Duas vezes premiados com a Palma de Ouro do Festival de Cannes e considerados pela crítica internacional como dos mais importantes nomes do cinema contemporâneo, os diretores, roteiristas e produtores belgas Luc Dardenne (1954) e Jean-Pierre Dardenne (1951) ganham uma inédita retrospectiva no Centro Cultural Banco do Brasil de Brasília. ‘Cinema Humanista – Irmãos Dardenne’ acontece de 10 a 29 de fevereiro, sendo apresentada também, a partir de 17/02, nas unidades do CCBB em São Paulo e no Rio de Janeiro. A curadoria é da cineasta Caru Alves de Souza, vencedora do Festival do Rio, com o filme ‘De Menor’. A diretora participa de debate com os críticos Cid Nader e Marcelo Miranda no dia 15/02 – entrada franca, sujeita à lotação do espaço.
Criadores
de um estilo próprio, marcado pelo naturalismo, despojamento estético, ausência
de trilha sonora e a câmera muito próxima dos atores, Luc e Jean-Pierre
Dardenne trabalham com um minimalismo narrativo, sem concessões para o
espectador, tendo se tornado mestres do drama social.
O festival
vai exibir um total de 22 filmes. Estão presentes todos os títulos que
consagraram os cineastas, como a sequência de premiados no Festival de Cannes,
composta por ‘La Promesse’ (1996), que
conquistou o prêmio da Confederação Internacional de Cinemas de Arte e Ensaio; ‘Rosetta’ (1999), vencedor da Palma de
Ouro; ‘O Filho’ (2002), laureado com
o prêmio de melhor ator e com o prêmio do júri ecumênico; ‘A Criança’ (2005), sua segunda Palma de Ouro; ‘O Silêncio de Lorna’ (2008), eleito
melhor roteiro; ‘O Garoto de Bicicleta’
(2011), Grande Prêmio do Júri; e ‘Dois
Dias, Uma Noite’ (2014), outro prêmio do júri ecumênico. Este último rendeu
a Marion Cotillard nada menos que oito premiações como melhor atriz.
A
produção documental de Luc e Jean-Pierre Dardenne, de rara circulação e inédita
no Brasil, é um dos grandes atrativos da mostra. Realizados no período de 1979 a 1983, os filmes
abordam questões como a vida de exilados (‘Leçon
d’Une Université Volante’), lembranças de uma greve geral (‘Lorsque Le Bateau de Léon M. Descendit La Meuse pour La Première Fois’),
um jornal clandestino escrito por trabalhadores (‘Pour que la Guerre
s’Achève. Les Murs Devaient s’Écrouler’), rádios livre na Europa (‘R... ne Répond Plu’s) e o escritor e
dramaturgo belga Jean Louvet (‘Regard
Jonathan/Jean Louvet, Son Oeuvre’).
E a
mostra também contemplará a frutífera carreira dos Irmãos Dardenne como
produtores de longas dirigidos por nomes expressivos, como À Procura de Eric’ (2009), do britânico Ken Loach, e ‘Além das Montanhas’ (2012), do romeno
Cristian Mungiu – ambos premiados em Cannes. Também estão programados ‘Madonnen’ (2007), da alemã Maria Speth,
que rendeu o prêmio de melhor atriz para Sandra Hüller no Festival
Internacional de Mar Del Plata; ‘Ferrugem
e Osso’ (2012), dirigido pelo francês Jacques Audiard e estrelado por
Marion Cotillard, eleito melhor filme no BFI - Festival de Cinema de Londres; e
‘O Diário de Uma Camareira’ (2015),
do também francês Benoît Jacquot e estrelado por Léa Seydoux.
OBRA INSPIRADORA - A
curadora Caru Alves de Souza lembra o impacto que viveu ao assistir pela
primeira vez uma obra dos cineastas belgas. O filme era ‘O Filho’ e, segundo a curadora, causou forte impressão a sequência
onde a câmera segue a nuca de um homem (Olivier Gourmet) que desce
violentamente as escadarias de um lugar que demora a se revelar. Afirma Caru:
“aquele pedaço de corpo grudado numa parede branca, com pouca luz recortada,
escondendo mais do que revelando, numa duração que na época me parecia
interminável, me instigou de tal maneira que quando comecei a dirigir filmes,
voltei aos Dardenne para entender como eles haviam feito aquele – e outros
filmes deles”.
