RENATO BORGHETTI & ARTHUR BONILLA NO CLUBE DO CHORO DE BRASÍLIA

Pense bem e responda: quantos artistas gaúchos estão entre os que chegaram ao vigésimo disco, venderam centenas de milhares de cópias e são não apenas conhecidos como reconhecidos nacionalmente? Que se saiba, somente dois: Elis Regina e Renato Borghetti.

Ele toca desde os 10 anos de idade, quando ganhou sua primeira gaita-ponto do pai, na época patrão de um Centro de Tradições Gaúchas. Hoje Renato Borghetti é hoje um dos artistas brasileiros de mais sólida carreira internacional.

Turnês européias são uma constante na vida do gaiteiro, incluindo cidades italianas (sua origem) e passando por festivais na Croácia, Republica Tcheca, Áustria e Alemanha. Na Áustria, onde se apresenta regularmente desde 2000, Renato se sente em casa, pois não há cidade em que não tenha tocado.

“Lá tenho até um fã clube, as pessoas vão a tudo que é show, saem de Viena para assistir em cidades do interior e vice-versa, sempre lotando os lugares”, ele conta.

No verão europeu, as apresentações são na maioria ao ar livre, para milhares de pessoas. Mas também há teatros, clubes de jazz, casas noturnas  e centros culturais na França, Portugal, Hungria, Holanda, Eslovênia, Bélgica e Suíça.

Para os que gostam de rótulos e classificaçõesl, o instrumental de Borghetti costuma entrar nos arquivos de etnomusic, world music e jazz fusion. Mesmo tendo na essência ritmos como vanerão, chote, milonga e chamamé, não causa nenhum estranhamento. Até pelo contrario : “ A sonoridade do acordeon é familiar para o público europeu, e como partimos de nossas raízes para uma música mais elaborada, uma coisa mais jazzística, a aceitação é total. São normalmente shows longos, não saímos sem fazer diversos  bis ”. 

Borghetti é cada vez mais atração internacional também em festivais do instrumento, ao lado de estrelas como o italiano Ricardo Tesi, o irlandês Martin O´Connor, o português Artur Fernandes e o espanhol Kepa Junqueira.

Em 2014 ele comemora 30 anos de carreira, iniciados a partir daquele álbum que, vendendo mais de 100 mil cópias, ganhou o primeiro disco de ouro da musica instrumental brasileira.

Além da agenda exterior, o músico cumpre extensa programação em território nacional, levando a música gaúcha aos mais diversos pontos do nosso Brasil.(JUAREZ FONSECA / MARCOS BORGHETTI ) 

Arthur Bonilla 

As notas rápidas, a forma firme de tocar e a precocidade são características marcantes de Arthur Bonilla, tido por muitos como um virtuoso do violão brasileiro. Fez seu primeiro acorde com apenas 3 anos e meio de idade – segundo seu pai, um Sol maior com todos os dedos errados, mas o som certíssimo – e desde então nunca mais parou de tocar.

Teve como principal referência as orientações e o estilo forte e veloz do grande violonista argentino Lúcio Yanel, radicado no Rio Grande do Sul desde os anos 80. Outra característica marcante de Arthur Bonilla é a capacidade de desempenhar solos rápidos e duetados, como se fosse mais de um violão, habilidade que desenvolveu ainda menino.

O contato com a música latino-americana, sobretudo do Uruguai, que usava muito os trios ou quartetos de violões, com um violão mais grave (chamado Guitarrón) de base e dois ou três solos duetando, e o acompanhamento de cantores como Alfredo Zitarrosa, Amalia de La Vega e Nora Galán, o levaram a criar uma forma muito particular de execução: enquanto o Pai (que, por vezes, o acompanhava) fazia o violão base, Arthur Bonilla fazia os dois (às vezes três) solos duetados, copiando o arranjo original. Muitas vezes eram frases rápidas e de difícil execução para um único instrumentista.

Seguindo o caminho da música como profissão, logo começou a acompanhar cantores de expressão na música regional gaúcha (a exemplo de João de Almeida Neto, com quem toca até hoje) e a participar dos festivais nativistas do RS. Inúmeras vezes premiado nos mais importantes festivais gaúchos, Arthur Bonilla dedica-se a música instrumental, apresentando trabalho solo ou com outras formações, tendo no repertório composições de autoria própria, clássicos da MPB, Choro e música gaúcha, com breve passagem pela música erudita.

Vem dividindo o palco com grandes nomes da música instrumental do Brasil, como Dominguinhos, Hamilton de Holanda, Arismar do Espírirto Santo, Alessandro “Bebê” Kramer, Oswaldinho do Acordeom, Yamandu Costa e Renato Borghetti, tendo, com este último, trabalho de duo que realiza freqüentes apresentações por todo o Brasil e também no exterior, em países como Alemanha, Bélgica, França, Holanda, Itália, Portugal e Canadá.

As apresentações acontecem dias 20, 21 e 22 de Novembro de 2013 – Quarta, Quinta e Sexta-Feira a partir das 21:00 horas. Ingressos: R$ 10,00 (meia) e R$20,00 (inteira) 

Informações: Tel.: 3224.0599. Ingressos: Clube do Choro de Brasília – SDC BLOCO “G” - Funcionamento da bilheteria: 2ª a 6ª feira: 10:00 às 22:00 horas. Sábado a partir de 19:00 as 21:30 horas, ou através do site: www.clubedochoro.com.br 

O Clube do Choro de Brasília fica entre a Torre de TV, o Centro de Convenções e o Planetário. 
Não recomendado para menores de 14 anos 

==> Foto: Marcos Borghetti

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