Se o governo
brasileiro fosse administrar o deserto do Saara, em cinco anos não só
faltaria areia, mas haveria uma folha de pagamento de cerca de cinco mil
cargos de confiança que investigariam o sumiço, uma CPI do Grão, uma
Comissão de Ética e alguns governantes afirmando: “Nós não percebemos
que a areia estava diminuindo, mas vamos atrás do culpado, mesmo que
tenhamos que cortar da própria carne”.
Está mais do que provado que o modelo de estatais no Brasil não funciona. Hoje as empresas que menos dão lucro no país, oferecem os piores serviços e, contudo, são as que mais empregam. Mesmo assim, mais da metade da população treme ao ouvir o palavrão “Privatização”. Mas se o serviço público não funciona, por que a privatização se tornou esse pecado?
A editora LeYa lança em novembro o livro ‘Privatize Já”, do economista Rodrigo Constantino. Nesta obra, o autor desmistifica o termo privatização, expõe argumentos sólidos, derruba polêmicas e apresenta fatos que definitivamente esclarecem as vantagens da privatização bem feita. De acordo com Constantino, essa aversão pública é pura falta de informação. A solução para diversos problemas enfrentados pelo contribuinte brasileiro hoje está nas privatizações de diversos setores.
Tomando por base a lei do livre comércio, a concorrência entre empresas privadas em busca do lucro costuma ser a melhor garantia de bons serviços. O consumidor será privilegiado, já que essa gama de concorrentes fará o melhor para garantir seus lucros, cada qual oferecendo mais e melhores opções para o consumidor final.
Já no setor governamental, quando uma empresa oferece um serviço, no qual ela é detentora absoluta de mercado, essa mesma empresa pode cobrar o valor que bem entender. O consumidor infelizmente estará preso a essa estatal. Se por acaso essa empresa não gerar lucros, o Governo Federal libera mais verbas para que mais funcionários sejam contratados, inchando o quadro de funcionários, sem a devida contrapartida nos serviços prestados.
O governo brasileiro costuma dividir setores e estatais em feudos partidários, para garantir a tal “governabilidade”. Nunca antes na história do Brasil houve tanto desvio de dinheiro publico nas estatais. A concentração de poder econômico e de recursos no governo é o maior incentivo para a corrupção.
O demônio da privatização foi criado como arma eleitoreira, para que os partidos pudessem acusar uns aos outros de “entreguistas sujos e sem coração”, que apenas querem “destruir o patrimônio e a soberania nacional”. Mas o problema real não é a privatização em si ou a soberania nacional, mas o que o governo faz com o dinheiro arrecadado com essas vendas.
Pegando como exemplo as empresas de telefonia, há alguns anos a Telerj e a Telesp eram as detentoras das linhas, e quando um cidadão queria uma linha telefônica devia preencher um pedido, enfrentar uma fila, passar por um sorteio e mesmo assim só podia adquirir um número, depois de meses ou anos. E pagar as taxas que fossem impostas pelas operadoras.
Depois das privatizações, hoje o consumidor pode ter quantas linhas quiser, brigar por taxas mais baixas e optar pelas opções pré-pagas. A quantidade e a qualidade dos serviços aumentaram exponencialmente. Existem vários outros exemplos além da telefonia, todos devidamente abordados no livro.
Privatizar, porém, não é uma panaceia, uma medida mágica que soluciona todos os problemas. Longe disso. Privatizar é, sim, um passo extremamente importante na direção de mais progresso, mais prosperidade e mais liberdade também. Por isso, privatize já.
Sobre o autor
Rodrigo Constantino é formado em Economia pela PUC-RJ, e tem MBA de Finanças pelo IBMEC. Trabalha no setor financeiro desde 1997. É autor de seis livros: "Prisioneiros da Liberdade", "Estrela Cadente: As Contradições e Trapalhadas do PT"", "Egoísmo Racional: O Individualismo de Ayn Rand" ,"Uma Luz na Escuridão" "Economia do Indivíduo: O Legado da Escola Austríaca", e "Liberal com orgulho". É colunista da revista Voto, colaborador do jornal O Globo e do site OrdemLivre.org. É membro-fundador do Instituto Millenium e diretor do Instituto Liberal. Foi o vencedor do Prêmio Libertas em 2009, no XXII Fórum da Liberdade.
Ficha Técnica
Título: Privatize Já
Autor: Rodrigo Constantino
Formato: 16 x 23 cm
Nº de páginas: 400
Preço: R$ 39,90
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