Thiago Pereira
já tinha colocado na cabeça que não nadaria mais os 400m medley. A
medalha de prata olímpica em Londres marcaria o fim de sua participação
na distância. Mesmo não tendo treinado para disputá-la no Mundial de
Barcelona, o nadador resolveu arriscar mais uma vez. Atendendo aos
pedidos do técnico Alberto Silva e dos torcedores, que fizeram campanha
nas redes sociais para que ele entrasse na disputa, resolveu ir para a
briga. A recompensa inesperada veio. Neste domingo, quando o pódio já
parecia distante, ele apertou o nado nos últimos 50m e assegurou o
bronze (4m09s48). O ouro foi parar no peito do japonês Daiya Seto
(4m08s69) e a prata foi para o americano Chase Kalisz (4m09s22).
O terceiro lugar de Thiago também consolida a melhor campanha do Brasil
na história dos Mundiais em quantidade de medalhas: 10 no total. Foram
três de ouro - duas com Cielo e uma com Poliana Okimoto nos 10km da
maratona aquática; duas de prata (Poliana nos 5km e Ana Marcela nos 10km
da maratona aquática); e cinco de bronze (Ana Marcela e por equipes nos
5km da maratona aquática, Felipe Lima nos 100m peito e Thiago Pereira
nos 200m e 400m medley). No momento, o país ocupa a sexta posição do
quadro geral de medalhas. Em Xangai 2011, o Brasil terminou na quarta
colocação geral, mas com quatro medalhas apenas - todas de ouro.
- Só fui acreditar nos últimos 50m Foi uma prova perfeita, muito bem
nadada. O mais importante é que aguentei fechar os últimos 100m bem.
Estou muito feliz com o resultado. Foi uma competição maravilhosa.
Alcancei meu objetivo em Barcelona - disse Thiago ao SporTV, que
lamentou ter perdido a prata novamente na batida de mão.
Na raia 8, o vice-campeão olímpico passou os 100m borboleta em quarto
lugar. Manteve a mesma posição na parcial de costas, até assumir a
terceira colocação no peito. A briga era direta com Kalisz. Thiago
perdeu uma posição, mas não se deu por vencido. Acelerou o ritmo nos
últimos 50 metros e garantiu seu lugar no pódio.
Gosto amargo
Nos 50m costas, Daniel Orzechowski tinha esperança de deixar a Espanha
com uma medalha na bagagem. Dono do quarto melhor tempo nas semifinais, o
brasileiro ficou longe de sua melhor marca e terminou em sexto na final
(24s87). O ouro ficou com o francês Camille Lacourt (24s42), seguido do
compatriota Jeremy Stravius e do americano Matt Grevers, que dividiram a
prata (24s54).
- Não foi para isso que vim aqui. Estava esperando um resultado melhor.
Infelizmente é isso aí. Prova rápida não tem muita explicação para dar.
A prova acabou sendo bem forte, 24s5 é um tempo bem bom, mas que eu já
fiz. Então, fica um gostinho meio amargo. O resultado nos 100m costas
também não foi nada do que poderia ter feito. Eu errei a prova. Se
nadasse certo poderia ter feito bem melhor. Agora é continuar treinando
para 2016 - disse Orzechowski.
==> Fonte: Globoesporte
==> Foto: Satiro Sodré / SS Press
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