Tosta e Olivier Boëls – com a presença dos diretores
Ram Dass – Graça Feroz, de Mickey Lemle
SÁBADO, 06.12
14h
– Shugendo Agora, de Tateishi Kosho
16h – Alquimista
do Som, de José Walter Lima
Cozinheiro do Tempo, de André
Luiz Oliveira
Bate-papo com o artista plástico, poeta e compositor Bené Fonteles
19h
– Show área externa – Jazz Brasil
20h
– Um Grande Salto: E eu, como fico?,
de Jamie Catto
DOMINGO, 07.12
16h
– Dhrupad – Dagar Brothers, de
Aravind Sinhá
18h
– Show área externa – Mensagem de
Fernando Pessoa, com o trio Os
Bandarra (André Luiz Oliveira, Cláudio Vinícius e Ocelo Mendonça)
19h30 – Occupy
Love, de Velcrow Ripper
SINOPSES
A DANÇA
DA REALIDADE (La Danza de la Realidad), Chile, 2013,
130min, 18 anos
Diretor: Alejandro Jodorowsky
Produzido e dirigido por
Alejandro Jodorowsky, ‘A Dança da Realidade’ é seu primeiro filme em 23 anos e
mistura sua história pessoal com a metáfora, mitologia e poesia. O filme
reflete a filosofia de Alejandro Jodorowsky, de que a realidade não é objetiva,
mas sim uma dança criada por nossa própria imaginação.
Alejandro
Jodorowsky – Cineasta e escritor, nascido em Iquique, Chile, em 1929,
radicou-se em Santiago em 1942, onde cursou universidade, trabalhou como
palhaço de circo e teatro de marionetes. Em 1955, mudou-se para Paris e estudou
mímica com Marcel Marceau. Em Paris trabalhou com Maurice Chevalier e fez um
curta-metragem, A Gravata (1957). No
período, tornou-se amigo dos surrealistas Roland Topor e Fernando Arrabal e, em
1962, os três criaram o "Movimento Pânico", em homenagem ao mítico
deus Pan. Como parte deste grupo Jodorowsky escreveu vários livros e peças
teatrais. Mais tarde, ainda na década de 60, dirigiu teatro de vanguarda em
Paris e Cidade do México, e fez seu primeiro filme, Fando y Lis (1968), baseado em uma peça de Arrabal. Em 1970, filmou
El Topo que se tornou um clássico cult, assim como seu próximo filme A Montanha Sagrada (1973). Nos anos
1970, dirigiu ainda, Tusk (1979). No
início de 1980 começou a trabalhar em Moebius,
história em quadrinhos e publicou vários quadrinhos, novelas, desenhos
gráficos. Voltou a filmar em 1989, Santa
Sangre, que foi aclamado pela crítica e amplamente distribuído. Em 1990
dirigiu Omar Sharif e Peter O'Toole no filme fantasia O Ladrão de Arco-Íris. Ainda na década de 1990, começou a trabalhar
em outro filme, muito esperado, Sons of
El Topo. A Dança da Realidade é
seu trabalho mais recente, estreado no Festival de Cannes de 2013 e aclamado
pela crítica e público.
Diretora: Victress Hitchcock
Em 1959, a invasão chinesa do
Tibete abriu as portas para o reino misterioso do budismo tibetano e de repente
essa rica e antiga tradição foi impulsionada para o mundo moderno. Meio século
depois, a profecia de Padmasambhava tornou-se realidade e os ensinamentos do
budismo tibetano são encontrados em todos os cantos da terra. ‘Quando o Pássaro
de Ferro Voar’ nos leva a uma viagem íntima e pessoal seguindo o caminho
surpreendente de uma das grandes tradições espirituais do mundo das cavernas do
Tibet para o mainstream da cultura ocidental. O filme investiga a pergunta:
"Nestes tempos de desafios crescentes, podem estes ensinamentos profundos
nos ajudar a encontrar a verdadeira felicidade e criar um mundo no século XXI
mais compassivo e sano?"
Victress Hitchcock - Dirigiu premiados
documentários e filmes educativos por 35 anos e vem estudando e praticando o
budismo pelo mesmo período de tempo. Formou-se na Escola de Cinema de Londres e
foi bolsista de Criação em Comunicação Social do Conselho de Artes do Colorado.
