“A DESUMANIZAÇÃO” NO CCBB BRASÍLIA – DE 28 DE JANEIRO A 21 DE FEVEREIRO

A escrita original do grande escritor português Valter Hugo Mãe toma a cena no espetáculo “A DESUMANIZAÇÃO”, adaptação inédita no Brasil de livro homônimo do premiado autor. Dirigida por José Roberto Jardim e contando, no elenco, com as atrizes Fernanda Nobre e Maria Helena Chira, a encenação apresenta uma imersão no quarto romance de Mãe e poderá ser vista presencialmente no Teatro do Centro Cultural Banco do Brasil Brasília, de 28 de janeiro a 21 de fevereiro. O CCBB seguirá todas as normas para garantir o distanciamento social e a segurança dos espectadores.

O projeto de montagem de “A DESUMANIZAÇÃO” foi idealizado pela atriz Maria Helena Chira, que conseguiu o aval do autor para adaptação para os palcos do livro lançado em 2013 pela editora portuguesa Porto Editora e editado no Brasil pela extinta editora Cosac Naify, em 2014, tendo vendido mais de 35 mil exemplares até 2018. Em cena, questões psicológicas, como a passagem da infância para a juventude e o contato íntimo com a experiência da perda e da dor.

A temporada de estreia da peça em São Paulo, em 2019, contou com a presença de Valter Hugo Mãe, que celebrou a bela tradução, para o palco, de uma narrativa profundamente feminina.

Agora, Brasília terá oportunidade de conhecer a história das irmãs Halla e Sigridur: “Depois de um ano difícil como 2020, começar 2021 no palco com “A Desumanização” é um prazer enorme! Esperamos que o público de Brasília venha ao teatro, reviva a experiência presencial e prestigie essa obra tão importante de Valter Hugo Mãe”, diz a atriz Maria Helena Chira. Fernanda Nobre concorda: “Sou completamente apaixonada por esse espetáculo e quero muito apresentá-lo em todo o Brasil. Depois de 2020, que foi um ano tão complexo e sombrio, a arte vem para nos dar mais respiro e suavidade”.

O ESPETÁCULO
Raramente a adaptação de um romance tem o mesmo alcance das páginas escritas. A montagem de “A DESUMANIZAÇÃO” busca uma linha narrativa que preserva as imagens idealizadas pelo autor, criando uma leitura paralela. Duas atrizes em cena falam do passado e, ao mesmo tempo, revivem as diferentes passagens das fases de menina para mulher, as descobertas dolorosas e a necessidade de se sentir inteira.

No romance, o “longe” é representado pela Islândia, lugar mítico e sombrio. Cenicamente, esse lugar se dá internamente e pelas palavras de Valter Hugo Mãe. O lirismo e a poesia estão presentes e há uma lente de aumento na questão da falta de identidade, da falta da outra metade, da duplicação.

Ainda de acordo com a narrativa da obra literária, a personagem Halla assiste sua irmã, Sigridur, morrer. Ou melhor: a vê ser plantada “para nascer árvore”, como assim contaram para ela. A obra é recheada de analogias e sentimentos profundos e de afeto. Alguns perturbadores, outros de encantamento. “...Era fundamental que fôssemos cada vez mais gêmeas.”

Para José Roberto Jardim, dirigir “A DESUMANIZAÇÃO” é uma oportunidade de criar, sobre um palco, a jornada proposta por Valter Hugo Mãe, na qual o mundo e suas contradições encontram símbolos e lirismos tão arquetípicos quanto o desejo da personagem Halla em sobreviver ao que ela considera absurdo e, paradoxalmente, belo. “É um grito por sua paridade, autonomia, liberdade e pela busca de entendimentos nesse mundo tão árido e individualista”, analisa Jardim.

