Concebido para encantar os olhares e
despertar emoções de crianças ainda na primeira infância, entre seis meses e
três anos de idade, o espetáculo para bebês Achadouros é fruto de uma delicada e sensível pesquisa cênica com
direção de José Regino. Em cena, duas atrizes e coautoras do espetáculo, Caísa
Tibúrcio e Nara Faria, revelam inovações cênicas de um fazer teatral maduro e contemporâneo
que dialoga com a psicologia e a pedagogia para bebês.
Dentro de um espaço cênico acolhedor e
natural, o talento das atrizes se revela através de um mosaico de técnicas
teatrais e performáticas, que passeia pela manipulação de objetos, da coreografia,
do canto e da linguagem não verbal. A dramaturgia, inteligente e dinâmica,
estimula a plateia, formada inclusive pelos acompanhantes dos bebês, de modo a
criar um vínculo íntimo e sutil.
Especialmente lúdico, o espetáculo chama a atenção
para a relação das pessoas com o meio ambiente. Nuvens, peixes, borboletas, um
cachorro e até uma galinha ganham vida por meio da manipulação de sacolas
plásticas brancas, espalhadas pelo cenário, que também aludem ao som do mar e
dão volume ao vento. A escolha pelas sacolas plásticas também se pauta, segundo
Nara Faria, “na
reavaliação de uma cultura de consumismo descartável”, e justifica a atriz, “seu
uso massivo no cenário remete à banalização na relação com os materiais
industrializados”.
Tendo
como ponto de partida a sutileza
dos versos de Manoel de Barros, as atrizes e o diretor estudaram o universo
infantil em visitas a uma creche. O resultado desta vivência foi essencial para
a construção da montagem, de acordo com o diretor. “Nela, pudemos observar o
espanto com as coisas ‘óbvias’, nesta fase da vida, e como as crianças estão ainda
em ‘estado de poesia’, onde a linguagem e o corpo brincam na sua formação”. José
Regino já participou na criação de outros espetáculos para a primeira infância
como “Panapanã” e “Alma de Peixe”.
Pra a atuação e composição das personagens,
Caísa explica que tiveram o cuidado em fugir dos clichês relacionados ao que
convencionalmente é chamado de universo infantil. “Descobrimos que não são
necessários muitos estímulos para estabelecer uma comunicação com os bebês”, diz,
“com isso, procuramos fugir do clichê do cenário e no figurino super colorido”,
conclui a atriz.
Desde sua estreia em agosto de 2015, Achadouros
realizou uma turnê gratuita no Distrito Federal em creches de São Sebastião,
Planaltina, Ceilândia, Paranoá, Varjão e um mês de temporada na Vila
Telebrasília. Em dezembro de 2015 foi contemplado com o Prêmio SESC do Teatro
Candango como Melhor Espetáculo Infantil.
Achadouros integrou 5º Engatinhando Londrina /PR, a
programação do SESC Goiânia/ GO, a programação do II Festival Primeiro Olhar –
Festival Internacional de Teatro para a Primeira Infância do DF, mostra
associada ao Festival Cena Contemporânea 2015 e a Primavera do Teatro – Mostra
para Infância e Juventude, em Brasília /DF. A temporada na Funarte faz parte de
uma circulação nacional em São Paulo, Minas Gerais e Rio de Janeiro.
Ficha técnica
Direção:
José Regino
Elenco:
Caísa Tibúrcio e Nara Faria
Dramaturgia:
Criação coletiva
Criação
musical: Caísa Tibúrcio e Nara Faria
Cenografia:
Chico Sassi
Iluminação:
Marcelo Augusto
Produção
geral: V4 Cultural
Produção
executiva: Pedro Caroca
Designer
gráfico: Jana Ferreira
Fotografia:
Débora Amorim e Diego Bresani
Registro
Videográfico e Edição: Fabiano Morari - Cachecol Filmes
Videos
Espetáculo
na íntegra, em HD:
Teaser:
Serviço:
Espetáculo: Achadouros.
Gênero:
Teatro para bebês.
Local: Teatro Plínio Marcos, Funarte Brasília.
Local: Teatro Plínio Marcos, Funarte Brasília.
Endereço: Eixo Monumental, Setor Divulgação Cultural.
Dias: 11 e 12 de junho de 2016, sábado e domingo.
Horários: Sábado e domingo, às 11h e às 16h.
Horários: Sábado e domingo, às 11h e às 16h.
Entrada franca. Ingressos disponíveis 30 minutos antes do início das
sessões, na bilheteria do teatro.
Público: 100 lugares.
Público: 100 lugares.
Duração: 40 minutos.
Classificação Livre.
==> Foto: Debora Amorim
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