Além do
longa ‘De Menor’, Caru Alves de Souza
assina a direção dos documentários televisivos ‘Mascarianas’ (sobre o fotógrafo Cristiano Mascaro) e ‘Vestígios’, sobre duas comunidades do
interior de Minas Gerais que lidam com seu passado de maneiras diferentes,
parte da série ‘Voilà Brasil’.
Realizou também dois curtas-metragens de ficção: o infantil ‘O Mundo de Ulim e Oilut’, exibido no
prestigioso Chicago Children Film Festival, e ‘Assunto de Família’, selecionado para festivais nos Estados
Unidos, França, Suécia, Holanda, Dinamarca, Suíça, Espanha, Itália, Austrália,
Israel, Portugal, Rússia, China e Colômbia. Atualmente prepara seu segundo
longa-metragem “Bagdá”.
SINOPSES
A CRIANÇA (“L’Enfant”, Bélgica/França, 95 min, cor,
2005)
direção:
Jean-Pierre Dardenne e Luc Dardenne
roteiro:
Jean-Pierre Dardenne e Luc Dardenne
com
Jérémie Renier, Déborah François, Jérémie Segard
Uma jovem de 18 anos
acaba de dar à luz a um menino. O pai, com 20 anos de idade, vive de pequenos
roubos. Os dois vêem de maneira bem diferente o significado da chegada desta
criança, sendo que os atos do pai em relação ao filho colocam o casal diante de
sérios dilemas sobre suas existências.
Palma de Ouro de melhor filme no Festival
de Cannes; melhor filme do ano pela Associação dos Críticos Cinematográficos da
Bélgica; melhor direção e melhor filme estrangeiro pela Associação dos Críticos
Cinematográficos de Toronto (Canadá); melhor filme, melhor direção, melhor
roteiro, melhor ator e melhor atriz nos prêmios Joseph Plateau (Bélgica);
melhor filme, melhor direção e melhor ator no Festival Internacional de Pune
(Índia).
A PROMESSA (“La Promesse”, Bélgica/França/Luxemburgo/Tunísia, 93
min, cor, 1996)
direção:
Jean-Pierre Dardenne e Luc Dardenne
roteiro:
Jean-Pierre Dardenne e Luc Dardenne
com
Jérémie Renier, Olivier Gourmet, Assita Ouedraogo
Igor e seu pai alugam apartamentos para imigrantes ilegais e os contratam para serviços. Quando recebem
uma inspeção e um dos imigrantes se acidenta na pressa de se esconder, as coisas começam a desandar.
Prêmio da Confederação Internacional de
Cinemas de Arte e Ensaio no Festival de Cannes; Espiga de Ouro de melhor filme
e prêmio da crítica no Festival de Valladolid (Espanha); melhor filme no
Festival Internacional de Fajr (Teerã, Irã); Prêmio C.I.F.E.J. – Centro
Internacional de Cinema para a Infância e Juventude no Festival Internacional
de Filmes para a Infância e Juventude – Lucas (Alemanha); melhor filme
francófano e prêmio do público no Festival Internacional de Namur (Bélgica);
prêmio da crítica no Festival de Frankfurt; melhor filme, melhor direção e
melhor atriz nos prêmios Joseph Plateau (Bélgica); melhor filme
estrangeiro do ano pela Associação Nacional dos Críticos Cinematográficos
(EUA); melhor filme do ano pela Associação dos Críticos Cinematográficos da
Bélgica; melhor filme estrangeiro do ano pela Associação dos Críticos
Cinematográficos de Los Angeles (EUA); melhor filme do ano pela Associação dos
Críticos Cinematográficos de Seattle (EUA)
À PROCURA DE ERIC (“Looking for Eric”,
Grã-Bretanha/França/Itália/Bélgica/Espanha, 116 min, cor, 2009)
direção: Ken Loach
coprodução: Sixteen Films, Why Not Productions,
Tornasol Films, Bim Diztribuzione e Les Films du Fleuve (Jean-Pierre Dardenne e
Luc Dardenne)
com Steve Evets, Eric Cantona, Stephanie Bishop
Um carteiro britânico passa por uma crise terrível e está prestes a perder o emprego. Uma noite, e seu ídolo e
jogador de futebol Eric Cantona, este aparece – como o gênio saído da lâmpada de Aladim.
