Em jogo dramático no fim, Bahia vence Figueirense por 3 a 1 em casa

Jobson de volta, revivendo parceria no ataque com Reinaldo, ex-colega dos tempos de Botafogo. Torcida tricolor animada. O enredo que se ensaiava para o Bahia na noite deste domingo, no estádio de Pituaçu, era dos melhores. Não deu outra. Apesar de o Figueirense ter entrado em campo com boa armação defensiva, o Tricolor encontrou espaços para chegar aos gols. Fez 2 a 0 até o fim do segundo tempo, mas o fim da partida acabou dramático, com o Figueirense diminuindo e pressionando pelo empate. No fim, a torcida gritou olé e festejou o placar de 3 a 1, que garantiu, enfim, a primeira vitória em casa do clube neste Campeonato Brasileiro. Os gols de Reinaldo, Ávine e Jones - Wellington marcou o do Figueira - fizeram a equipe chegar aos 15 pontos ganhos e subir para a 13ª posição na tabela do Campeonato Brasileiro.

Agora, o time baiano terá uma parada dura pela frente. Enfrentará o São Paulo, na próxima quinta-feira, no Morumbi. O Figueirense, que com a derrota se manteve com 16 pontos ganhos e ocupa o 12º lugar, uma posição à frente do Bahia, receberá o Botafogo, na próxima quarta-feira, no Orlando Scarpelli.

Início truncado

Com os experientes Ricardinho e Carlos Alberto na armação e Reinaldo na frente, tudo indicava uma pressão baiana logo no início para tirar o placar do zero. Mas a equipe encontrou certa dificuldade diante de um Figueira bem postado no seu campo, ocupando bem os espaços, e procurando partir nos contra-ataques.

O ferrolho catarinense funcionava. Túlio - ex-Botafogo e Grêmio - era o pilar do esquema de Jorginho que ainda tinha Ygor e Pittoni para conter a euforia baiana. Ricardinho, lento, pouco criava. Carlos Alberto aparecia vez por outra, mas era bem vigiado. Com isso, Jobson e Reinaldo ficavam isolados na frente.

A pretensão do Figueira era, exatamente, cozinhar o jogo para sair com calma. Mas na primeira chance criada, deu azar: Lá pelos 13 minutos, Aloísio recebeu na frente, mas foi alcançado por Titi, que entrou duro, mas na bola. Mas o atacante do Figueira se machucou e teve de ser substituído por Wellington.

Com laterais pouco efetivos no apoio pelos dois lados, o jogo ficava embolado pelo meio. Júlio César foi o primeiro a arriscar, mas de longe. Marcelo Lomba se embolou mas conseguiu se redimir no lance.

A primeira chance baiana só surgiu aos 27, numa cabeçada de Paulo Miranda que fez Wilson trabalhar pela primeira vez. Pouco depois, era a vez de a equipe catarinense dar um susto na torcida tricolor em Pituaçu, mas Marcelo Lomba saiu bem e salvou um gol certo de Wellington.

Gol de Reinaldo

Parecia que o Bahia precisava de um susto para acordar. Mesmo com preciosismo e lentidão no meio-campo, Jobson já estava ligado ali na frente para tentar as jogadas individuais. Foi dele a melhor do jogo: depois de drible que deixou Coutinho no chão, bateu com perigo, para boa defesa de Wilson. Pouco depois, aos 42 minutos, o errado deu certo, e a bola foi parar no fundo da rede. Em bola que sobrou perto da meia-lua, Ávine bateu torto. Mas em direção de Reinaldo. O atacante a matou com o pé direito e bateu de canhota, sem defesa: João Paulo, que pediu impedimento, era justamente quem dava condições para o camisa 9, ex-Figueirense, fazer seu segundo gol com a camisa do Bahia em dois jogos disputados e fazer o Tricolor deixar o primeiro tempo com a vantagem no placar.

Os dois times voltaram mexidos para a segunda etapa. No Bahia, Renê trocou o apagado Carlos Alberto - que, segundo o departamento médico, saiu por problemas de infecção intestinal - por Gabriel. No Figueira, Pittoni deu vez a Helder. A partida caiu um pouco de ritmo. Começou melhor para o Bahia, que não conseguiu aproveitar dois erros da defesa do Figueira para ampliar o placar. Numa dessas jogadas, Jobson rolou bem para Reinaldo, que bateu para fora. Essa jogada, por sinal, era a melhor do Bahia.

Se Helder não conseguia auxiliar o isolado Elias na armação das jogadas do Figueira,. Gabriel também não melhorava o meio-campo baiano. As alterações não surtiram muito efeito. Renê tentou consertar ao tirar o cansado lateral Marcos para pôr Fabinho. Com isso, Gabriel passou a ser um ala. E foi por ali que Juninho, enfim, apareceu bem no apoio para o Figueira. Centrou na cabeça de Wellington, que mandou para fora a chance do empate.

Emoção no fim

O Figueira acabou punido. Aos 26, Ricardinho acertou o passe. Deixou o veloz Ávine na cara do gol, e o lateral não desperdiçou, tocando de cabeça, sem chances para Wilson, levando a torcida tricolor ao delirio.

Os espaços abriram dos dois lados. Júlio César, o melhor do Figueirense, obrigou Marcelo Lomba a grande defesa. O contra-ataque do Bahia, com Reinaldo e Jobson, era sempre veloz e criava boas jogadas, até que Renê trocou Reinaldo por Jones, numa estranha alteração.

O Figueira cresceu. Juninho e Elias, principalmente. Heber, que perdera chance inacreditável ao bater na trave após centro de Juninho, aos 39 bateu cruzado. Lomba espalmou nos pés de Wellington, que diminuiu o placar. Pouco depois, o time catarinense quase empatou. No contra-ataque, Jones, em jogada individual, garantiu os três pontos e a festa em Ptuaçu.

BAHIA 3 x 1 FIGUEIRENSE
Marcelo Lomba, Marcos, Titi, Paulo Miranda e Ávine; Fahel, Marcone, Ricardinho e Carlos Alberto (Gabriel) (Gabriel); Reinaldo (Jones) e Jobson. Wilson, Coutinho, João Paulo, Edson Silva e Juninho; Ygor, Túlio, Pittoni (Helder) e Elias; Júlio César (Heber) e Aloísio (Wellington).
Técnico: Renê Simões. Técnico: Jorginho.
Gols: no primeiro tempo, Reinaldo, aos 42 minutos. No segundo, Ávine, aos 26, Wellington, aos 39, e Jones, aos 46 minutos.
Cartões amarelos: Paulo Miranda e Jones (Bahia).
Local: estádio de Pituaçu (BA). Competição: Campeonato Brasileiro de 2011. Árbitro: Luiz Flávio de Oliveira (Asp. Fifa/SP. Auxiliares: João Nobe Chaves e Herman Brumel Vani (SP).

==> Fonte: Globoesporte

==> Foto: Agência Estado

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