Ventos e raios durante o período chuvoso podem aumentar o número de
cabos partidos da rede elétrica. Por isso, a população deve tomar
cuidados e não se aproximar de fiações. O alerta e a recomendação vêm do
engenheiro de segurança da Companhia Energética de Brasília (CEB)
Stefanos Nicolaidis. Mas a atenção, ressalta o profissional, deve ser
constante, inclusive, na época da seca.
Neste ano, durante o
réveillon, um acidente resultou na morte de um morador do Guará que
havia encostado o bastão de selfie em fios de rede elétrica. Em 2015,
das cinco ocorrências registradas pela CEB em Brasília, quatro também
foram fatais. Desde 2009, a companhia soma 57 acidentes, que provocaram a
morte de 34 pessoas — 59,64%.
Causas
Também
engenheiro de segurança da companhia, José Cézar Nonato explica que as
principais causas de acidente são o contato de vergalhões (barras de
metal compridas e relativamente grossas) e de outros objetos metálicos
com a rede. "Ao manuseá-los perto dela, ocorre a descarga elétrica
direto na pessoa".
Entre outros casos comuns constam colocação de
andaimes próximo às redes, construções irregulares para apoiar antenas
transmissoras de sinais para televisão, podas de árvores sem o devido
acompanhamento técnico e ligações clandestinas de energia. Segundo
Nonato, esses motivos repetem-se no restante do País, onde ainda há
situações com máquinas agrícolas que encostam em fiações.
O
engenheiro frisa que se deve manter distância segura da rede elétrica.
De acordo com ele, existem recomendações específicas conforme a
voltagem. Para saber qual é o espaço mínimo necessário, deve-se entrar
em contato com a CEB.
Cartilha
De
acordo com a companhia, acidentes são raros, porém, quando ocorrem,
comumente levam a óbitos ou lesões, como queimaduras graves. O
engenheiro Nonato conta que algumas queimaduras já foram responsáveis
por perdas de membros. Para zerar as estatísticas, a CEB aposta na
divulgação de cuidados. Além disso, incentiva o contato com a central,
pelo telefone 116, para obter orientação técnica e proteção temporária
da rede.
"Quem deve mexer na rede elétrica é o funcionário da
CEB", destaca Nonato. "Para podar uma árvore, por exemplo, deve-se
entrar em contato para que desliguemos a rede durante o corte."
Para orientar a população sobre os riscos, a companhia produziu uma cartilha com tiragem de 100 mil exemplares. A publicação pode ser encontrada nas agências de atendimento da CEB e nas unidades do Na Hora
e é voltada especialmente a profissionais da construção civil e a
moradores que vão erguer imóveis próximos às redes. A produção e a
distribuição do informativo custaram R$ 14,8 mil.
Jade Abreu, da Agência Brasília
==> Foto: Agência Brasília
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