Pinheiros/SKY termina quadrangular da Liga Sul-Americana na segunda posição

Foi um jogo típico de Brasil e Argentina. Emoção, tensão, viradas de placar, discussões e rivalidade. Esse foi o clima da partida disputada entre Pinheiros/SKY e Obras Sanitárias, da Argentina, válida pelo primeiro quadrangular da Liga Sul-Americana Masculina de Clubes de Basquete, no ginásio Henrique Villaboim, em São Paulo (SP), na noite deste sábado (08/10). Após um polêmico lance envolvendo o ala Shamell, bastante discutido pela equipe brasileira, os argentinos levaram a melhor por 82 a 80. Com o resultado, a equipe pinheirense terminou a fase na segunda colocação, e ambos os times asseguraram uma vaga no hexagonal final do torneio.

Como era de se esperar, o jogo começou bastante acirrado, digno de duas equipes favoritas ao título sul-americano. Os argentinos não se intimidaram com o fato de serem os visitantes e abriram a partida na frente no placar. Mas o Pinheiros/SKY não deixava o rival se desgarrar e foi equilibrando as ações até virar o marcador com uma bola de três pontos de Figueroa.

Com o desenrolar do jogo, a equipe pinheirense foi tomando conta da situação, com um forte trabalho defensivo dentro do garrafão. Olivinha e Morro brecavam os ataques dos adversários na marcação, com tocos e dominavam a disputa pelos rebotes. Além disso, os mandantes conseguiam pressionar e roubar algumas bolas dos argentinos, criando muitos contraataques que deixavam os jogadores do Pinheiros/SKY livres para pontuar.

Foi com esse cenário que o Pinheiros/SKY fechou o primeiro quarto vencendo por 25 a 19. E a situação não mudou no início do segundo. O time brasileiro rodava bem a bola, sempre encontrando um jogador em boas condições para arremessar, e aumentou a vantagem para dez pontos. Só que nada estava decidido, e os argentinos reagiram, mesmo com o bom momento da equipe da capital paulista.

As bolas do Obras Sanitarias começaram a cair, enquanto as do Pinheiros/SKY teimosamente batiam no aro. Desse jeito, os visitantes empataram e chegaram a virar a partida. A liderança do placar passou a mudar de mãos constantemente, até que nos últimos momentos do primeiro tempo, Shamell colocou o time brasileiro na frente por 44 a 42.

Na volta do intervalo, o Pinheiros/SKY fez um terceiro quarto para esquecer. Ou talvez lembrar sempre, para não repeti-lo. Os argentinos aproveitaram o mau momento dos brasileiros para abrir uma larga vantagem, que chegou a 14 pontos e terminou em 52 a 64.

Apesar de estar em desvantagem, o Pinheiros/SKY não desistiu em nenhum momento da partida, acreditando até o último minuto na vitória. Os donos da casa melhoraram bastante seu aproveitamento nos arremessos, principalmente nas bolas de três pontos e nos lances livres.

Por outro lado, o Obras Sanitarias passou a errar mais do que poderia nos lances livres. Falta a falta, erro a erro, o Pinheiros/SKY encostava no placar. Nos últimos segundos, a vantagem argentina era de cinco pontos, mas os brasileiros lutaram e conseguiram o que parecia impossível, diminuindo a diferença para apenas um ponto, em 80 a 81.

O confronto começou a ser decidido na posse de bola dos visitantes. O Pinheiros/SKY fez a falta para parar o jogo. Dos dois lances livres, o Obras Sanitarias só acertou um, levando o placar a 80 a 82. A equipe pinheirense teve a chance de empatar com uma transição rápida de defesa a ataque de Shamell, mas o jogador caiu na quadra enquanto se direcionava à cesta. Todo o grupo do time da capital paulista pediu falta no lance, reclamando de um toque do atleta adversário no pé do norte-americano. A arbitragem mandou seguir o jogo, os argentinos ficaram com a bola, sem concluir em pontos.

O Pinheiros/SKY ainda teve a posse de bola faltando pouco mais de 0s1 para o término da partida, mas não conseguiu a cesta necessária para levar o duelo para prorrogação ou sair com a vitória.

Após o acirrado confronto, o Head-Coach do Pinheiros/SKY, Claudio Mortari, fez considerações sobre o jogo e o duvidoso lance. Para o experiente treinador, a arbitragem, no mínimo, deveria ter mantido a posse de bola com os brasileiros após a queda de Shamell. "Esse lance poderia ter determinado alguma coisa a mais. A arbitragem entendeu como lance normal. Nem sei se foi falta, mas em função da queda, a bola deveria ser reposta ao nosso favor. Houve um contato, mesmo que não tenha sido falta, a bola deveria continuar com a gente", comentou.

Já sobre o jogo, Mortari exaltou o nível técnico das duas equipes que estiveram na quadra, reconheceu o mau momento do Pinheiros/SKY na volta do intervalo e lamentou a chance perdida para virar o placar. "Foi um confronto entre duas equipes muito fortes, gabaritadas. Fizemos um terceiro quarto muito ruim, fomos ultrapassados de uma maneira até certo ponto infantil. Depois, tivemos novamente o poder da partida, mas lamentavelmente não conseguimos a vitória", afirmou.

Depois de três jogos e a classificação para o hexagonal final da Liga Sul-Americana, que deve ser disputado em dezembro, o Pinheiros/SKY volta suas atenções para o Campeonato Paulista. A equipe decide a liderança do grupo B da competição contra o São José/Unimed/Vinac, no ginásio Henrique Villaboim, em São Paulo (SP), nesta terça-feira, às 20h00.

Resultados
Dia 06/10
17h30 - Biguá (Uruguai) 59 x 87 Obras Sanitárias (Argentina)
20h00 - Pinheiros/SKY (Brasil) 90 x 65 Orgullo Paisa (Colômbia)
Dia 07/10
17h30 - Obras Sanitárias (Argentina) 92 x 62 Orgullo Paisa (Colômbia)
20h00 - Pinheiros/SKY (Brasil) 99 x 76 Biguá (Uruguai)
Dia 08/10
15h30 - Biguá (Uruguai) 96 x 90 Orgullo Paisa (Colômbia)
18h00 - Pinheiros/SKY (Brasil) 80 x 82 Obras Sanitárias (Argentina)

==> Foto: Deco Pires / Pinheiros/Sky

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