
A equipe nacional arrancou aplausos do público europeu, apesar de não ter garantido vaga nas finais de amanhã (25), que reunirão as oito melhores de cada apresentação, e também nas Olimpíadas de Londres, já que só os seis primeiros colocados se classificam para a competição de 2012.
"Ficamos triste pela infelicidade de o aparelho ter quebrado logo no início da série, o que nos prejudicou bastante. Não era esse o resultado que queríamos, claro, mas a equipe está de parabéns, porque teve muita dedicação. Agora, é levantar a cabeça e continuar o trabalho; afinal, temos uma competição importante logo aí, que são os Jogos Pan-Americanos (Guadalajara, em outubro), e queremos a medalha", comentou a técnica da Seleção, Camila Ferezin, referindo-se ao estilete que se soltou de uma das fitas.
Luisa Matsuo, Débora Falda, Dayane Amaral, Eliane Sampaio, Drielly Daltoé e Bianca Mendonça são as ginastas que integram a Seleção de Conjunto e competiram no Mundial, comandadas, além de Camila Ferezin, Iracema Alves e Anna Danielyan. "Apresentamos séries limpas e muito bonitas. A ginástica é feita de detalhes e erros acontecem; estamos felizes por termos recebido muitos elogios e voltamos para casa com a sensação de dever cumprido, pois fizemos tudo o que estava ao nosso alcance", avaliou a capitã Luisa Matsuo, reforçando as palavras da técnica, sobre o incidente com a fita.
O grupo treina junto apenas desde fevereiro. São coreografias novas, treinadoras novas e, inclusive, novas integrantes: Drielly Daltoé e Eliane Sampaio faziam parte da Seleção Individual e se transferiram para o Conjunto em agosto. "É pouco tempo de treinamento e, além disso, a maioria das meninas nunca havia disputado um Mundial. Um dos principais objetivos é explorar o potencial dessas atletas para 2016, pois é uma equipe muito boa", completou Camila Ferezin.
Apesar do pouco tempo de convivência, os bons resultados já começaram a vir: no início deste mês, a Seleção foi campeã Sul-Americana na Venezuela. Foi na competição continental que o Conjunto brasileiro apresentou pela primeira vez, fora do País, as duas coreografias utilizadas no Mundial: a apresentação com cinco bolas, embalada pela música My Way, e a outra com três fitas e dois arcos, ao som de um ritmo mesclado pelas composições Onta, do Cirque Du Soleil, e Real in Rio, trilha do filme Rio.
"Depois que surgiu a oportunidade de disputarmos o Mundial (em maio, a convite da Federação Internacional de Ginástica, após a exclusão da Coreia do Norte), foram apenas três meses de trabalho focados na competição. Então, parabenizo a toda a delegação pelo empenho e também pela coragem em ter aceitado um desafio grande como esse, de se preparar em um período curto para um campeonato de alto nível como esse. A Seleção pôde fazer uma preparação muito forte, graças ao apoio dos nossos parceiros: o COB (Comitê Olímpico Brasileiro), o Ministério do Esporte e a Caixa Econômica Federal. Agora temos que continuar o trabalho para burcarmos uma medalha no Pan", finalizou a presidente da CBG (Confederação Brasileira de Ginástica), Luciene Resende.
==> Foto: Divulgação
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