Fórmula Indy e Stock Car: Duas corridas em oval na sequência

Neste domingo (26/5) acontece uma das corridas mais importantes do planeta, as 500 Milhas de Indianapolis, nos Estados Unidos, reunindo 33 Fórmula Indy e um público superior a 500 mil pessoas. E na próxima semana (02/6) será realizada a 5ª etapa da Stock Car, em Brasília (DF), com um grid de 34 carros e com um dos maiores públicos do Brasil. E o que isto tem em comum? As duas provas são das mais emocionantes da temporada nas respectivas categorias e disputadas em circuito ‘oval’ de quatro curvas.

"Acho muito interessante correr em um circuito assim, porque é diferente para o piloto e para o público. É a corrida mais emocionante para o público assistir, pois é onde os carros ficam mais próximos, com seis a oito separados por um décimo de segundo e com várias ultrapassagens em retas e curvas", elogia Diego Nunes (Petronas/Chocolates Garoto), piloto do Stock Car # 70.


"Sou fã deste tipo de corrida, em circuito externo. Acho que a prova de Brasília é um dos grandes momentos da temporada da Stock Car. São mais voltas percorridas, os carros andam junto o tempo todo dentro de uma arena, pois o circuito é quase totalmente cercado por arquibancadas ou barrancos, privilegiando o público", emenda Eduardo Bassani, chefe da equipe RC3 Bassani/Petronas/Chocolates Garoto.


Características do ‘oval’ de Brasília.


O circuito externo do Autódromo Internacional Nelson Piquet, com 2.919 metros de extensão tem características bem próprias. E ao contrário de Indianapolis, o seu sentido é horário. "Não chega a ser um oval, pois tem quatro curvas e com freadas, mas é o que temos e lá nos Estados Unidos tem muitos circuitos assim, como Indianapolis. Seria legal se tivéssemos um oval puro aqui no Brasil", destaca Diego Nunes.


A reta dos boxes tem 580 metros e os carros atingem 240 km/h até chegarem à curva 1 a direita, feita a 150 km/h. Na longa reta de 750 metros os Stock Car chegam a 245 km/h. "Por causa da velocidade máxima e a alta média horária em Brasília, em que os carros atingem velocidades mais altas por mais tempo, o cuidado com a aerodinâmica é extremamente importante nesta pista. Então, os encaixes da carroceria têm que ser perfeitos, para evitar a entrada de muito ar e causar muito arrasto e turbulência", explica o engenheiro Eduardo Bassani.


No final da reta principal tem a freada mais forte para contornar a curva 2, a 120 km/h. "Este é um dos principais pontos de ultrapassagem. A freada é bem forte e o carro fica arisco e desequilibrado, puxando para o lado, por causa do alinhamento que é assimétrico para este circuito", explica o Garoto de Talento.


Logo em seguida tem uma leve variante à esquerda, que não pode ser chamada de curva, pois é feita de pé embaixo a 200 km/h. A próxima curva não exige freada tão forte, mas é feita a também a 120 km/h. Depois se segue uma reta curta, atingindo de velocidade de 200 km/h, para uma leve freada antes do contorno da Curva da Vitória, a 160 km/h. "É a prova em que o piloto fica mais tempo com o acelerador no fundo", fala o engenheiro de telemetria João Batista.


Acerto de carro ‘esquisito’


O princípio de acerto do Stock Car para o circuito ‘oval’ de Brasília é completamente diferente dos outros traçados. "Usamos cambagem bastante agressiva no lado externo (esquerdo) da suspensão e pouca no lado interno, e com distribuição de peso entre as rodas bem diferente e pressão de pneus também um pouco diferenciada. Com isto, o carro fica totalmente assimétrico", ensina o engenheiro paranaense Rodrigo Contin.


E para dificultar e equilibrar ainda mais, a categoria implantou uma nova regulamentação com mais limitação, que vai aumentar a disputa. "No ano passado ainda usávamos molas mais duras nas suspensões do lado esquerdo, mas desde a última corrida, em Salvador, toda a categoria passou a utilizar por força do regulamento, molas de 140 libras de pressão nos quatro cantos", continuou.


Outro detalhe é que esta é a primeira corrida em oval com os pneus da Pirelli, adotados nesta temporada. "Portanto, teremos que ficar bem atentos, principalmente com relação ao desgaste na banda e costado externos dos pneus do lado esquerdo. É importante sairmos desta etapa com um carro bem acertado, pois será a base para oitava etapa, em setembro, que acontecerá novamente na Capital Federal", finaliza o chefe da equipe Petronas/Chocolates Garoto/RC3 Bassani Racing.


Confira a programação da 5ª etapa da Stock Car em Brasília:


Sexta-feira

15h45 - 16h45 - Treino Extra - Campeonato Brasileiro de Turismo

Sábado

7h30 - 7h45 - Shakedown Stock Car
8h00 - 9h05 - 1o Treino livre (Grupo 1) Stock Car
9h15 - 10h20 - 1o Treino livre (Grupo 2) Stock Car
10h30 - 11h15 - 1o Treino livre Campeonato Brasileiro de Turismo
11h50 - 12h55 - 2o Treino livre (Grupo 1) Stock Car
13h05 - 14h10 - 2o Treino livre (Grupo 2) Stock Car
14h20 - 15h05 - 2o Treino livre Campeonato Brasileiro de Turismo
16h00 - 17h00 - Classificação Stock Car
17h15 - 17h35 - Classificação Campeonato Brasileiro de Turismo

Domingo

 
Campeonato Brasileiro de Turismo
8h50 - Abertura de box
9h00 - Fehamento de box
9h05 - Placa de 5 minutos
9h10 - Volta de apresentação
9h15 - Largada (35 minutos de prova + 1 volta)
9h55 - Pódio
 
Stock Car
10h25 - Abertura de box
10h45 - Fechamento de box
10h50 - Hino nacional
10h52 - Placa de 5 minutos
10h57 - Volta de apresentação
11h00 - Largada (40 minutos de prova + 1 volta)
11h45 - Pódio
12h15 - 13h15 - Visitação aos boxes

A RC3 Bassani Racing tem os patrocínios de Petronas Lubrificantes Brasil S/A e Chocolates Garoto S/A.

==> Foto: Luca Bassani

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