Seus documentários incluem What can I tell you, Song of the Open Road, Children of Wind River, Blessings: The Tsoknyi Nangchen Nuns of Tibet. Escreveu
e dirigiu Grandfather Sky, um filme
dramático e curto para a Native American
Public Broadcasting. Seus filmes educativos incluem Nicholas and the Baby e inúmeros programas de prevenção da
violência e da droga para a Discovery
Education.
NU EM
CINZAS (Naked
in Ashes), EUA, 2005, 103min, 16 anos
Diretora: Paula Fouce
Na Índia, em meio a um bilhão
de pessoas existem os ascetas e, para as mentes ocidentais, a excêntrica
comunidade de 13 milhões de iogues. Eles vivem num mundo nunca visto no cinema.
‘Nu em Cinzas’ é um documentário que oferece um olhar sem precedentes do Yogi
Oriental. Esses místicos abandonam a vida material para embarcar com
profundidade em uma busca espiritual. O documentário fornece um vislumbre
mágico para o mundo desses sábios que encontram um significado profundo em uma
vida de castidade, austeridade e devoção. Cobrindo seu corpo do calor com as
cinzas dos mortos, o filme traz retratos íntimos da vida desses homens, cuja
única missão é experimentar o Divino.
Paula
Fouce - A documentarista
viajou, aos 19 anos, para o Nepal e Índia para estudar. Na década de 1970,
trabalhou como agente de viagens para passeios espirituais, mergulhando ainda
mais nas culturas da Índia, Tibete e Nepal. Aprendeu sobre as muitas religiões
da região, incluindo hinduísmo, islamismo, sikhismo e jainismo. Sempre muito
perto da escola budista, Fouce foi iniciada pelo Karmapa em 1976. Essas experiências, profissionais e pessoais,
formaram as bases para os temas de seus filmes. Através de sua empresa Paradise Filmworks, produziu e dirigiu Origens do Yoga e Nu em Cinzas. Seu novo filme é um documentário sobre a intolerância religiosa no qual
Dalai Lama tem um papel importante.
VARANASI,
UMBIGO DO MUNDO , Brasil, 2012, 17min, 14 anos
Diretores: Lena Tosta e Olivier Boëls – etnofoco
Varanasi é o epicentro do mundo para os
hindus, o chão original, de onde o universo todo foi criado e para onde, um
dia, ele vai se contrair. Fica ali a encruzilhada entre este e outros mundos,
onde Brahman, o absoluto, toca a terra. Tem gente que diz que Varanasi é um
sítio de cremação do Universo Manifestado – maya – a ilusão. Certo é que quem mora em Varanasi está sempre
sendo lembrado da impermanência desta vida. E não apenas porque lá, o campo de
cremação mais disputado da Índia, solta o cheiro pungente de corpos cremados ao
ar livre, 24 horas por dia. Afinal, quem morre em Varanasi alcança o moksha, a liberação. A passagem, que
em toda parte é temida, ali é bem-vinda. E a profunda transformação do mundo
também. Varanasi hoje é um microcosmos da Índia, um subcontinente que vive
todas as contradições da contemporaneidade.
Lena Tosta e
Olivier Boëls - Olivier
Boëls é cofundador da produtora Etnofoco, especializada em produções
audiovisuais, fotográficas e em pesquisa antropológica. É detentor de um
prestigiado prêmio internacional, o World Press Photo 2000. Entre os prêmios
nacionais, ganhou o 1° Foto Arte 2004, na categoria Política e Social, e o
Pierre Verger 2002, com a antropóloga Lena Tosta. O Etnofoco apresentou, em
2010, o curta-metragem Cinzas Sagradas
na Era de Kali, no Musée du Quai
Branly, em Paris, durante o colóquio internacional Arrêts sur Images e integrou
a exposição “Índia!”, apresentado no CCBB (SP, RJ e DF), em 2012.
Lena
Tosta é doutora e mestre em Antropologia pela UnB com experiência de campo no
Brasil, na Índia, no Canadá e na França. Atualmente,
conclui uma especialização em Antropologia e Cinema na Universidade Paris X e
trabalha com pesquisa antropológica conjugada à produção de imagens, em
curadorias, publicações, exposições e em atividades de ensino-aprendizagem.