SINOPSE
Baseado no livro do premiado escritor português, Valter Hugo Mãe, o espetáculo traz à cena a história de uma gêmea que perdeu sua irmã na infância. Tendo que amadurecer sem sua metade, sua irmã e melhor amiga, numa cidade do interior da Islândia, onde o conservadorismo e preconceitos fazem parte do dia a dia, ela se depara com situações e intolerâncias que a fazem rever de maneira drástica sua relação com a família, amigos e moradores daquela sociedade opressiva.

OS ARTISTAS

JOSÉ ROBERTO JARDIM - direção
Diretor, dramaturgo, iluminador e ator, vem, ao longo dos últimos anos, acumulando prêmios e recebendo reconhecimento internacional, sendo convidado para se apresentar em diversos festivais, como ator e como diretor. Com “Adeus Palhaços Mortos”, recebeu importantes premiações e participou de festivais internacionais. Com “A Cor que Caiu do Espaço” e “O Poço e o Pêndulo”, concorreu a premiações de direção em 2018 (tendo conquistado algumas, como o APTR). Em 2019, foi convidado a estrear o espetáculo “Há Dias que Não Morro” no International Antalya Theatre Festival, na Turquia.

FERNANDA NOBRE - atriz
Indicada a Melhor Atriz pelo prêmio Shell RJ 2016 por sua atuação no espetáculo “O Corpo da Mulher como Campo de Batalha”, de Matei Visniec, começou sua carreira artística aos 8 anos de idade, tendo no currículo, hoje, 14 novelas, 8 séries e 3 filmes. No teatro, participou de dez espetáculos. Entre estes, foi dirigida por Aderbal Freire Filho, João Fonseca e Fernando Philbert. Recentemente, esteve em cartaz com “Soror”, com direção de Caco Ciocler.

MARIA HELENA CHIRA - atriz
Formada pela ECA, é idealizadora da adaptação do livro para os palcos. Em teatro, trabalhou com diretores como Leonardo Moreira e José Possi Neto, além da extinta Cia. de Teatro em Quadrinhos. Estreou na TV com a série “Som & Fúria”, dirigida por Fernando Meirelles, na Rede Globo. Fez algumas novelas na emissora e séries em canais fechados, tendo recebido o Prêmio Telas de Melhor Atriz por “Zé do Caixão”, série que co-protagonizou com Matheus Nachtergaele.

Ficha Técnica:
Direção: José Roberto Jardim
Adaptação: Fernando Paz
Elenco: Fernanda Nobre e Maria Helena Chira
Coordenação de Produção: Mônica Guimarães
Música Original: Marcelo Pellegrini
Desenho de Luz: Wagner Freire
Cenografia: Belisa Pelizaro
Figurinos: João Pimenta
Videografismo e videomapping: André Grynwask e Pri Argoud (Um Cafofo)
Visagismo: Leopoldo Pacheco
Assistência de Direção: Louise Belmonte
Produção Executiva: Lívia Pinheiro
Administração: Julia Sousa
Assistência de Cenografia: Mariana Godone
Fotos: Victor Iemini
Idealização do Projeto: Maria Helena Chira
Realização: MoG Produtora
Assessoria de Imprensa: Objeto Sim Projetos Culturais


SERVIÇO:

A Desumanização
Local: Centro Cultural Banco do Brasília Brasília
Data: 28 de janeiro a 21 de fevereiro

Horários:
Em janeiro - Quinta a sábado 20h, domingo 19h;
Em fevereiro - Quinta a sábado 20h, domingo 18h;
Sessão com acessibilidade em libras: Dia 14 de Fevereiro

Ingressos: R$ 30,00 (inteira) e R$ 15,00 (meia-entrada e clientes do Banco do Brasil que pagarem com Ourocard.)
Locais de Vendas: somente on line, pelo app ou site da Eventim (www.eventim.com.br)

Duração: 57 minutos
Classificação Indicativa: 14 anos
Confira as normas de visitação e segurança referentes ao COVID-19 no site bb.com.br/cultura, e na emissão do ingresso.

==> Foto: Victor Iemini

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