De ressaca, Santos vira presa fácil para o Figueira e tem faixa carimbada

Campeão da Taça Libertadores há uma semana, o Santos entrou em campo para enfrentar o Figueirense, nesta quarta-feira, no estádio Orlando Scarpelli, em Florianópolis, pisando em nuvens, relaxado, fora do órbita. Era o primeiro compromisso da equipe paulista após o titulo histórico. O Figueira, que não tem nada com isso, esteve focado, enquanto os santistas pareciam ainda estar festejando a vitória sobre o Peñarol, no Pacaembu. Resultado? O time catarinense fez 2 a 1, com dois gols de Aloísio (Rychely descontou), e carimbou a faixa do tricampeonato continental do Peixe, em jogo que valeu pela sétima rodada do Campeonato Brasileiro.

Com o resultado, a equipe comandada por Muricy Ramalho, que tem dois jogos a menos, estaciona nos cinco pontos, em 16º lugar. Pode até entrar na zona de rebaixamento se o Coritiba vencer o Ceará nesta quinta-feira, em Curitiba. Já o Figueirense, com 13, retorna momentaneamente para o G-4.

Aloísio piora a ressaca santista

Sonolento, distante, talvez ainda inebriado pelo título da Taça Libertadores conquistado na quarta-feira passada, o Santos não foi páreo para o animado Figueirense no primeiro tempo. O time da casa, mais bem posicionado, mais concentrado, marcando muito bem, jogou o Peixe para trás. Abriu o placar logo na primeira investida, com Aloísio pegando rebote de Adriano, que não foi nem sombra daquele cão de guarda da defesa santista durante a Libertadores.

O Alvinegro paulista até conseguiu empatar o jogo, com Rychely aproveitando falha do zagueiro João Paulo, logo após o Figueira sair na frente. Mas ficou nisso. A reação não foi além do esboço. Durante o restante do primeiro tempo, o jogo foi todo disputado dentro do campo de ataque dos catarinenses, que ainda acertaram a trave, num chute de Maicon.

Enquanto o meio de campo do Figueirense, com Túlio, Maicon e Fernandes, envolvia facilmente o sistema defensivo santista, a zona de criação do time praiano esteve paralisada. Roger Gaúcho, substituto de Paulo Henrique Ganso, que está servindo à Seleção Brasileira, não foi visto em campo. Não à toa, acabou substituído por Felipe Anderson no intervalo. Danilo e Arouca tentavam tirar o time santista do aperto, mas ambos erravam muitos passes. Além de Ganso, o Peixe não teve Elano e Neymar, que também foram convocados por Mano Menezes. Sem o trio, o tricampeão continental se torna um time previsível, comum, apático até.

Com a bola nos pés e campo para jogar, o Figueira colocou justiça no placar ao marcar o segundo gol, novamente com Aloísio, em outro cochilo geral da defesa santista. Se as coisas não mudassem no segundo tempo, o Peixe corria risco de voltar para casa com a faixa carimbada por muitos gols.


Peixe melhora

O Santos voltou um pouco melhor para o segundo tempo, com Felipe Anderson mais efetivo que Roger, segurando a bola na frente. Só que a defesa continuava sonolenta, pesada. Toda bola na área do time paulista era perigo de gol. Os zagueiros Edu Dracena e Durval ficavam muito expostos, já que os dois alas, Pará e Alex Sandro eram facilmente batidos. Adriano e Arouca corriam atrás dos meias do Figueira sem jamais alcançá-los.

Assim, o jogo se tornou franco, com o Santos buscando apertar, mas o Figueirense levando perigo em suas respostas. Aos poucos, porém, os visitantes acertaram a marcação. Passaram a ter posse de bola e não deixaram mais o time da casa chegar com tanta facilidade. Faltava ao Peixe, porém, alguém que pudesse acertar o passe final. Faltava Ganso.

Como não conseguia segurar mais a bola em seu campo de ataque, o Santos passou a ser sufocado. No entanto, o Figueira, apesar das muitas chances que teve, não conseguiu matar o jogo e quase pagou caro por isso, pois Borges, numa cabeçada forte, andou perto de empatar.

Ficou nisso. O Santos, amortecido, precisa acordar logo. Já o Figueirense, após queda na rodada passada, quando foi goleado pelo Internacional (4 a 1), volta a subir novamente.

FIGUEIRENSE 2 X 1 SANTOS
Wilson; Bruno, João Paulo, Edson Silva (Roger Carvalho) e Juninho; Ygor, Túlio, Maicon e Fernandes (Rhayner); Aloísio (Coutinho) e Héber Rafael, Pará (Tiago Alves), Edu Dracena, Durval e Alex Sandro; Adriano, Arouca, Danilo e Roger Gaúcho (Felipe Anderson); Rychely (Renan Mota) e Borges.
Técnico: Jorginho Técnico: Muricy Ramalho
Gols: Aloísio, aos 4 e 31 minutos; Richely, aos 6 do primeiro tempo.
Cartões amarelos: Edson Silva, Aloísio (Figueirense); Edu Dracena (Santos)
Local: Estádio Orlando Scarpelli, em Florianópolis (SC). Data: 29/06/2011. Árbitro: Márcio Chagas da Silva (RS), auxiliado por Júlio César Rodrigues Santos (RS) e Marcelo Bertanha Barison (RS)

==> Fonte: Globoesporte
==> Foto: Agência Estado

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