RAM
DASS – GRAÇA FEROZ (Ram
Dass – Fierce Grace), EUA, 2001, 93min, 16 anos
Diretor: Mickey Lemle
Nos anos 1960, Richard Alpert
e Timothy Leary estavam para a consciência espiritual assim como os Beatles e
os Stones para o rock 'n ' roll. Como membros do corpo docente de Harvard, eles
começaram a fazer experiências com LSD e em 1963 foram expulsos da
universidade. Enquanto Leary continuou a sintonizar e fazer suas experiências,
Alpert - cujo pai era um advogado judeu rico e presidente da New York-New Haven
Railroad – transformou-se em
Ram Dass, um sério e muito amado líder espiritual, autor e
conferencista. Seu best-seller de 1971, ‘Be Here Now’ foi distribuído em todo o
mundo. O cineasta Mickey Lemle, que conheceu sua vida por 25 anos, equilibra
com fascínio um documentário de longa-metragem, com imagens da era hippie,
muitas vezes cômicas, e material contemporâneo sobre Ram Dass, e como ele refaz
a sua vida desde que sofreu um acidente vascular cerebral há cinco anos.
Mickey Lemle - Produtor e diretor,
tem realizado filmes, documentários especiais e séries para televisão desde
1971. Em 1977, fundou a Lemle Pictures.
Seus trabalhos de cinema e televisão foram mostrados ao redor do mundo. Mickey
serviu no Corpo de Paz dos EUA no Nepal e atualmente ocupa o cargo de
Presidente do Conselho de Administração do Fundo ao Tibet. Em 1989, Lemle
produziu e dirigiu o premiado O Outro
Lado da Lua. Em 1991, ganhou outro prêmio com Nosso Planeta Terra, um poema de amor ao planeta encomendado pelas
Nações Unidas. Em 1993, produziu e dirigiu o premiado documentário Compaixão no Exílio: A História do 14º Dalai
Lama. O filme teve a presença pessoal de Dalai Lama, apoio e cooperação sem
precedentes, foi transmitido pela TV PBS e recebeu inúmeros prêmios, incluindo
duas indicações ao Emmy de Melhor Diretor e Melhor Documentário, e o grande
prêmio Peace Film Festival. Seu filme
de 1996, Apressa-te lentamente: A Viagem de Sir Laurens Van Der Post,
tece uma colcha de momentos-chave na vida de um extraordinário escritor,
cineasta, líder, estadista e antropólogo através de suas próprias histórias
íntimas e recebeu vários prêmios internacionais.
SHUGENDO
AGORA (Shugendo
Now), EUA, 2009,
91min, 14 anos
Diretor: Jean-Marc Abela
O documentário é uma viagem
experimental pelas práticas místicas do ascetismo nas montanhas japonesas. Em
Shugendo (Caminho de Aquisição de Energia), os praticantes executam rituais de
xamanismo, Xintoísmo, Taoísmo e Budismo Tântrico. Eles buscam a verdade
experiencial dos ensinamentos durante subidas árduas nas montanhas sagradas. Através
da paz e da beleza do mundo natural, praticantes buscam purificar as seis
raízes da percepção, revitalizar a sua energia e se reconectar com sua
verdadeira natureza.
Jean-Marc Abela - Cineasta
autodidata, com 12 anos de experiência, Jean-Marc concentra suas energias na
produção de documentários. Completou dois documentários com recursos
independentes. Em ‘Shugendo Agora’,
explora a relação do ser humano com a natureza através de uma tradição
japonesa. Em "Diversidade",
ele segue um grupo de jovens que embarcam em uma jornada para descobrir a sua
relação com a comida que eles comem. Jean-Marc tem viajado pelo mundo com sua
câmera e descobriu uma segunda paixão além do cinema, a Permacultura, ciência
do design sustentável.
O
ALQUIMISTA DO SOM,
Brasil, 1978, 11min, 14 anos
Diretor: José Walter Lima
O Alquimista do Som
foi filmado em Salvador, tem montagem de Roberto Miranda, narração de Rogério
Duarte e som de José Umberto Dias e José Alberto Machado. É um documentário
sobre a vida e a obra do músico e artista plástico suíço Walter Smetak, que
lecionou na Escola de Música da Universidade da Bahia, influenciando uma
geração de músicos como Gilberto Gil, Rogério Duprat, Caetano Veloso, Gereba,
Tom Zé, Tuzé de Abreu, grupo Uakti, entre outros. Smetak destacou-se pelo
caráter vanguardista de sua obra. Propôs, dentre outras coisas, que a relação
com a música fosse o mais orgânica possível e defendeu a democratização do
acesso à arte. Em 1968, já havia produzido cerca de 100 instrumentos
experimentais de cordas, sopro e percussão, todos desenvolvidos na oficina de
criação que montou no porão na Escola de Música da Ufba.