Prêmio do júri ecumênico no Festival de
Cannes
AlÉM DAS
MONTANHAS (“Dupa Dealuri”,
Romênia/França/Bélgica, 150 min, cor, 2012)
direção:
Cristian Mungiu
coprodução:
Pascal Caucheteux, Jean-Pierre Dardenne, Luc Dardenne, Vincent Maraval, Bobby
Paunescu e Grégoire Sorlat
com Cosmina Straten, Cristina Flutur, Valeriu Andriuta
Alina deseja voltar à
Alemanha, enquanto Voichita está feliz no convento. A primeira passa a
enfrentar constantemente um padre local. Ele, por sua vez, passa a acreditar
que a jovem está possuída.
Melhor roteiro e melhor atriz (dividido
entre Cosmina Straten e
Cristina Flutur) no Festival de Cannes; melhor filme no Festival
Internacional de Mar Del Plata .
DOIS DIAS, UMA NOITE (“Deux Jours, Une Nuit”, Bélgica, 95 min, cor, 2014)
direção:
Jean-Pierre Dardenne e Luc Dardenne
roteiro:
Jean-Pierre Dardenne e Luc Dardenne
Na Bélgica, mulher
afastada do trabalho por depressão descobre ao retornar que seus colegas
aceitaram receber um bônus salarial no lugar de sua vaga. Com a ajuda de seu
marido, ela tem apenas um final de semana para convencê-los a mudar de ideia, e
assim manter seu emprego.
Prêmio do júri ecumênico no Festival de
Cannes; melhor atriz no European
Film Awards; melhor atriz pela Associação Nacional dos Críticos
Cinematográficos (EUA); melhor atriz pela Associação dos Críticos
Cinematográficos de Nova York (EUA); melhor atriz pela votação dos críticos da
Indiewire; melhor atriz pela votação do Village Voice Film; melhor atriz pela
Associação dos Críticos Cinematográficos de Dublin (Irlanda); melhor atriz pela
Associação dos Críticos Cinematográficos da Georgia (EUA); melhor filme,
melhor direção, melhor roteiro, melhor ator no Margritte Award (Académie André Delvau,
Bélgica); melhor filme do ano pela Associação dos Críticos Cinematográficos da
Bélgica; melhor atriz e melhor filme estrangeiro pela Associação dos Críticos
Cinematográficos de Boston (EUA); melhor atriz e melhor filme estrangeiro pela
Associação dos Críticos Cinematográficos Online de Boston (EUA); melhor filme
estrangeiro pela Associação dos Críticos Cinematográficos de Denver (EUA);
melhor filme estrangeiro no Prêmio Guldbagge (Suécia); melhor filme estrangeiro
pela Associação dos Críticos Cinematográficos de Indiana (EUA); Grand Prix pela
Sociedade Internacional de Cinefilia – ICS; melhor filme do ano nos
Prêmios Lumière (Académie des Lumières, França).
FALSCH (França/Bélgica, 82 min, cor, 1987)
direção:
Jean-Pierre Dardenne e Luc Dardenne
roteiro:
Jean-Pierre Dardenne, Luc Dardenne e René Kalisky
com Bruno Cremer,
Jacqueline Bolletn, Nicole Colchat
Em um aeroporto
aparentemente vazio, uma família judia espera um parente. Aeroporto, porém, é
na verdade ante-sala da morte, e o parente que esperam, um sobrevivente do
Holocausto.
