Consolidado no calendário nacional entre os mais importantes festivais de música do País e um dos principais pilares da produção musical de Goiás, o Vaca Amarela chega à sua edição de 17 anos no dia 7 de setembro, no Centro Cultural Martim Cererê. Sem nenhuma lei de incentivo ou apoio público, o evento realizado pela Fósforo Cultural celebra o que existe de mais atual lançado nos últimos anos em diversas regiões brasileiras, entre rock, pop e MPB.
Do pop eletrônico de Letrux - projeto musical da cantora Letícia Novaes - que chega pela primeira vez na capital goiana com o disco Em Noite de Climao (2017), até o folk inspirado de Rubel com o elogiado trabalho Casas (2018), há muito o que se aprofundar na programação do Vaca Amarela. A promessa é de imersão sonora nos palcos do Martim Cererê.
Há ainda o rock goiano da Shotgun Wives, o pop rock de Branda, os brasilienses da Lupa, a explosão maculelê da Terra Cabula, o stoner da Sótão, entre outras bandas que prometem fazer um passeio pelo o que há de mais efervescente sendo produzido em Goiás e no País. Historicamente, nestes 17 anos, o Vaca Amarela sempre foi reduto e janela de bandas com estilos e gêneros mistos.
30 anos de Martim Cerere
De 17 edições realizadas ininterruptamente em Goiânia, sete foram produzidas no Centro Cultural Martim Cererê, que este ano comemora 30 anos durante o festival. Símbolo do crescimento do rock goiano na década de 1990, o Martim, palco de música e teatro, se tornou espaço de resistência e contracultura.
"O primeiro Vaca Amarela que produzi foi no Martim. Um dos meus primeiros shows com bandas foi também no espaço. Muitos primeiros trabalhos com produção cultural foram lá. O local já foi referência pra música da cidade e hoje está quase abandonado. Tem uma boa gestão do Marco Antônini, mas não tem absolutamente nada de investimento do poder público. O Vaca acontecer lá neste ano é símbolo de resistência", reflete o produtor cultural João Lucas Ribeiro, organizador do evento.
Incentivo
Sem nenhum tipo de incentivo público, o Vaca Amarela acontece em 2018 de forma totalmente independente. De acordo com João Lucas Ribeiro, mesmo se o festival tivesse sido aprovado em alguma lei de incentivo ou fundo de cultura, todos os editais do Estado estão com pagamentos atrasados.
"Fazer cultura em Goiás está cada vez mais insustentável. Eventos que não tem apelo meramente comercial, como é o nosso caso, com histórico de 17 anos consecutivos, deveriam ter um cuidado especial pelas gestões de cultura. Mas não podemos deixar de realizar. Vamos fazer sempre do tamanho que for possível. Estamos entregando um festival enxuto, mas com uma programação relevante e representativa", reitera Ribeiro.
17 anos
O Vaca Amarela será realizado no dia 7 de setembro, no Martim Cererê. A abertura dos portões está programada para às 16h. Os ingressos já estão no segundo lote e custam R$ 25 (meia) e R$ 50 (inteira). O terceiro lote começará a ser vendido no dia 1 de setembro: R$ 30 (meia) e R$ 60 (inteira), todos pelo site: www.sympla.com.br/vacaamarela.
Programação Completa:
01:00 Letrux
00:00 Shotgun Wives
23:30 Bemti
23:00 Lupa
22:30 Branda
21:30 Rubel
21:00 Ros & Jors
20:30 Ypu
20:00 Caffeine Lullabies
19:30 Terra Cabula
19:00 Distoppia
18:30 Sótão
18:00 Caito
17:30 Evening
17:00 Hostil
16:30 União Clandestina
SERVIÇO:
Festival Vaca Amarela -17 anos
Data: 7 de setembro
Local: Centro Cultural Martim Cerere, Tv. Bezerra de Menezes, Setor Sul, Goiania, Goiás, Brasil.
Ingressos: www.sympla.com.br/vacaamarela
==> Foto: Divulgação
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