
Com futebol oscilante e correndo sérios riscos de perder a partida para o time de Itápolis, o Santos só ficou no 1 a 1 contra o Oeste e preocupou a torcida, que vaiou a equipe ao término do primeiro e segundo tempos, na partida válida pela quarta rodada do Paulistão.
O empate manteve o Peixe invicto, na nona colocação, com seis pontos, e subiu o time do interior da última para a 18ª colocação, agora com dois pontos.
O próximo jogo do Santos é contra o Palmeiras, domingo, em Presidente Prudente - será o primeiro clássico do Paulistão -, com mando de campo do Peixe. Já o Oeste volta a jogar como visitante, desta vez contra o XV de Piracicaba, também no domningo.
Peixe cria, mas Oeste marca
Os dez minutos iniciais na Arena Barueri davam a impressão de que os titulares do Peixe ainda não haviam saído da pré-temporada. Tocando a bola com pouca objetividade, o time dava sinais claros de que estava sentindo a estreia, após 13 dias de treinamento.
O peso ficou evidente num erro de passe de Ganso no meio de campo, que propiciou o primeiro susto do Oeste na partida, com Tadeu finalizando cruzado para defesa de Rafael.
Aos poucos, porém, o Santos foi se reencontrando. Neymar arrancou da direita para o meio e fez fila, mas o desentrosamento deu novo sinal e o craque trombou com Borges. Mesmo assim, a joia deixou o companheiro em boa condição, mas o camisa 9 perdeu o gol.
Após o sumiço inicial, Ganso começou a aparecer bem. Percebendo a falta de objetividade do Peixe, o meia recuou por diversas vezes até a área defensiva para ajudar na saída de bola.
E em um lance genial do camisa 10, o Santos quase abriu o placar. Após boa abertura na esquerda para Léo, ele recebeu a bola de volta do lateral e fez belo corta-luz para Borges. O camisa 9, porém, perdeu outra boa oportunidade.
Foi então que o oscilante futebol santista se refletiu no clima em campo. Após pedir para ser substituído alegando dores, Elano discutiu com Muricy, que exigiu a sua permanência no gramado. A dupla chegou a trocar afagos após o bate-boca. Quando Ibson já se aquecia para entrar, Elano acertou o travessão em cobrança perigosa de falta. Muricy, então, desistiu da mudança.
Após lance de muito perigo com Durval no ataque, foi o Oeste que abriu o placar. Mazinho apareceu livre pela esquerda e cruzou tranquilo para Vanderson subir e marcar. Da mesma forma, Tadeu quase ampliou, mas Rafael impediu.
Santos volta aceso com Ibson e sem Elano
A primeira providência de Muricy no intervalo foi substituir Elano e colocar Ibson. E a mudança teve efeito imediato. Sem deixar o Oeste respirar, o Peixe empurrou a equipe de Itápolis para a defesa.
Inspirado, Neymar comandava as ações, em busca do gol de número 100. Após bonita jogada, ele tabelou com Ganso e o meia enfiou para Borges. Pela direita, o camisa 9 finalizou cruzado com perigo. No lance seguinte, Neymar dominou no peito e soltou a bomba por cima do gol.
E logo após mais uma substituição de Muricy, que lançou o time ao ataque com Alan Kardec no lugar de Henrique, o Santos empatou, com Ibson. Depois de cruzamento na área, ele dominou no peito e soltou voleio com estilo para o fundo do gol, sem chances para Zé Carlos.
No lance seguinte, Borges perdeu a terceira chance clara de gol na noite. Neymar tabelou de forma inusitada com a zaga do Oeste e deixou o camisa 9 em ótimas condições, mas o centroavante novamente ficou no quase.
Ainda houve tempo para Tadeu protagonizar lance inacreditável, depois de bate e rebate dentro da área santista. Totalmente livre, ele acertou o travessão e desperdiçou a chance da vitória para o Oeste.
Quem esperava um atropelo dos titulares sobre o lanterna do Paulistão, com possível festa pelo centésimo gol de Neymar, além dos 400 jogos de Léo e 100 partidas de Arouca com a camisa do Santos, viu um Peixe mais do que confuso. O centenário começou estranho.
==> Fonte: Globoesporte
==> Foto: JF Diorio / Agência Estado


0 comments:
Postar um comentário