Belgrado (SRB) - O Brasil está a um passo do ouro no Campeonato Mundial Feminino de Handebol. Depois de muito trabalho e uma campanha invicta na competição disputada na Sérvia, o grupo enfrenta, neste domingo (22), as donas da casa, às 14h15 (horário de Brasília), com transmissão do canal Esporte Interativo, na busca pelo resultado inédito. A equipe sabe que terá um 'duelo de titãs' pela frente e que terá um ginásio com capacidade para 23 mil pessoas lotado, com toda a torcida em favor do adversário, porém, esse não é empecilho para as atletas que cresceram e ganharam maturidade durante todo o campeonato alcançarem o objetivo máximo. Antes da grande decisão, Polônia e Dinamarca jogam pelo bronze, às 11h30.
Com a medalha de prata já assegurada, a Seleção já conquistou um resultado inédito e histórico para a modalidade no País. Anteriormente, a melhor posição da equipe havia sido o quinto lugar no Mundial do Brasil, em 2011. Além disso, garantiu a sexta colocação nos Jogos Olímpicos de Londres, em 2012.
A pivô e capitã da equipe, Fabiana Diniz, a Dara, acredita que a união fará a diferença para o Brasil sair com o tão sonhado ouro. "Chegar a este ponto foi muito importante para nós, mas ainda queremos mais. Queremos a medalha dourada e estamos muito perto disso. Acredito que a união e hegemonia do grupo fará a diferença na decisão. Temos consciência da qualidade da Sérvia, e que estarão jogando em casa, mas isso pode se voltar até mesmo a nosso favor, pois elas têm a pressão de vencer. Sabemos bem disso, pois no último Mundial, estávamos na nossa casa e sentimos isso. A Sérvia tem algumas jogadoras muito perigosas, que se destacam, mas nós temos um grupo mais unido. Sabemos que as 16 atletas que estão aqui têm qualidade e mesmo as que entraram pouco são capazes de representar bem o País. Vemos muito isso pelo incentivo que uma dá à outra", comentou.
A paulista de Guaratinguetá destaca o crescimento da equipe ao longo da competição. "Como eu já tinha comentado alguma vezes, não chegamos aqui com a nossa força máxima, talvez como em outros campeonatos. Fomos melhorando ao longo da competição e, espero que sejamos ainda melhores amanhã. A Sérvia também cresceu depois que perdeu na fase classificatória para o Brasil. Mesmo assim, acredito na nossa força e no nosso trabalho", decretou.
O técnico da Seleção Brasileira, o dinamarquês Morten Soubak, voltou a frisar que a partir de agora, está tudo zerado, que a primeira vitória do Brasil sobre a Sérvia não importa mais e que a equipe deve se comportar da mesma forma que desde o início do Mundial. "Pará nós não mudou nada em relação ao nosso comportamento. Estaremos amanhã da mesma forma que viemos até agora. O nosso desafio será a pressão que teremos dos torcedores da Sérvia e da arbitragem. Por isso, temos que pensar bem no que fazer nos momentos difíceis da partida. Vimos a Polônia não conseguir jogar contra a Sérvia nas semifinais. A torcida foi como um caminhão sobre as polonesas, que não conseguiram entrar no jogo. O desafio é não deixar que isso aconteça conosco. Será difícil. Já sabemos disso, mas estamos confiantes."
O Brasil chega a essa final com uma campanha invicta, com vitórias sobre Argélia, China, Dinamarca, Japão e Sérvia, na primeira fase, Holanda, nas oitavas, Hungria nas quartas, e novamente sobre a Dinamarca nas semifinais. Além disso, conta com alguns destaques individuais nas estatísticas. A ponta direita Alexandra Nascimento, com 48 gols, é a segunda na lista da artilharia do campeonato, ao lado da húngara Anita Görbicz, e tem grandes chances de subir de posto amanhã. A primeira colocada é a alemã Susann Müller, com 62. Na defesa, o País também segue em evidência com a goleira Bárbara Arenhart, com 48% de aproveitamento e o quinto lugar na posição.
Seleção Brasileira Feminina de Handebol
Goleiras - Bárbara Arenhart (Hypo Nö - Áustria) e Mayssa Pessoa (HK Dínamo Volgograd - Rússia).
Armadoras - Amanda Claudino de Andrade (Supergasbras/UNC/Concórdia-SC), Deonise Fachinello Cavaleiro (Hypo Nö - Áustria), Eduarda Amorim (Gyori Audi ETO - Hungria) e Karoline Helena de Souza (Team Tvis Holstebro - Dinamarca).
Centrais - Ana Paula Rodrigues Belo (Hypo Nö - Áustria), Deborah Hannah Pontes Nunes (Metodista/São Bernardo-SP e Mayara Fier de Moura.
Pontas - Alexandra Priscila do Nascimento (Hypo Nö - Áustria), Fernanda França da Silva (Hypo Nö - Áustria), Samyra Pereira da Silva Rocha (Mios Biganos Handball - França) e Mariana Costa (Team Vendyssel - Dinamarca).
Pivôs - Daniela de Oliveira Piedade (Rokometni Klub Krim - Eslovênia), Elaine Gomes Barbosa (Força Atlética-GO) e Fabiana Carvalho Diniz (Hypo Nö - Áustria).
==> Foto: Cinara Piccolo / Photo&Grafia
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