O Pinheiros/SKY está na final da Liga das Américas. Pela segunda vez consecutiva. O time dirigido pelo técnico Claudio Mortari escreveu mais um capítulo em sua história no basquete brasileiro ao derrotar o Halcones de Xalapa, do México, por 85 a 72, na noite desta sexta-feira (21), no Ginásio do Maracanãzinho, no Rio de Janeiro, pela semifinal do Final Four da Liga das Américas. Agora, na decisão, joga contra o Flamengo, que superou o Aguada, do Uruguai. O jogo será realizado neste sábado, às 21h, com transmissão ao vivo da Fox Sports.
Shamell foi o cestinha do confronto diante dos mexicanos, com 27 pontos, além de sete rebotes e três assistências. Muito bem nos garrafões, o pivô Bábby anotou 16, e o armador Humberto, outro destaque, fez 10.
"Era uma partida de vida ou morte. Tínhamos que ganhar para poder disputar a final. O começo do jogo é sempre um pouco mais nervoso. Depois relaxamos, jogamos o nosso basquete. Marcamos, fizemos tudo direitinho e conseguimos abrir uma vantagem. Comecei a sentir o jogo, fiz uma bola de três. Abrimos mais e aí chegamos à vitória. Cada um fez a sua parte", afirma o ala e capitão Shamell.
E um velho conhecido do Pinheiros/SKY será o adversário da final: o forte Flamengo, líder do NBB 6, e que decidirá a Liga das Américas em casa. Porém, esse fator parece não assustar os jogadores do time de São Paulo.
"Jogar fora de casa ou dentro não importa. A gente se prepara para isso. O aro é o mesmo, a quadra é a mesma, a bola é redonda e quem fizer mais cestas ganha. O jogo é o mesmo", comenta, em tom descontraído, Shamell.
Emocionado, o técnico Claudio Mortari não conseguia esconder a satisfação por ter chegado, pela segunda vez, à decisão da Liga das Américas.
"Em sistema de disputa sem quadrangular, ou a gente sorria, ou chorava (depois do jogo diante do Halcones de alapa). O lado emocional é bastante complicado nessa hora. Jogamos contra uma equipe que tínhamos bastante referência, mas nunca havíamos visto jogar realmente. Conhecíamos todas as peças, tínhamos todas as informações. Todos estão de parabéns. Chegar uma vez à final é muito difícil. Chegar a segunda...", disse o emocionado técnico Mortari, antes de parar a entrevista, para conter algumas lágrimas.
"Você se classificar pela segunda vez a uma final de uma competição muito difícil, que pouca gente chega, realmente é muito gratificante", completa o treinador.
Um dos principais jogadores do Pinheiros/SKY, o armador Humberto falou sobre as dificuldades de entrar em uma partida tão dura. Apesar da pressão de um jogo decisivo, o garoto se saiu muito bem.
"O Claudio (Mortari, técnico) já tinha conversado comigo, que se eu entrasse ia ser nessa situação difícil. Procurei me concentrar antes do jogo para que, se eu tivesse a oportunidade de entrar, pudesse fazer um bom trabalho. Fiquei esperando e ela (chance) apareceu. Pude ajudar a equipe a chegar à final da Liga das Américas. Estou muito feliz. Agora é descansar e nos concentrarmos no Flamengo", comentou Humberto.
A partida começou muito equilibrada. O Pinheiros/SKY abriu certa vantagem, mas o Halcones de Xalapa, apesar de desfalques importantes, como Lorenzo Mata, Hicks Taylor e Christian Dalmau, que foi para o basquete de Porto Rico, não deixava a diferença ser grande. Mas o time pinheirense se impôs no primeiro quarto, 21 a 17. Joe Smith e Rafael Bábby, seis pontos cada, foram os principais pontuadores do Pinheiros/SKY nos 10 minutos iniciais.
No segundo quarto, o equilíbrio prevaleceu. Ponto a ponto, as equipes se revezavam no placar. Mas o Pinheiros/SKY fez prevalecer o seu jogo e, de forma apertada, foi para os vestiários na frente: 44 a 43.
Depois do intervalo, o Pinheiros/SKY encaixou melhor o seu jogo. O aproveitamento nos arremessos de três pontos melhoraram, a defesa também cresceu, e o time brasileiro construiu uma ótima vantagem para o último quarto: 66 a 55.
Com a vantagem no placar, o Pinheiros/SKY soube administrar bem o jogo. Shamell comandava a equipe, Bábby brigava no garrafão, e o jovem Humberto dava conta do recado na armação das jogadas. De forma tranquila, conseguiu fechar a partida, 85 a 72 e, pela segunda vez consecutiva, chegar à decisão do torneio de clubes mais importante das Américas. Agora, o jogo é contra o Flamengo.
"Temos que ter muita paciência. O jogo não vai ser fácil. Eles estão com a pressão de jogar em casa. Temos que ter muita calma", receita o pivô Bábby, que teve grande atuação contra o Halcones de Xalapa.
"Eles (Flamengo) são muito bons. Vários jogadores de seleção: Marquinhos, Laprovittola. O Marcelinho é experiente, matador, o Neto é um grande técnico. Eles estarão muito focados. Temos que respeitar isso. O favoritismo é deles. Mas, na quadra, todos são iguais", conclui Shamell.
O Final Four:
21/03/2014: Pinheiros/SKY 85 x 72 Halcones de Xalapa (MEX)
22/03/2014: Flamengo x Pinheiros/SKY, às 21h
==> Foto: Ricardo Ramos
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