No maior dojô do mundo, judocas brasileiros buscam inspiração para Nanquim 2014

O local impressiona até os mais experientes no esporte, e para quem vive o judô, então, estar ali é como um sonho. Depois de dois dias de treinos no maior dojô do mundo, no Centro Olímpico do Japão, os jovens judocas brasileiros Layana Colman e José Basile buscam na tradição japonesa a inspiração para chegar aos Jogos Olímpicos da Juventude Nanquim 2014 prontos para brilhar na competição.

O centro de judô do Comitê Olímpico do Japão possui uma área de 1,804m2 e seis espaços oficiais de luta. O tatame é revestido de um material que previne contusões por quedas durante os treinamentos. Além disso, entre outras tecnologias, câmeras espalhadas pela instalação permitem a análise de imagens dos movimentos dos atletas. As raízes da modalidade não são esquecidas. O criador do judô Jigoro Kano é reverenciado em um altar em posição central da instalação.

“Assim que abriu a porta, a primeira sensação foi a de ter realizado um sonho, que é ter vindo para o Japão, o berço do judô. Ainda mais numa estrutura tão boa como essa. Também me veio a lembrança de tudo que eu já treinei e tudo que eu quero conquistar. Tudo me veio como se fosse um flash, de uma vez só”, contou o santista José Basile, de 18 anos.

Cultura milenar do Japão, o judô molda valores e vai transformando a vida dos representantes brasileiros nos Jogos Olímpicos da Juventude. O exemplo dos judocas japoneses, que ao final de cada treino varrem o dojô, ficará para sempre em suas memórias. “O que eu vou obter aqui de experiência, como judoca e cidadão, não dá para explicar. Fomos recebidos com simpatia e educação, e como judocas que somos não há nem o que falar. Os melhores do mundo saem daqui, e acho que será uma experiência muito grande essa passagem pelo Japão”, avaliou Basile, que tem como treinador os medalhistas olímpicos Rogério Sampaio e Carlos Honorato.

Depois de dois dias de treinos em Tóquio, a sul-mato-grossense Layane Colman, de 17 anos, já se sente adaptada. “Fiquei surpresa com a receptividade das japonesas. As pessoas sempre falam que o judô é universal,  e aqui eu pude perceber o porque. Me senti à vontade desde o início, como se estivesse treinando na minha academia. Aqui todo mundo é igual”, observou Layana, que acredita num bom desempenho nos Jogos Olímpicos da Juventude após os treinamentos no Japão. “Os treinos estão fortes, desgastantes, e chegaremos na China muito bem”, completou Layana, medalha de bronze no último mundial Sub-18.

A treinadora da equipe brasileira na competição será a descendente de japoneses Danusa Shira Bittencourt. Ela destaca os benefícios deste período de treinamentos no país onde o judô nasceu. “Essa semana vai ser bem importante na preparação do Basile  e da Layane, porque estamos diante do judô mais técnico do mundo. O que há de mais importante para a preparação deles encontramos aqui. Todo esse ambiente em volta, a história do judô, esse clima de colaboração, eles vão levar para o resto da vida. É um aprendizado enorme. É um sonho que eles estão realizando, então tenho certeza de que essa experiência vai acrescentar demais na vida e na carreira dos nossos atletas”, destacou Danusa.

O judô brasileiro buscará mais uma medalha nos Jogos Olímpicos da Juventude. Na primeira edição, em Cingapura 2010, Flavia Gomes foi prata.

Fonte: COB
Ascom – Ministério do Esporte

==> Foto: Wander Roberto / Inovafoto / COB

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