FERRUGEM E OSSO (“De
Rouille et d’Os”, França/Bélgica, 120 min, cor, 2012)
direção: Jacques Audiard
produção: Jean-Pierre Dardenne, Luc Dardenne, Annemie Degryse e Alix Raynaud
com Marion Cotillard, Matthias Schoenaerts, Armand Verdure
Rapaz desempregado parte
com seu filho de cinco anos para a casa da irmã em busca de ajuda e logo
consegue um emprego como segurança de boate. Um dia, ao apartar uma confusão,
ele conhece uma bela treinadora de orcas. Alain a leva em casa e deixa seu
cartão com ela, caso precise de algum serviço. Pouco tempo depois, ela sofre um
grave acidente que mudaria sua vida para sempre.
Melhor filme no BFI - Festival de Cinema
de Londres; Prêmio Cisne de Ouro de melhor filme no Festival de Cinema
Romântico de Cabourg (França); melhor roteiro adaptado, melhor música, melhor
ator promissor e melhor montagem nos Prêmio César; melhor filme e melhor atriz
nos Prêmios Globes de Cristal (Associação Francesa de Imprensa); melhor atriz
no Festival Internacional do Havaí (EUA); melhor atriz do ano nos Prêmios de
Cinema Hollywood (EUA); melhor atriz internacional do ano nos Prêmios
Irlandeses de Cinema e Televisão; melhor atriz e prêmio especial de melhor
filme europeu nos Prêmios Italianos de Cinema Online; melhor filme estrangeiro
pela Associação dos Críticos Cinematográficos de Londres; melhor direção e
melhor roteiro nos Prêmios Lumière (Académie des Lumières, França); melhor ator
coadjuvante nos Prêmios Magritte (Académie André Delvaux, Bélgica); melhor
direção, melhor ator e melhor roteiro no Festival de Valladolid (Espanha);
melhor filme, melhor atriz, melhor ator revelação, melhor roteiro e melhor
música original nos prêmios Estrelas de Ouro (Academia de Francesa de Crítica
Cinematográfica); melhor ator nos Prêmios CinEuphoria.
IL COURT, IL
COURT, LE MONDE (Bélgica, 11 min, 1987)
direção:
Jean-Pierre Dardenne e Luc Dardenne
roteiro:
Jean-Pierre Dardenne, Luc Dardenne
com
Jean-Paul Dermont, John Dobrynine, François Duisinx
Um diretor de TV está preparando um programa quando é chamado por sua namorada e tem que sair às
pressas. Sua edição vai ser modificada pelo produtor do programa, sua namorada vai causar um acidente.
La Prima linea (Itália/Bélgica/Grã-Bretanha/França, 100
min, cor, 2009)
direção:
Renato de Maria
produção:
Jean-Pierre Dardenne, Luc Dardenne e Andrea Occhipinti
com Riccardo Scarmacio, Giovanna Mezzogiorno, Fabrizio Rongione
Na penumbra de sua cela, um homem italiano recorda – com compreensão, sinceridade e remorso – suas
façanhas juvenis como um extremista político.
Prêmio Euroimages no Festival de Cinema
Europeu de Sevilla (Espanha)
Le lait de la tendresse humaine (França/Bélgica, 94 min, cor, 2001)
direção:
Dominique Cabrera
coprodução:
Jean-Pierre Dardenne e Luc Dardenne
com Patrick, Bruel, Marilyne Canto, Bruno Salvador
Mulher, assustada com a maternidade e seu bebê recém-nascido, foge de sua casa e da família para encontrar
um abrigo com o vizinho do andar de cima.
Leçons d'une université volante (Bélgica, 55 min, cor, 1982)
direção:
Jean-Pierre Dardenne e Luc Dardenne
roteiro:
Jean-Pierre Dardenne e Luc Dardenne
Documentário sobre cinco exilados poloneses que, entre 1930 e dezembro de 1981, emigraram para a Bélgica
para sobreviver.
Lorsque le bateau
de Léon M. descendit la
Meuse pour la première fois (Bélgica, 40 min, cor, 1979)
direção:
Jean-Pierre Dardenne e Luc Dardenne
roteiro:
Jean-Pierre Dardenne e Luc Dardenne
Documentário. Leon Masy desce o rio Mosa em um barco que construiu em sua garagem, atravessando cidades
industriais e relembrando a greve geral que tomou a Bélgica em 1960.