José
Walter Lima - Cineasta, pintor, e, principalmente, agente
cultural, José Walter Pinto Lima atua há cerca de 50 anos no cinema da Bahia.Assistente
de direção do consagrado Meteorango Kid, o herói intergalático, de André
Luiz Oliveira, no qual também aparece como ator, pautou sua vida pelo desejo de
fazer cinema. Seu registro sobre o músico Walter Smetak, O alquimista do
som, é hoje um documento sobre o extraordinário instrumentista. Ficção meio
godardiana, Nós, por exemplo, tem Edgard Navarro como um dos
intérpretes. E, recentemente, reconstituiu um longa que estava inacabado há
vinte anos: Antonio Conselheiro, o taumaturgo do sertão.
COZINHEIRO
DO TEMPO, Brasil,
2009, 60min, 12 anos
Diretor: André Luiz Oliveira
Um olhar poético sobre a vida e obra do
autointitulado "artivista" - misto de artista e ativista político nas
questões ambientais e ecológicas - Bené Fonteles. Nas suas exposições e andanças
pelo Brasil, Bené prega e pratica a "arte da cura", a arte da
autotransformação que na sua dinâmica criadora almeja transmutar o espaço
social a sua volta. Sua arte joga luz nas coisas simples da vida e expressa a
contemporaneidade de um espírito livre em profundo contato com a natureza.
André Luiz Oliveira - Diretor
de um dos marcos do cinema marginal brasileiro, Meteorango Kid – O herói intergalático (1969), prêmio de público no
Festival de Brasília e Margarida de Prata da CNBB, nasceu em Salvador e estudou
cinema na Universidade Federal da Bahia, na década de 60. Em 1975, dirigiu A Lenda do Ubirajara, adaptação da obra
de José de Alencar. Em 1995 dirigiu o premiado Louco por Cinema, com seis prêmios no festival de Brasília, entre
eles, o de melhor filme e melhor diretor. É autor e diretor dos recentes filmes
Sagrado Segredo (2012) e Ziriguidum Brasília: a arte e o sonho de
Renato Matos (2014), premiado no festival de Brasília com melhor direção,
melhor filme júri popular e melhor trilha sonora.
UM
GRANDE SALTO: E eu, como fico? (One Giant
Leap: What About Me?), EUA, 2008, 118min, 12
anos
Diretor: Jamie Catto
Direção Musical: Duncan Bridgeman
Não é
sempre que uma pessoa viaja pelo mundo gravando música de vários países e
conversando com celebridades, mas o documentário “One Giant Leap: What About Me?” fez disso seu foco, percorrendo mais de 50 países ao redor do globo.
Carregando apenas um laptop e uma câmera de vídeo, os produtores e cineastas
Jamie Catto e Duncan Bridgeman tiveram algumas aventuras incríveis, exploraram
as diferenças entre homens e mulheres, numa explosão amorosamente trabalhada de
música, filosofia e imagem. Teceram juntos centenas de entrevistas, conversas,
sessões de música e canções, gravadas e filmadas numa jornada épica através de
cidades e aldeias do mundo.
Jamie Catto - Como
declarou recentemente a revista The
Sunday Times Style, Jamie Catto é um catalisador criativo. É o produtor e
diretor por trás do projeto musical “Giant
Leap”, o primeiro nomeado para dois Grammys
em 2003, e chegou a vender mais de 300 mil álbuns, ganhando vários prêmios em
todo o mundo. ‘What about me’ (E
quanto a mim?), lançado em 2009, ganhou recentemente o Grande Prêmio do Júri de
Melhor Documentário no Red Rock Film
Festival. Jamie também é membro fundador, cantor, diretor de arte e diretor
de vídeo e musical do grupo Faithless.
