No ano
de comemoração dos seus 30 anos de trajetória, a Anti Status Quo Companhia de Dança estreia nova criação – “Microutopias
Cotidianas Aglutinantes do lugar”. Esta, que é a 11ª obra da Companhia, será
apresentada em duas temporadas, de 18 a 23 de fevereiro e de 18 a 23 de março.
As apresentações têm início às 9h30, da manhã, e o ponto de encontro será o Centro de Dança do DF.
Entre
as mais atuantes e respeitadas companhias de dança contemporânea do
Centro-Oeste, a Anti Status Quo se
destaca pela ousadia na experimentação no campo da dança e por explorar temas
como comportamento, crítica ao capitalismo e o corpo na relação com a cidade. E
ganha especial relevância na autoria de trabalhos que saem da forma mais
tradicional de se fazer um espetáculo, com forte diálogo com as artes visuais,
em especial instalações, obras ’site specific’ e intervenções urbanas.
Em
“Microutopias Cotidianas Aglutinantes do lugar”, obra itinerante contemplativa,
a Companhia mergulha na experiência do corpo no cotidiano e no espaço urbano misturando
as linguagens da dança, da fotografia e da intervenção urbana. Com plateia
restrita a 24 pessoas (por sessão), cada espectador é recebido com um mapa de
orientações que o leva a um passeio urbano provocativo de vivência sensível.
Segundo Luciana Lara, diretora e coreógrafa da Companhia, “nesta proposta, o
público trilha um percurso mapeado nas ruas em que acontecimentos e instalações
mudam a perspectiva do olhar sobre a cidade”. O trajeto, que tem início
solitário e torna-se coletivo a um determinado ponto, é, por todo ele, marcado
pela presença dos seis artistas do elenco.
Criado
em colaboração entre bailarinos e diretora, o processo criativo de
“Microutopias Cotidianas Aglutinantes do lugar” contou ainda com a participação
de Gustavo Ciríaco (Rio de Janeiro/Lisboa), e Michelle Moura (Curitiba/Berlin),
que realizaram residências de uma semana de duração, cada, com a Companhia. Os
vários olhares serviram de combustível para a construção da dramaturgia que se
permeia de pequenos afetos e encantamentos com o simples e da recomposição de
relações vividas, as quais não são dadas atenção e tempo, suficientes, para
serem sentidas. “A ideia é fazer surgirem microterritórios para relações entre
a pessoa e a cidade que conectam níveis de percepção do espaço, do tempo e da
realidade, numa fricção entre o real e o ficcional, a memória e o presente”,
pontua Luciana.
Giros
e reconhecimentos nacionais e internacionais, fruto de uma aprofundada pesquisa
de trabalho
A A.S.Q. acumula grande
experiência com trabalhos feitos nas ruas, sobre os temas a cidade e vida
urbana e esta nova criação surge de uma investigação sobre a relação do corpo
com a cidade, iniciada em 2003, que resultou em uma série de trabalhos
conhecidos do público brasiliense como “De Carne e Concreto – Uma Instalação
Coreográfica”, e a intervenções urbanas “Camaleões” e “Sacolas na Cabeça”. Trabalhos
que têm chamado a atenção de programadores e curadores nacionais e
internacionais de festivais de artes cênicas. Em 2017 e 2018, a Companhia
participou, no Brasil, do Festival Panorama, no Rio de Janeiro-RJ, O MITsp, em
São Paulo-SP, a Bienal de Dança de Fortaleza, no Ceará, o FIAC-Bahia, em
Salvador, entre outros. Circulação que lhe renderam críticas positivas na
imprensa e em várias revistas especializadas. No exterior, participaram do
Zurich Moves, na Suíça, e do MLADI LEVI Festival, na Eslovênia. Neste ano, a
Companhia acaba de participar do FTB – Festival do Teatro Brasileiro – Cena
Distrito Federal, em Recife -PE. Em maio, participa do FITEI, no Porto, em
Portugal. Para o segundo semestre, planos para uma turnê internacional por meio
de convites para Festivais na Sérvia, Alemanha e Polônia.
Sinopse:
Microutopias Cotidianas
Aglutinantes do Lugar é uma obra itinerante contemplativa da Anti Status Quo
Companhia de Dança que mistura a experiência do corpo no espaço urbano e no
cotidiano com fotografia, intervenção urbana e cinema criando microterritórios
de relações possíveis, que conectam diferentes níveis de percepção do espaço,
do tempo e da realidade. O público trilha um percurso mapeado em que
acontecimentos, instalações e mudanças na perspectiva do olhar fazem a
cidade ‘performar’. Uma dança das relações com os lugares, dos contextos, da
materialidade, do detalhe das coisas. Uma prática de cidade que instaura
ligações modestas, capazes de abrir passagens obstruídas pelos hábitos e pela
uniformização da percepção, numa espécie de utopia de proximidade entre
pessoas, lugares e o dia a dia. Uma tentativa de permitir o surgimento de
pequenos afetos, pequenos encantamentos com o banal, o simples e o universo
cotidiano, restaurando relações diretamente vividas.
