O atleta paraolímpico Antônio Delfino, beneficiado pelo programa
Bolsa-Atleta, do Ministério do Esporte, e a velocista Ádria Rocha Santos
foram agraciados pelas Loterias Caixa com o título de Heróis do
Paradesporto. Ambos farão parte, ao lado do campeão de atletismo, Luiz
Cláudio Pereira, da galeria dos grandes contribuidores para o
desenvolvimento do esporte para pessoas com deficiência no Brasil.
Os atletas foram escolhidos em conjunto pelo Comitê Paralímpico
Brasileiro e pelas Loterias Caixa. O título dará a eles o direito a uma
bolsa com validade de 12 meses, podendo ser renovada. Com a assinatura
do contrato, os dois atletas terão como missão promover e conscientizar a
sociedade brasileira da importância do esporte paraolímpico.
Para o presidente do CPB, Andrew Parsons, os dois atletas têm papel
relevante para nós, pois colocaram o Brasil no patamar em que se
encontra hoje, ou seja, na sétima colocação no quadro geral de medalhas,
em Londres 2012. “As conquistas deles vieram em condições adversas e, a
partir desses resultados, conseguimos nos desenvolver e oferecer
estrutura cada vez melhor aos nossos atletas. Assim, estamos formando
mais heróis paraolímpicos para o futuro”, afirmou Parsons.
Dono de três medalhas paraolímpicas, sendo duas delas de ouro nos 200m
e 400m em Atenas-2004, o piauiense radicado em Brasília Antônio Delfino
começou no esporte apenas aos 28 anos, após ter a mão amputada em uma
máquina agrícola. Com a nova função Delfino espera contribuir muito com o
esporte. “É um marco para minha carreira ter este reconhecimento de ser
um Herói Paralímpico. O esporte me ensinou muitas coisas e me tornei um
cidadão por causa dele. Quero ajudar a formar novos cidadãos e passar a
minha história que conquistei nas pistas para as pessoas”, confirmou.
Luiz Cláudio Pereira foi o primeiro ex-atleta contemplado como Heróis
do Paradesporto. Cadeirante desde 1977, ele sofreu uma fratura medular
praticando judô. Ele brilhou nas provas de campo do atletismo nas provas
de lançamento de dardo, disco, peso e também no pentatlo, ganhando nove
medalhas, sendo seis ouros e três pratas nos Jogos de Stoke
Mandeville-1984, Seul-1988 e Barcelona-1992.
Para Cláudio, o título mostra o reconhecimento de um trabalho feito
pelos atletas. “Nós não tínhamos identidade e os Heróis do Paradesporto
resgatam a história mostrando que existe um projeto para os atletas e
que ele está em plena execução”, ressaltou o atleta.
Cleide Passos, com informações do CPB
==> Foto: Divulgação / CPB
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