Por que não posso
ser você?! é um projeto do Teatro do Sim que debate por meio de poemas
cênicos referências das mídias que formam nossos repertórios íntimos. Em cena
surgem seres parodizados em variados níveis. São resultados de mesclas de
suigêneres e criativas composições.
O diretor, encenador e dramaturgo Carlos Fernírahk põe em cena textos inéditos ora musicados com
percussão, que se torna a trilha sonora para os corpos que 'vestem' ícones. Ana Vaz e Bruno Lehx brincam de ser variações de si mesmos em cena. Todos
aliados ao experimentalismo sonoro do convidado para o projeto, Rafael Vargas.
O título é uma brincadeira e uma homenagem ao século XX com
seus inúmeros ícones e a explosão midiática. A questão tão humana e recorrente
da existência 'poderia eu ser o outro?' aparece como uma tela onde pintamos
novas cores obtidas da mistura de tudo que sobra do deleite que a arte provoca.
A pesquisa de luz é um projeto de Zizi Antunes. Operada no palco, a luz é dimerizada com os deslocamentos em cena. A mudança da posição da luz vai criando imagens expressionistas
pelos sulcos que cava nos volumes. Tal resultado vem em cena por meio de um
jogo como que se hibridizassem em um holofote a dança Butoh e a brincadeira de
uma criança descobrindo o abajur no próprio quarto.
A
montagem do espetáculo Por Que Não Posso
Ser Você?! é um projeto que consolida, enquanto espetáculo, a pesquisa nas
artes cênicas de agentes que vêm trabalhando desde 1991 na cidade como
Diretores, Autores, Performers, Compositores, Designers, Educadores e Video
Artists. Por Que Não Posso Ser Você?! Vem debater a questão da idolatria, da
globalização e da não valorização daquilo que é local, fatos tão recorrentes no
mundo desde que a mídia se fez presente. Rememora a imagem do ídolo pop star
desde o início do século XX quando a era do rádio determinava ícones.
Transversaliza popstars tão distantes com personas bem mais próximas. É um espetáculo
de pesquisa que vai do realismo stanistaviskiano à comicidade física e
clownesca, usa primordialmente técnicas de Eugênio Barba convergendo em dança,
canto, teatro físico e recursos próprios da performance. Um espetáculo de
humor, músicas e percussão corporal onde as personagens são híbridos da
iconografia brasiliense, brasileira e mundial. As estéticas inspiradoras que
sublinham toda a montagem são as imagens poéticas e hilárias dos shows e
programas de rádio e TV do século passado mixadas com as personagens que surgem
na mídia atual.
Serviço:
Teatro Paulo
Autran – SESC / Taguatinga, CNB 12, AE 2/3, fone 34519103.
Temporada de 29/11 a 09/12.
Temporada de 29/11 a 09/12.
Horários: quinta e sexta às 21h e sábado e domingo às 19h30
e às 21h.
No foyer do Teatro haverá exposição fotográfica de ensaio
artístico que traça diálogo com a peça.
Entrada franca.
Classificação Indicativa: Livre para todos os públicos.
Sessões de formação de
platéia:
19/11, no CEM 04 da Ceilândia, às 14h e às 16h.
25/11, na Creche Renascer da Estrutural, às 11h.
==> Foto: Divulgação
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