"Extraordinariamente comovente ... lindamente realizado ... um verdadeiro soco de emoções. No fim das contas, esta é
uma peça sobre perda e luto que
é mais sobre o que se perde de si do que a dor de se perder um parceiro de muitos anos”, assim o jornal britânico The Guardian
se referiu a Translunar Paradise, mais recente trabalho do grupo inglês Theatre Ad Infinitum, que estreia no
Centro Cultural Banco do Brasil. O espetáculo, que no ano passado veio ao país
como convidado dos festivais internacionais de teatro de Belo Horizonte e de
Londrina – impressionando crítica e público – volta agora para uma temporada de
três meses, com estreia em Brasília no dia 12 de abril, depois de passar pelos
CCBB’s do Rio de Janeiro e de São Paulo. Além das apresentações, o grupo irá
ministrar oficinas.
Translunar Paradise leva o espectador a uma tocante viagem pela vida, morte e amor eterno através da estória,
baseada em um conto irlandês, de um homem que é confrontado com a solidão da
perda. Seus sentimentos de dor e amor – complexos e conflituosos – são
mostrados em cena sem uma única palavra. Três elementos poéticos os alinham: a
linguagem corporal dos três atores, a música de um acordeom tocado ao vivo e
máscaras que, usadas pelos personagens, marcam as passagens de tempo entre
juventude e velhice.
No palco, está William (George Mann), Solitário após o falecimento de
sua esposa, passa a viver em um mundo de fantasia e memórias passadas. Lugares
que o mantém distante da realidade de sua dor. Até que Rose (Deborah Pugh), sua
mulher, retorna à vida para um último ato de amor: ajudá-lo a seguir em frente.
Kim Heron completa a encenação, tocando acordeom e como apoio nas
atuações.
Além de críticas excepcionais, o espetáculo,
que estreou no Festival de Edinburgh de 2011, na Escócia, e ficou em turnê na
Inglaterra em 2012, ganhou seis prêmios. Entre eles, o de Audiência do Mess Festival Sarajevo e melhor espetáculo pelo Liverpool Daily Post.
Fundada em 2007 e dirigida pelo inglês George Mann e o israelense
Nir Paldi, a companhia tem como fio condutor a paixão pela arte inovadora e
emocional, utilizando-se da linguagem universal do corpo. Tem acumulado elogios
da crítica e prêmios desde seu trabalho de estreia, Behind the Mirror, que estreou no
mesmo ano, seguido de Odyssey (2009), The Big Smoke (2010) e Ballad
of the Burning Star (2012).
Mann, que também atua
no espetáculo, explica que a peça trata de juventude e envelhecimento. “A idade
pode, como uma máscara, obscurecer o fato de que uma pessoa já foi jovem.
Optamos pela ausência de palavras para transmitir esta estória através do corpo
e da música em um nível poético. O público vai ser imerso em sentimentos,
sensações e movimentos. Esperamos que voltem para casa sentindo que experimentaram
algo muito especial.”
Oficinas - O corpo como
contador de história
Além das apresentações na turnê internacional, a
companhia inglesa promove
workshops para atores, bailarinos, diretores e estudantes de teatro e dança, em
diversos países. Busca promover
intercâmbio com outras culturas e troca de experiências artísticas e romper
fronteiras entre elas.
No Brasil, o grupo também irá compartilhar sua técnica em oficinas
ministradas por George Mann e Nir Paldi. Serão 25 vagas em cada cidade – uma
oportunidade singular de mergulhar em um ambiente que explora histórias através
do método Lecoq, que pretende fazer com que o ator ultrapasse seus limites
físicos, se transformando em um ator-criador.
Ficha Técnica
Direção e roteiro: George Mann
Co-autoria e elenco: Kim Heron, George Mann e
Deborah Pugh
Música: Kim Heron e George Mann
Luz: Peter Harrison
Figurinos: Clare Amos
Cenário: Francesco Gorni
Máscaras: Victoria Beaton
Serviço
Translunar Paradise – Theatre Ad Infinitum
Local: Centro Cultural Banco
do Brasil – Teatro I (SCES, Trecho 2. Brasília/DF)
Categoria: drama
Temporada: de 12 de abril a 05 de maio de 2013.
Horários: de quinta
a domingo, às 21h.
Preço: R$
6,00 (inteira) e R$ 3,00 (meia)
Duração: 70min
Capacidade: 327 lugares
Classificação: 14 anos
==> Foto: IdilSukan / DrawHQ
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