Mais uma partida empatada em 0 a 0, com nova disputa de pênaltis.
Mas, desta vez, não deu. Depois de um empate sem gols no tempo normal e
na prorrogação – como nas quartas de final, quando eliminou a Austrália
–, a seleção feminina de futebol foi derrotada por 4 a 3 na disputa das
penalidades, no Maracanã, e não avançou à final nos Jogos Olímpicos Rio
2016. Se Bárbara defendeu uma cobrança, Andressinha e Cristiane
desperdiçaram as suas. Agora, a equipe vai tentar a medalha de bronze,
na sexta-feira, 19 de agosto, na Arena Corinthians.
"Em todas as cidades que jogamos, desde a primeira fase, tivemos o clima favorável, o apoio da torcida, e não foi diferente aqui no Maracanã. Fizemos um bom jogo, trocamos passes, jogamos com paciência, e até na base do abafa, quando foi preciso. Mas, infelizmente, não ocorreu do jeito que a gente queria", comentou o técnico Vadão, após a partida.
Os primeiros minutos já deixavam claro como seria a partida. Enquanto o Brasil rondava constantemente a área da Suécia, a equipe adversária se postava toda atrás, na defesa, em busca de alguma bom contra-ataque. Num deles, aos oito minutos, Schelin entrou livre na área, mas finalizou por cima do travessão. Enquanto isso, o Brasil, apesar do domínio, ameaçava apenas com chutes de fora da área. Aos 16, Debinha finalizou bem, da meia-lua, e quase abriu o placar.
Aos 22, a melhor chance do Brasil até então. Debinha, aproveitando cruzamento da esquerda, cabeceou no alto, mas a goleira Lindahl fez ótima defesa, espalmando para escanteio. Quatro minutos depois, num dos muitos escanteios cobrados por Marta, por pouco não saiu um gol contra. E, aos 33, Tamires fez linda jogada pela esquerda e chutou por cima.
Noventa por cento das jogadas ofensivas do Brasil passava pelos pés de Marta. A meio-campista, sempre aberta pela direita, levava constante perigo à meta da Suécia, com cruzamentos e finalizações perigosas. Andressa Alves, aos 41, cabeceou firme, mas Lindahl segurou. Antes do fim do primeiro tempo, um susto, com o forte chute de Fischer, que Bárbara segurou firme. E a etapa inicial, debaixo de um sol muito forte, terminou empatada sem gols.
No intervalo, o técnico Vadão resolveu mexer, tornando o time mais ofensivo, substituindo a volante Taisa pela meia Andressinha. E o Brasil continuou a pressionar em busca do gol. Em bonita jogada individual, Bia invadiu a área e bateu cruzado, com perigo, aos quatro minutos. A torcida presente ao Maracanã puxava cantos tipicamente do futebol, até que tomou um susto aos 16, em finalização de Blackstenius, que Bárbara defendeu.
A defesa do Brasil, vazada apenas uma vez no torneio, jogava de forma segura. Nas arquibancadas, a preocupação era com o ataque, que pouco finalizava. Por isso, aos 22, a torcida pediu a entrada de Cristiane. Pouco depois, com Marta e Andressa Alves, a seleção brasileira por pouco não abriu o placar.
Enquanto o tempo passava, o calor diminuía, com mais sombra no gramado. Mesmo muito quente, Formiga deu um pique até a defesa, desarmou o ataque sueco e a torcida gritou alto o seu nome. Apesar dos esforços, com muitas bolas alçadas na área, o jogo terminou mesmo 0 a 0, o terceiro empate sem gols seguido da seleção brasileira.
No tempo extra, o Brasil voltou a campo com Cristiane, recuperada de contusão e fora do time em duas partidas, no lugar de Debinha. Só que nesse momento do jogo, a seleção brasileira parecia sentir o cansaço e Vadão resolveu substituir Bia por Raquel Fernandes. Mas o Brasil, insistindo nas bolas áreas, não conseguia furar o bloqueio sueco.
O início do segundo tempo da prorrogação foi uma repetição do início de todas as etapas do jogo: Brasil atacando, mesmo desordenadamente, e a Suécia se defendendo e criando perigosos contra-ataques. Na melhor chance do Brasil, no minuto final, Lindahl cortou mal o cruzamento, nos pés de Marta, que finalizou em cima da goleira. E o jogo foi para os pênaltis, mas o desfecho foi diferente do das quartas de final. Derrota por 4 a 3 e, agora, a disputa pelo bronze.
==> Foto: Marcelo Pereira / Exemplus / COB
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