JUDAS - NO CLUBE DO CHORO DE BRASÍLIA - HOJE - DIA 09/07

Música caipira, blues, contos de fadas. São todos arquétipos que lidam com a dualidade do ser humano e, por mais distantes que aparentem ser, compõem os modelos musicais que a banda brasiliense Judas alia perfeitamente em seu som. No mesmo barco, viajam o som e a poesia de Tião Carreiro, Milton Nascimento, Jards Macalé, Raul Seixas, Johnny Cash, Nick Cave, Leonard Cohen. E, ainda, bandas como Arcade Fire e movimentos revolucionários da Música Popular Brasileira, como, por exemplo, o mineiro Clube da Esquina. 

O resultado disso é um novo estilo, batizado pela banda como “Hard Roça”. Inspirações que, segundo o bardo Adalberto Rabelo, compositor e “homem de frente” do grupo, também guia-se por outros embasamentos. Um deles, ele ilustra, é o da transição do Bob Dylan folk para o Dylan elétrico, nos anos 60, que na época estremeu o conservadorismo do gênero e valeu ao músico americano a alcunha de Judas naquele momento. “O Dylan foi chamado de Judas por levar a música folk "pra frente" por aquela galera que se julgava guardiã daquilo, ficava com aquelas questões de manutenção da pureza do gênero, se achava o porta-voz daquela história toda, sem perceber que estava engessando o gênero e tornando aquilo uma coisa de museu. O Dylan, ao eletrificar a parada e escrever aquelas letras complexas e modernas, manteve o folk como uma forma musical atual, cheia de dialética e contradição - enquanto os puristas hoje soam obsoletos.

O Judas, além das referências literárias, como característica de suas letras, faz muitas vezes citações sobre Brasília, cidade que acolheu a banda e, também, ao Cerrado, inserido no contexto do Grande Sertão. Flor do Agave, por exemplo, faz referência a agave, planta comum no cerrado, que ao florescer, morre. Rodoferróviária Blues cita a antiga rodoviária da Capital Federal, hoje desativada. Outra peculiariedade é que, por vezes citando Nick Cave, a banda resvala em citações religiosas eventuais. É o caso da canção “Adeus, Violeiro” (a qual, metafisicamente, cita Cristo e Judas). 

Já são, na verdade, mais de 100 músicas compostas, das quais 12 devem entrar no disco. A banda é escoltada pelo violeiro Fábio Miranda – que possui o projeto paralelo “Caravana Solidão” –, pelo baixista Fernando Rodrigues, da banda Pé de Cerrado, o baterista Augusto Coaracy, da banda Watson, o tecladista Hélio Miranda, da banda Rios Voadores, e Kadu Abecassis, responsável pela produção banda e, também, pela guitarra. Kadu, entre outras participações, já tocou guitarra na banda de Mallu Magalhães. Para o disco, a banda também contará com a ajuda superlativa da multiinstrumentista Valéria Lehmann e a percussionista Andressa Ferreira.

O JUDAS é Adalberto Rabelo Filho (voz e violão), Hélio Miranda (bateria), Fábio Miranda (voz e viola caipira), Paula Zimbres (baixo e voz) e Kadu Abecassis (produção e guitarra)

A apresentação acontece dia 09 de Julho de 2013 – Terça-feira a partir das 21:00 horas. Ingressos: R$ 10,00 (meia) e R$20,00 (inteira)

Informações: Tel.: 3224.0599. Ingressos: Clube do Choro de Brasília – SDC BLOCO “G” - Funcionamento da bilheteria: 2ª a 6ª feira: 10:00 às 22:00 horas. Sábado a partir de 19:00 as 21:30 horas, ou através do site: www.clubedochoro.com.br                                      

O Clube do Choro de Brasília fica entre a Torre de TV, o Centro de Convenções e o Planetário.
Não recomendado para menores de 14 anos

==> Foto: Maira Mendes Galvão

0 comments:

Postar um comentário