CIRCUITO MUNDIAL: Evandro e Bruno Schmidt levam o título na Polônia contra noruegueses

A dupla brasileira Evandro/Bruno Schmidt (RJ/DF) conquistou neste domingo (16.06) o título da etapa quatro estrelas de Varsóvia (Polônia), pelo Circuito Mundial de vôlei de praia 2019. Em uma grande virada, o time verde e amarelo superou na final os noruegueses Mol e Sorum por 2 sets a 1 (21/11, 17/21, 12/15), em 52 minutos de jogo. O triunfo também mantém a dupla na liderança isolada da corrida olímpica brasileira. 

O próximo desafio das duplas do Brasil no cenário internacional ocorre a partir do dia 28 deste mês, em Hamburgo (Alemanha), com a disputa da Copa do Mundo. A competição é realizada a cada dois anos e é o principal evento da modalidade com exceção dos Jogos Olímpicos. Serão oito duplas brasileiras em ação na Alemanha - quatro em cada gênero.  

Juntos desde fevereiro deste ano, Evandro e Bruno Schmidt conquistam o primeiro ouro do time no Circuito Mundial. Eles já haviam subido ao pódio com a prata na etapa de Jinjiang (China), em maio, perdendo na final justamente para Mol e Sorum. Além disso, a dupla também encerrou uma invencibilidade de 23 jogos dos noruegueses, que haviam conquistado as últimas três etapas do tour de maneira consecutiva. 

Evandro analisou a partida e comentou a mudança de postura do time após o primeiro set, quando os noruegueses venceram por grande vantagem. Ajustes no levantamento, defesa e saque auxiliaram na virada da partida, segundo o bloqueador carioca. 

“Começamos a partida muito abaixo do que podemos apresentar, em um ritmo que não é o nosso. Estava errando muitos levantamentos, o Bruno com dificuldades no ataque por conta disso, tanto que foi um placar dilatado. No segundo set, nos encontramos, conseguimos colocar o nosso jogo, o que fazemos de melhor, Bruno defendeu bolas importantes e nos conectamos com a partida. No tie-break, sacamos muito bem e isso fez a diferença. Bruno conseguiu ter uma leitura boa dos ataques, abrimos uma vantagem e mantivemos até o final”, analisou Evandro, que completou. 

“Fico feliz de sair com esse primeiro ouro da nossa dupla no Circuito Mundial, depois de termos chegado perto e perdido para eles lá na China, na final. Mas sabemos que temos muita coisa para evoluir como time, detalhes para ajustar. Não estamos querendo parar ninguém, estamos encontrando nossa cara, querendo jogar nosso voleibol e atuar melhor a cada torneio. Um passo de cada vez, fazendo as coisas de maneira simples e humilde”.  

A campanha da dupla em Varsóvia contou com seis jogos e seis vitórias. Bruno Schmidt comentou a conquista e revelou que atuou na superação, já que teve problemas estomacais desde o início do torneio, na quinta-feira. 

“Foi um torneio muito importante, não cheguei aqui em minhas melhores condições, tive problemas estomacais, precisei de tempo médico em três jogos nossos (incluindo na final), mas foi importante todo apoio que tive do Evandro nas horas difíceis. Especialmente no aspecto mental. Terminar com esse ouro é motivo de muita alegria”, disse Bruno. 

“Percebi que os noruegueses também estavam bastante cansados após tantas finais e jogos seguidos, mas sabíamos que seria novamente uma batalha. Evandro e eu tentamos nos empurrar ao máximo, nos apoiar. Ele foi um ‘monstro’ neste torneio e eu dou todo o crédito para ele. Ele sacou com muita potência desde o começo até o final, especialmente no segundo set da final. Foi a motivação dele que fez com que eu não desistisse”, completou. 

O ouro rende para Evandro e Bruno Schmidt 800 pontos no ranking mundial e um prêmio de cerca de R$ 80 mil. Eles abrem distância na liderança da corrida olímpica brasileira, agora com 3.040 pontos. Na segunda colocação dois times estão empatados com 2.080 pontos: Pedro Solberg/Vitor Felipe (RJ/PB) e Alison/Álvaro Filho (ES/PB). André Stein/George (ES/PB) está em quarto, com 1.840, com Guto/Saymon (RJ/MS) fechando a lista com 960 pontos. 

Individualmente, esta é a 15ª medalha de ouro conquistada por Bruno Schmidt no Circuito Mundial, contando outras parcerias. Já Evandro chega ao sétimo ouro na carreira.  

Ainda neste domingo, antes da final, Evandro e Bruno superaram na semifinal os russos Semenov e Leshukov por 2 sets a 0 (21/11, 21/18), em 34 minutos. Agora o Brasil soma sete medalhas em etapas realizadas em Varsóvia, sendo duas de ouro, duas de prata e três de bronze.

Corrida Olímpica 
Na corrida olímpica do Brasil, apenas os eventos de quatro e cinco estrelas do Circuito Mundial, além do Campeonato Mundial, são contabilizados, cada um com peso correspondente. Além disso, os times terão uma média dos 10 melhores resultados obtidos, podendo descartar as piores participações. Só valem os pontos obtidos juntos, como dupla.  

A corrida olímpica interna das duplas brasileiras acontece em paralelo à disputa da vaga do país, que segue as regras da Federação Internacional de Voleibol (FIVB). Cada nação pode ser representada por, no máximo, duas duplas em cada naipe.  

Os países possuem quatro maneiras de garantir a vaga: vencendo o Campeonato Mundial 2019; sendo finalistas do Classificatório Olímpico, que será disputado na China, também em 2019; estando entre as 15 melhores duplas do ranking olímpico internacional; vencendo uma das edições da Continental Cup (América do Norte, América do Sul, África, Ásia e Europa). O Japão, sede, tem uma dupla em cada naipe já garantida. 

VEJA COMO ESTÁ A CORRIDA OLÍMPICA:
Evandro/Bruno Schmidt - 3.080 pontos
Alison/Álvaro Filho e Pedro Solberg/Vitor Felipe - 2.080 pontos
André Stein/George - 1.840 pontos
Guto/Saymon - 960 pontos

==> Foto: Divulgação / FIVB

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