Madonnen (Alemanha/Suíça/Bélgica, 125 min, cor,
2007)
direção:
Maria Speth
coprodução:
Pascal Trächslin, Jean-Pierre Dardenne,
Luc Dardenne e Olivier Bronckart
com Sandra Hüller, Luisa Sappelt, Coleman Orlando Swinton
Depois de ter sido negligenciado quando criança, Rita dá à luz a seis filhos. Agora, ela desafia sua mãe a estar
presente como figura materna na vida de seus netos.
Prêmio de melhor atriz no Festival
Internacional de Mar Del Plata
O DIÁRIO DE UMA CAMAREIRA (“Journal d'une Femme de Chambre”,
França/Bélgica, 96 min, cor, 2015)
direção:
Benoît Jacquot
coprodução:
Jean-Pierre Dardenne, Luc Dardenne e Delphine Tomson
com Léa
Seydoux, Vincent Lindon, Clotilde Mollet
A jovem camareira
Célestine, muito cobiçada por sua beleza, acaba de chegar de Paris para
trabalhar para uma família. Enquanto foge dos flertes de seu patrão, ela deve
lidar com a rigorosa personalidade de Madame Lanlaire, que governa o lar com
punho de ferro. Ao mesmo tempo, Célestine conhece um misterioso jardineiro com
ideias políticas subversivas. Terceira adaptação cinematográfica do romance
homônimo do francês Octave Mirbeau, publicado em 1900.
O EXÉRCício DO
PODER
(“L’Exercice de L’Etat”,
França/Bélgica, 115 min, cor, 2011)
direção:
Pierre Schoeller
produção:
Jean-Pierre Dardenne, Luc Dardenne e Denis Freyed
com Olivier Gourmet, Michel Blanc, Zabou Breitman
O Ministro dos Transportes é acordado em plena noite pelo diretor do seu escritório. Um ônibus repleto de
crianças acabou de cair num penhasco. Ele dirige-se imediatamente ao local. Começa assim a odisséia na
vida de um político, entre correria, luta de poderes, negociações, crise econômica...
Prêmio da crítica na seção Um Certain
Regard do Festival de Cannes; melhor ator coadjuvante, melhor roteiro original
e melhor som no Prêmio César; melhor
filme do ano pela Federação dos Críticos Cinematográficos da França; melhor
roteiro nos Prêmios Lumière (Académie des Lumières, França); melhor ator,
melhor som e melhor filme estrangeiro em coprodução nos Prêmios Magritte
(Académie André Delvaux, Bélgica).
O GAROTO DE BICICLETA (“Le Gamin au Vélo”, Bélgica/França/Itália, 87 min, cor, 2011)
direção:
Jean-Pierre Dardenne e Luc Dardenne
roteiro:
Jean-Pierre Dardenne e Luc Dardenne
Um garoto tem por
objetivo encontrar o pai, que o deixou em um orfanato. Por acaso ele conhece a
administradora de um salão de cabeleireiro, que permite que passe os fins de
semana com ela. Entretanto, ele não consegue reconhecer o carinho com o qual é
tratado, graças à raiva que sente por ter sido abandonado pelo pai.
Grande Prêmio do Júri no Festival de
Cannes; melhor ator promissor no Margritte Award (Académie André Delvau, Bélgica); melhor filme
estrangeiro pela Associação dos Críticos Cinematográficos de San Diego
(EUA).
O FILHO (“Le Fils”, Bélgica/França, 103 min, cor, 2002)
direção:
Jean-Pierre Dardenne e Luc Dardenne
roteiro:
Jean-Pierre Dardenne e Luc Dardenne
Um carpinteiro tem como
aprendiz o jovem que assassinou seu próprio filho. O moço não sabe que aquele é
o pai de sua vítima no passado. Ambos se relacionam no mesmo ambiente de
trabalho até que o pai decide expor o que sabe sobre o jovem.