A banda já vendeu milhões de discos desde o final da década de 1990, incluindo
mais de 6 milhões de cópias do influente trabalho ‘Insomnia’.
DHRUPAD
- DAGAR BROTHERS, Índia,
2006, 63min, Livre
Diretor: Aravind Sinhá
Dagar é uma lenta
jornada meditativa sobre a vida e as tradições dos Dagars, uma linhagem antiga
de músicos que vêm praticando dhrupad por 20 gerações. Dhrupad é um estilo de
canto da música indiana Hindustani, e acredita-se ser o mais antigo estilo de
canto conhecido. As composições são antigas e em sua maioria poéticas. É uma
música extremamente meditativa e tem o objetivo de aproximar o ouvinte aos
planos divinos elevados.
Arvind Sinha - Influente diretor e produtor
de documentários, coleciona importantes premiações pelo mundo. A obra ‘Journey and Conversation’ participou do
Joris Ivens Competion em Amsterdam, no ano de 2003 e no Festival de Sundance em
2004. Em 2001, foi o ganhador do prestigiado prêmio japonês Hoso Bunka para
documentaristas da Ásia na região do Pacífico. Recebeu o National Award, o mais
importante prêmio de cinema da Índia oito vezes, sendo cinco como diretor e
três como produtor. Seus documentários já foram exibidos em canais de televisão
de todo o mundo.
OCCUPY LOVE, EUA, 2013,
86min, 14 anos
Diretor: Velcrow Ripper
O
filme explora a crescente percepção de que o sistema dominante do poder não
fornece saúde, felicidade ou significado para as coisas. O velho paradigma de
concentração de riqueza, fundamentado na ganância de poucos, está causando um
colapso econômico e ecológico. A crise resultante tornou-se o catalisador para
um profundo despertar: milhões de pessoas estão decidindo que basta e chegou a
hora de criar um novo mundo. O filme liga os pontos nesta era de rápida
evolução e mudança social, com cenas cativantes de momentos históricos no mundo
em que a população se levantou para ser agente da mudança. Apresenta alguns dos
principais pensadores sobre sistemas alternativos da economia, sustentabilidade,
empatia, incluindo Naomi Klein, Bill McKibben, Jeremy Rifkin e Charles
Eisenstein.
Velcrow Ripper - Premiado diretor canadense, tem criado documentários
cinematográficos que lidam com as questões centrais do nosso tempo. ‘Occupy Love’ é o último filme da
trilogia de documentários ‘Fierce Love’,
iniciada com ‘Scared Sacred’, nomeado
em 2004 um dos 10 melhores filmes do Canadá e vencedor do Genie (Oscar canadense) de 2005 como melhor documentário. Manteve o
prêmio em 2008 com o filme ‘Fierce Light:
When Spirit Meets Action ‘ (Luz
Feroz: Quando o Espírito encontra Ação). Os filmes de Velcrow são
estilisticamente inovadores, envolventes e comoventes. Foi recentemente nomeado
"um dos dez melhores cineastas de 2012" pela revista Film Independent.
II
FESTIVAL INTERNACIONAL DE CINEMA E TRANSCENDÊNCIA
Idealização: André Luiz Oliveira e Rubens
Carvalho
Elaboração e Captação: Luana Marques
Curadoria: André Luiz Oliveira e Carini
Bini
Direção Geral: Carina Bini
Produção: Rubens Carvalho e Delma Sandri
Produção Executiva: Luana Marques
Assistente de Produção: Danielle Camargo
Assessoria de Imprensa: Objeto Sim
Design e Criação Gráfica: Sradha e Samaúma
Filmes
Projeção Digital: Samaúma Filmes
SERVIÇO
Data:
2 a 7 de
dezembro de 2014
Local: Auditório
do Museu Correios, situado no Setor Comercial Sul.
Horários:
ver programação
ENTRADA
FRANCA==> Foto: Divulgação


2 comments:
É considerado um dos mais importantes eventos de cinema do mundo, já que reúne grandes nomes da indústria cinematográfica internacional. O festival apresenta um amplo panorama da produção cinematográfica mundial, com filmes de todos os gêneros e nacionalidades. Além disso, o festival promove a troca de ideias sobre o cinema e seus diversos aspectos, através de mesas-redondas, oficinas e palestras.
Agradeço os comentários! Continuem interagindo conosco!!
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