O
festival que começou na segunda-feira (09) encontrou o clímax em seus
três últimos dias. O evento integra bares, restaurante e casas de show
durante a semana para, no fim de semana, unir tudo isso no Centro
Cultural Oscar Niemeyer. A estrutura física desse ano, digna dos grandes
festivais internacionais como Lollapalooza, chamou atenção.
Banheiros
com pia, espelho e papel, grande quantidade de caixas, sistema de
fichas eficiente, muitas opções de alimentação e bebida, disposição dos
bares, lugares especializados para usuários de cadeira de rodas,
separação do lixo, postos para carregar celular, decoração e lugares
para sentar espalhados pelo espaço podem parecer meros detalhes, mas
fizeram toda a diferença e tornaram o festival muito mais agradável,
principalmente pra quem frequentou os três dias no Centro Cultural.
Destaques
da sexta-feira, no palco Casa do Mancha se apresentou My Magical
Glowing Lens, de Vitória - ES, que chamou a atenção de quem estava por
lá. No palco A Construtora tivemos os goianos do Carne Doce, mostrando
que seu sucesso é justificado. No palco Skol Siba transformou o evento
em festa de carnaval e colocou todo mundo pra dançar, com direito até a
improviso. O fechamento do dia ficou por conta do mestre Jorge Ben Jor,
que deu à Goiânia quase duas horas de swing e animação. Com uma banda
afinada e um repertório repleto de sucessos, não teve quem ficasse
parado durante a apresentação. Durante a música "Gostosa", algumas
meninas da plateia subiram ao palco, dançaram, cantaram e puxaram um
coro de "Fora Temer" que a galera entoou com gosto. Salve, simpatia!
No
sábado, o baile começou com Felipe Cordeiro, no palco A Construtora,
numa pegada de lambada e cumbia. No mesmo palco, tivemos Liniker e sua
banda, Os Caramelows, que foram, sem dúvida, o grande nome do festival.
Exalando talento, simpatia e empoderamento, o cantor de 20 anos cantou a
liberdade, o amor próprio e o amor ao outro. Logo após, Omulu se
apresentou no palco Skol, com um público reduzido. Com batidas
eletrônicas extremamente brasileiras, o DJ remixou sucessos do funk
brasileiro, de músicas internacionais e a música "Veja Só No Que Deu" de
Wesley Safadão, que ganhou projeção internacional quando a dupla Jack U
tocou seu remix no festival Lollapalooza, em São Paulo. Por fim, o trio
de DJs Mau Mau, Renato Cohen e Anderson Noise fechou a noite de sábado
para um pequeno público, mas muito animado.
No domingo,
Hellbenders e Ogi prepararam o terreno para o show mais esperado do
festival. Planet Hemp, que não se apresenta em Goiânia há quase 20 anos,
deu um presente de política e arte para os goianos. Marcelo D2 e BNegão
nos vocais, exprimiram muito bem a revolta presente em suas letras e
contagiaram o público. Discursos contra o governo, contra Jair Bolsonaro
e Eduardo Cunha, contra a política e a polícia criaram o teor do show.
Depois de tantos anos longe da capital goiana, o grupo carioca não
poderia ter dado uma performance mais incrível, fechando o festival com
chave de ouro. Destaque para o baixista da banda, Formigão, que trouxe
um diferencial e elevou o nível das músicas.
Afinal, mais
um Bananada chega ao fim, consolidando-se em meio aos grandes festivais
nacionais. A política esteve presente em todo o evento, assim como está
em todos âmbitos do país, atualmente. Com sucesso de público e de
organização, o festival se despede já deixando saudade. Até o ano que
vem!!!
==> Matéria: Isabela de Castro / EsporteCultura
==> Foto: Isabela de Castro / EsporteCultura


0 comments:
Postar um comentário