Ficha Técnica:
Grupo: Anti Status Quo
Companhia de Dança
Direção artística e
conceito: Luciana Lara
Pesquisa e
concepção: Luciana Lara em colaboração com bailarinos
Bailarinos: Camilla
Nyarady, Déborah Alessandra, João Lima, Luciana Matias, Marcia Regina e Roberto
Dagô.
Residências artísticas:
Gustavo Ciríaco e Michelle Moura.
Figurino: Luciana
Lara e bailarinos
Produção: Anti Status Quo
produções artísticas
Arte gráfica dos mapas e
intervenções fotográficas: Marconi Valadares e Luciana Lara
Identidade visual e
material gráfico de divulgação: Coarquitetos
Facebook: https://www.facebook.com/asqciadedanca
Anti Status Quo Companhia de Dança
é um dos mais ativos e reconhecidos grupos independentes de dança contemporânea
do centro-oeste do Brasil. Fundado em 1988, em Brasília-DF, pela coreógrafa
Luciana Lara que divide a direção com o produtor Marconi Valadares, o A.S.Q. se
destaca com criações experimentais, pesquisa da linguagem da dança, hibridismo,
dramaturgias críticas e políticas e forte diálogo com as artes visuais.
Trabalhos recentes investigam a relação entre corpo e cidade, comportamento
social, arte como experiência, arte relacional e participação do espectador,
além de diferentes formatos como instalações, intervenções urbanas, exposições
e site-specific.
Luciana Lara (Niterói-RJ, 1969)
é fundadora, coreógrafa e diretora artística da Anti Status Quo Companhia de
Dança (1988). É mestre em artes no Programa de Pós-graduação em Artes da
Universidade de Brasília - Unb (Linha de pesquisa: Processos Composicionais
para a Cena). Fez especialização no Laban Centre for Movement and Dance em
Londres – Inglaterra (1996-1998), onde estudou Coreologia, Coreografia, Design
Visual para dança (figurino, cenário e Iluminação) com bolsa do programa
APARTES da CAPES. É graduada em Licenciatura em Artes Cênicas pela Fundação
Brasileira de Teatro - Faculdade de Artes Dulcina de Morais em Brasília-DF.
Seu trabalho é conhecido pelo hibridismo, a experimentação, a pesquisa de linguagem, a abordagem interdisciplinar entre linguagens artísticas e campos não artísticos e forte diálogo com as artes visuais. Seus principais estudos se concentram no campo da criação, dos processos criativos, da dramaturgia/ criação de sentidos em dança, da linguagem da dança, novos suportes para a dança (instalação coreográfica, intervenção urbana, internet e livros/publicações), da release-based techinque e da improvisação. Desenvolve pesquisa sobre a relação do Corpo com a cidade desde 2003.
Criou dez espetáculos para a A.S.Q. Companhia de Dança onde também desenvolve projetos de dança-educação, formação de plateia e formação de intérpretes para dança contemporânea. Luciana também cria, para o grupo, trabalhos de foto performances, videodança e intervenções urbanas. Em 1995, foi uma das representantes do Brasil no programa de coreógrafos internacionais residentes no American Dance Festival, em Durham, Carolina do Norte (EUA). Foi professora de disciplinas de expressão corporal, corpo e movimento nos cursos de artes cênicas na Universidade de Brasília e na Faculdade de Artes Dulcina de Morais. Em 2010, publicou o livro “Arqueologia de um processo criativo- Um livro Coreográfico” pelo Programa de Bolsas de Estímulo à produção crítica em Artes – categoria Produção Crítica em Dança (2008) da FUNARTE- Fundação Nacional de Arte. Atualmente prepara novos desdobramentos da pesquisa Corpo e Cidade como o espetáculo Microutopias Cotidianas Aglutinantes do lugar e o livro “De Carne e Concreto – Uma pesquisa corpo e cidade”.
SERVIÇO:
Espetáculo: Microutopias Cotidianas Aglutinantes do Lugar
Grupo: Anti Status Quo
Companhia de Dança
Ponto de encontro: Centro
de Dança do DF
Dias: 18 a 23 de fevereiro
e 18 a 23 de março de 2019 (de segunda à sábado)
Horário: sempre às 9h30 AM
Número de espectadores por
sessão: 24 pessoas
Entrada franca, mediante
agendamento, no e-mail microutopiasasq@gmail.com
Duração: 90 minutos
Classificação indicativa: Não
recomendado para menores de 18 anos
==> Foto: Face da Companhia
![](http://starcopos.com.br/esportecultura/dalton.png)
![](http://starcopos.com.br/esportecultura/linha_autor.png)
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