A confiança decidiu a vitória do Barcelona sobre o Atlético de Madri
neste domingo, no Camp Nou, pela 16ª rodada do Campeonato Espanhol.
Enquanto ela existiu no lado colchonero, foi capaz de transformar os
visitantes em senhores da partida. No entanto, bastou um único chute do
brasileiro Adriano para a ilusão desmoronar, o time catalão voltar a
assumir as rédeas do jogo, Messi marcar duas vezes e garantir o triunfo por 4 a 1.
O resultado fez o Barça disparar na liderança, com 46 pontos, contra 37
do Atlético. De quebra, o time do técnico Tito Vilanova aumentou para
13 pontos a vantagem sobre o rival Real Madrid. Para completar a festa,
chegou a 90 gols no ano, ampliando ainda mais seu recorde.
Atlético começa bem, mas sofre pane
Fazendo sua melhor campanha nos últimos anos no Campeonato Espanhol, o
Atlético de Madri começou a partida acreditando que poderia parar o
Barcelona e sair com um bom resultado do Camp Nou. Marcando muito forte,
o time colchonero saía rápido nos contra-ataques e era muito mais
incisivo no ataque.
Prova disso foi a cabeçada de Falcao Garcia, logo aos oito minutos.
Koke cruzou da esquerda e o artilheiro colombiano se antecipou à zaga,
mas a bola bateu caprichosamente no pé da trave direita. Era a forma do
Atlético de mostrar para os rivais que não seria presa fácil.
Sufocado na marcação colchonera, o Barça não conseguia criar jogadas. A
equipe até mantinha a posse de bola, mas as tentativas de ataque logo
eram anuladas pela defesa do Atlético, que seguia assustando. Aos 23,
Falcao foi lançado em velocidade, ganhou de Puyol na corrida, mas chutou
para fora.
Entretanto, um artilheiro do calibre do Tigre não vacila três vezes. Na
próxima oportunidade que teve, aos 30 minutos, o atacante não
desperdiçou. As linhas compactas de marcação do Atlético forçaram Messi a
ir buscar jogo na intermediária. Lá, o argentino foi desarmado pelo
brasileiro Diego Costa, que lançou Falcao em velocidade. O colombiano
invadiu a área pela esquerda e, com extrema categoria, deu uma
cavadinha, encobrindo Valdés e colocando os colchoneros na frente.
Naquele momento, o Atlético jogava com a confiança de que poderia
vencer o bicho-papão Barcelona em pleno Camp Nou. Porém, os catalães,
quando seu jogo coletivo não funciona, ainda podem recorrer ao talento
individual. E, num lance isolado, Adriano provou isso: o lateral,
jogando pela direita, acertou um lindo chute de canhota, no ângulo
direito do gol de Courtois, e deixou tudo igual aos 35 minutos. Era o
começo do fim colchonero.
A tal confiança dos visitantes simplesmente sumiu. Também pudera: o que
fazer quando o time se esforça, faz tudo como planejado, anula o rival,
mas, mesmo assim, sofre o empate de repente? Perdido entre essas
dúvidas existenciais, o Atlético viu o Barcelona dominar o fim do
primeiro tempo. E os catalães, como sempre, não perdoaram. Aos 44,
chegaram à virada. Após cobrança de escanteio, Busquets aproveitou a
sobra de bola, deu um lindo drible em Mário suárez e fuzilou para o gol:
2 a 1 .
Com Atlético entregue, Messi brilha
Era de se esperar que o técnico Diego Simeone pudesse acertar os ânimos
de seus jogadores no intervalo, para que o Atlético recuperasse o
equilíbrio e voltasse a incomodar o Barcelona. Entretanto, seja lá o que
o argentino disse no vestiário, o efeito foi o inverso: os colchoneros
retornaram para o gramado completamente anestesiados.
E desta forma, não demorou para Messi se aproveitar. O argentino, que
fazia uma partida discreta até o momento, recebeu uma bola na entrada da
área aos 11 minutos. Como se estivesse entre cones, dominou, ajeitou o
corpo e bateu colocado, no canto direito, sem a menor chance para
Courtois, definindo de vez a partida e ampliando seu recorde de gols num
ano para 89.
A partir daquele momento, o que se viu foi um treino do Barcelona. Com
os nervos em frangalhos, o Atlético afrouxou de vez a marcação e tinha
muitas dificuldades para trocar passes. Assim, os donos da casa se
impuseram de vez na partida. Passaram a tocar a bola com tranquilidade,
só esperando um erro rival para concluir o trabalho.
E isso aconteceu aos 42 minutos. Dentro da área, o zagueiro Godín
resolveu tocar de calcanhar. Se isso fosse nos primeiros 30 minutos de
jogo, a bola iria limpa para Miranda. Mas o momento era todo do
Barcelona, e então a bola foi interceptada por Messi, que, de frente
para Courtois, não perdoou: tocou por cima e fechou o caixão colchonero.
==> Fonte: Globoesporte
==> Foto: Agência Reuters
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