Mariene de Castro canta Clara Nunes no Teatro Plínio Marcos da Funarte, dia 19/07

DVD e show que a Universal Music está lançando em parceria com o Canal Brasil, foi gestado ao longo dos mais de 30 dias em que Mariene morou com sua banda numa casa no Recreio dos Bandeirantes, zona oeste do Rio de Janeiro. Reconhecida como uma das principais revelações do canto brasileiro surgidas nos últimos anos, ela pôde fazer uma imersão na história e no repertório de Clara Nunes, preparando-se intensamente para o tributo à estrela mineira que brilhou no Rio e cuja morte completa 30 anos — ocorreu em 2 de abril de 1983, em decorrência de um choque anafilático durante uma cirurgia de varizes .
 

Tanta dedicação ajuda a explicar o que se vê nas imagens do show realizado no Espaço Tom Jobim, no Rio, em 9 de outubro de 2012, e que é a origem do CD e do DVD. A intérprete baiana esbanja emoção, teatralidade , carisma e intimidade com o que canta, arrebatando a plateia e tornando também suas as 16 músicas selecionadas, todas tão marcadas pela voz de Clara. ”Eu sigo meu coração; foi um desafio e estou muito feliz. Clara merecia essa homenagem de uma baiana, pois ela cantou muito a Bahia, o Nordeste‘, diz Mariene, cujo lado atriz tem chegada ao cinema prevista para este ano, no longa-metragem ”Quase Samba‘, de Ricardo Targino.
 

A brasilidade, a proximidade de Bahia, Nordeste e as tradições afro-brasileiras são o eixo principal do projeto. Basta conferir algumas faixas: ”Guerreira‘, ”Feira de mangaio‘ , ”A deusa dos orixás‘ , ”O mar serenou‘ , ”Ijexá‘ , ”Conto de areia‘ e ”Á baiana‘ . Mas foi um caminho escolhido após muito estudo e muitas conversas. Entre os principais interlocutores esteve *Alceu Maia*, que tocou com Clara e foi, em ”Ser de Luz”, responsável pelo áudio, por parte dos arranjos e pelo cavaquinho.
 

Mariene também contou com Surica, Ëure a Maria e Neide Sant Anna, pastoras da *Velha Guarda da Portela*, no coro do show e em orientações fora de cena. Elas conheceram bem Clara. Coube à amiga Surica até a missão de vestir a cantora para o funeral, como conta no DVD. A participação do trio é especialmente significativa em ”Portela na avenida‘, momento final do CD — que começa com a sempre comovente  ”Minha missão‘.
 

A essas presenças cariocas Mariene misturou percussionistas baianos, cercando sua voz da sonoridade a que está tão acostumada. ”O resultado é o sotaque da Bahia sobre o trabalho de Clara. É o meu olhar sobre Clara‘, esclarece Mariene, que usa no espetáculo um vestido dourado que remete a Oxum, e outro branco que lembra os usados pela ”guerreira” nas apresentações, ambos criados por Wilson Ranieri.
 

Serviço:

Data: 19 de julho
Horário: Sexta, às 21h.
Teatro Plínio Marcos do Complexo Cultural da Funarte Brasília.
Ingressos: R$ 20 (inteira) e R$ 10 (meia-entrada)
Classificação Indicativa: Livre para todos os públicos
Informações: 30248481

 

A realização do show é uma parceria entre os Festivais São Batuque e Latinidades O show acontece dentro da Ocupação Funarte 2013, da produtora Rosa dos Ventos Artes do Imaginário.

==> Foto: Washington Possatto

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