Prêmio de melhor ator e prêmio do júri
ecumênico no Festival de Cannes; melhor filme do ano pela Associação dos
Críticos Cinematográficos da Bélgica; melhor filme e melhor ator no Festival
Internacional de Fajr (Teerã, Irã); melhor direção e melhor filme belga nos
prêmios Joseph
Plateau (Bélgica).
O SILÊNCIO DE LORNA (“Le Silence de Lorna”,
Bélgica/França/Itália/Alemanha, 105 min, cor, 2008)
direção:
Jean-Pierre Dardenne e Luc Dardenne
roteiro:
Jean-Pierre Dardenne e Luc Dardenne
com Arta
Dobroshi, Jérémie Renier, Fabrizio Rongione
Lorna deseja se tornar
sócia em uma lanchonete e para adquirir a nacionalidade belga aceita se casar
com Claudy, capanga de um mafioso. Após certo tempo ela se vê mais uma vez
obrigada a se casar, desta vez com um mafioso russo. Para que este novo
compromisso seja selado, ela precisa matar Claudy.
Prêmio de melhor roteiro no Festival de
Cannes; melhor filme do ano nos Lumière Awards (Académie des Lumières, França);
melhor filme do ano no Prêmio Lux (Parlamento Europeu).
Pour que la guerre s'achève, les murs devaient s'écrouler (Bélgica, 52 min, cor, 1980)
direção:
Jean-Pierre Dardenne e Luc Dardenne
roteiro:
Jean-Pierre Dardenne e Luc Dardenne
Documentário sobre um jornal clandestino escrito por trabalhadores da fábrica Cockerill entre 1961 e 1969.
R... ne répond plus (Bélgica, 52 min, cor, 1981)
direção:
Jean-Pierre Dardenne e Luc Dardenne
roteiro:
Jean-Pierre Dardenne e Luc Dardenne
Documentário sobre sete rádios lives da Alemanha, Bélgica, Itália e Suíça visitadas durante três meses pelos
realizadores. No título, "R" é o real.
Regard Jonathan/Jean Louvet, son oeuvre (Bélgica, 57 min, cor, 1983)
direção:
Jean-Pierre Dardenne e Luc Dardenne
Documentário
sobre o escritor e dramaturgo belga Jean Louvet (1934-2015) que focaliza seu
trabalho. Um mundo teatral onde os sinais de utopia social, a história que
rivalizam com a ausência de imobilidade e de morte têm sido predominantes.
ROSETTA (Bélgica/França, 94 min, cor, 1999)
direção:
Jean-Pierre Dardenne e Luc Dardenne
roteiro:
Jean-Pierre Dardenne e Luc Dardenne
com
Émilie Dequenne, Fabrizio Rongione, Anne Yernaux
Uma jovem impulsiva vive
em um trailer com sua mãe alcoólatra e agressiva. Sua vontade de mudar de vida
é tanta que todos os dias ela luta muito, buscando um emprego. E nesta sua luta
cotidiana para sair da pobreza e levar uma vida "normal", vale tudo.
Palma de Ouro de melhor filme, prêmio de
melhor atriz e menção especial do prêmio do júri ecumênico no Festival de
Cannes; melhor filme do ano pela Associação dos Críticos Cinematográficos da
Bélgica; melhor direção no Prêmio Internacional Flaiano (Itália); melhor
direção nos prêmios Joseph Plateau.
SERVIÇO:
“Cinema
Humanista – Irmãos Dardenne”
retrospectiva
com filmes dirigidos e produzidos pelos cineastas Luc Dardenne e Jean-Pierre
Dardenne
Patrocínio
e apresentação: Banco do Brasil e Ministério da Cultura
Realização:
Centro Cultural Banco do Brasil
Curadoria:
Caru Alves de Souza
Produção:
Associação do Audiovisual
DATA: de 10 a
29 de fevereiro de 2016
LOCAL: Centro Cultural Banco do Brasil – Brasília
SCES Trecho
2, Lote 22 - Asa Sul – Brasília - DF- tel (61) 3108.7600
==> Foto: Divulgação
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