O combate ao mosquito Aedes aegypti, transmissor da dengue,
da febre chikungunya e do zika vírus foi intensificado desde o início de
dezembro. O governo de Brasília criou um Plano de Ação para o Enfrentamento às Doenças Transmitidas pelo Aedes aegypti,
que reúne as diretrizes do Executivo para garantir o controle
epidemiológico. São ações reunindo diversos grupos de atuação em todo o
Distrito Federal.
Nesse plano, a contribuição da população é fundamental para que o controle das doenças seja mais eficaz. A Diretoria de Vigilância Ambiental, da Secretaria de Saúde, trabalha com 19 ações básicas que todo cidadão pode aplicar para evitar a proliferação do mosquito. Durantes as visitas às residências, os agentes e parceiros do governo entregam aos moradores uma cartilha, que contém uma tabela para o planejamento das verificações em casa. Assim, eles poderão fazer um check-list e se programar sobre as ações de combate ao Aedes aegypti.
Ações
O trabalho em conjunto da população com o
governo funcionou bem ao longo deste ano. Dados da Secretaria de Saúde
apontam que, de janeiro até segunda-feira (21), foram confirmados 9.530
casos de dengue no Distrito Federal. O número é 17,9% menor que no mesmo
período de 2014, quando foram registradas 11.608 confirmações.
Mesmo assim, o trabalho foi intensificado em dezembro. Nas primeiras semanas do mês, alunos do programa Bombeiro Mirim saíram pelas ruas da Estrutural para entregar folhetos e orientar os moradores. O lançamento do projeto na região teve a presença do governador Rodrigo Rollemberg.
Além disso, desde o dia 14, cem militares do Corpo de Bombeiros, cem do Exército Brasileiro e 50 da Marinha auxiliam cerca de 150 agentes da pasta de Saúde nas visitas às casas de Sobradinho II e na mobilização da comunidade. O objetivo é passar em todas as residências e nos terrenos, retirar lixo e entulho abandonados nas ruas e orientar os moradores.
Terrenos baldios, casas abandonadas ou locais de difícil acesso que podem conter água parada e ser um criadouro do Aedes aegypti devem ser denunciados para a vigilância ambiental.
Veja as principais formas de prevenção contra o mosquito:
Caixa-d’água
Mantenha a caixa-d’água bem fechada. Coloque também uma tela no cano que evita o transbordamento de água.
Tonéis e barris
Deixe sempre bem tampados tonéis ou barris utilizados para a coleta de água. Uma simples fresta pode contribuir para que o Aedes aegypti se prolifere.
Tanques
Lave toda semana, com água, escova e sabão, tanques utilizados para armazenar água.
Muros
Ponha areia em todos os cacos de vidro colocados em cima de muros e paredes para evitar o acúmulo de água.
Calhas
Remova folhas, galhos e tudo o que possa impedir a água de correr pelas calhas.
Laje
Não deixe água acumulada em lajes e telhados.
Piscinas
Faça sempre a manutenção de piscinas ou fontes utilizando produtos químicos apropriados.
Vasos
Os vasos sanitários fora de uso ou de uso eventual devem ser tampados e verificados semanalmente.
Geladeiras
Bandejas de geladeira podem acumular água. Fique atento.
Vasos de planta
Encha os pratinhos de vasos de plantas com areia até a borda para evitar que a água se acumule.
Pratinhos
Lave os pratinhos de plantas com
escova, água e sabão uma vez por semana. Avalie também a possibilidade
de eliminar os recipientes.
Plantas aquáticas
Troque a água dos vasos de plantas aquáticas e lave-os com escova, água e sabão uma vez por semana.
Garrafas
Mantenha latas e garrafas com a boca virada para baixo, evitando o acúmulo de água.
Lixo
Coloque o lixo em sacos plásticos amarrados.
Lixeiras
Mantenha lixeiras em locais mais altos, fora do alcance de animais, e sempre bem fechadas.
Pneus
Os pneus devem ser acondicionados em locais cobertos e sem contato com água.
Ralos
Caso o ralo não tenha a opção de abrir e fechar, coloque uma tela fina para impedir o acesso do mosquito à água.
Objetos expostos
Deve-se usar lonas para cobrir
objetos expostos, materiais de construções ou entulho. Elas devem estar
bem esticadas para evitar o acúmulo de água.
Ar-condicionado
Limpe sempre a bandeja do ar-condicionado para evitar o acúmulo de água.
Rafael Alves, da Agência Brasília
==> Foto: Edição de Arte / Agência Brasília
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