Todos os dias, cerca de 140 mil pessoas circulam pelas 24 estações da
Companhia do Metropolitano do Distrito Federal (Metrô-DF). O fluxo
intenso, principalmente nos horários de pico (das 6 horas às 8h45 e das
16h45 às 20h15), requer um conjunto de regras a serem respeitadas e que
garantam o bem-estar de quem usa o transporte sobre trilhos da cidade.
A maioria dessas normas faz parte do Decreto n° 26.516, de 30 de dezembro de 2005,
que regulamenta, entre outras coisas, o consumo de alimentos nas
plataformas e trens, o limite do tamanho de objetos que podem ser
carregados nas viagens e até quantas bicicletas são permitidas por
vagão. Tudo isso, segundo o chefe da Divisão de Estações do Metrô, Vitor
Mafra, tem um propósito: a conservação da limpeza e a ordem nos espaços
comuns.
A dimensão dos objetos não deve ultrapassar a 1,5 metro de altura, 60 centímetros de largura e 40 cm de profundidade. “Esse volume é uma referência, pois os empregados não fazem a medição do material”, destaca Mafra. Qualquer coisa que precise de mais de uma pessoa para transportá-la ou que prejudique o fluxo não é permitida. “Basicamente, o que traz risco ou incômodo é vetado.”
Ainda no quesito
segurança, são proibidos o transporte de ácidos ou artigos inflamáveis e
o uso de skates, patins e patinetes no interior dos trens e das
estações. Embarcar com eles, é claro, pode, mas a companhia solicita
que, se possível, estejam embalados.
Bichos
Os
animais de estimação são outro caso à parte no metrô de Brasília.
Qualquer um, mesmo que dócil ou filhote, não pode ter acesso às
plataformas e aos vagões. Há, porém, uma exceção: os cães-guia.
“Evitamos com essa medida ferir o direito do outro de se sentir acuado
ou incomodado por dividir o mesmo espaço com um animal”, pontua Vitor
Mafra.
Uma medida simples, que também precisa ser lembrada, é o
consumo de alimentos. Ingerir bebidas, fazer lanches ou mesmo refeições
das catracas pra dentro das estações não está liberado, assim como
fumar, transitar sem camisa ou mesmo alcoolizado. O uso de dispositivos
sonoros (como caixinhas de som, celulares com músicas e rádios) sem
fones de ouvido e de instrumentos musicais — pelo mesmo cuidado com o
incômodo aos outros — é proibido, a menos que haja autorização prévia da
companhia. No entanto, é possível transportar esses objetos, desde que
estejam desligados e dentro do volume especificado.
Bicicletas
Em 2012, foi publicado um decreto regulamentando a Lei n° 4.216, de 6 de outubro de 2008,
que permite o transporte de bicicleta ou similares nos vagões — o que
aumentou nos últimos anos com a construção das ciclofaixas e das
ciclovias no Plano Piloto. Elas devem ocupar sempre o último carro do
trem, sendo o limite de cinco por vagão. Para orientar os passageiros,
estão instalados painéis nas plataformas e no interior dos veículos que
explicam a prática correta.
Já o primeiro vagão após a cabine do
piloto é de uso exclusivo de mulheres e pessoas com deficiência. Dentro
dele, homens são proibidos. A medida é válida em horários de pico e não
se aplica aos sábados, domingos e feriados. O carro é sinalizado com um
adesivo indicativo.
Fiscalização
A
fiscalização do cumprimento das normas é feita pelo corpo de segurança
operacional da companhia, que conta com cerca de 150 profissionais. Eles
são responsáveis por todas as atuações que afetam direta ou
indiretamente a segurança no metrô.
Estão espalhadas quase 300
câmeras de vídeo por todas as estações, que auxiliam os funcionários a
coibir qualquer atitude irregular. “Às vezes conseguimos detectar alguém
infringindo a regra em uma estação e o abordamos na plataforma
seguinte”, conta o chefe da Divisão de Estações do Metrô.
Há
quase seis meses, a companhia adotou uma nova ferramenta de integração
com a população, que tem auxiliado no processo de fiscalização. Os
passageiros podem enviar uma mensagem pelo aplicativo WhatsApp para o
número (61) 9277-5011, com sugestões, reclamações e dúvidas sobre o
serviço. O canal é controlado pela ouvidoria da empresa.
As estações do Metrô funcionam de segunda a sábado, das 6h30 às 23h30, e aos domingos e feriados, das 7 às 19 horas. No site da companhia, há um guia com mais informações.
Mariana Damaceno, da Agência Brasília
==> Foto: Agência Brasília
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