Raízes Bárbaras! O Mito de Medea! põe foco em Bárbara, personagem central da história, interpretada pela atriz Dudu Bartholo. Com momentos de felicidade conjugal e familiar, a protagonista se vê devastada quando seu marido decide casar-se com outra mulher. A montagem é dedicada às corajosas mulheres que se separaram de seus maridos na década de 1980, buscando suas identidades, à revelia dos costumes de época. Trata-se de um espetáculo sobre feminismo e sobre o papel da mulher nas novas configurações familiares e sociais.
A ideia nasceu da leitura de uma notícia nas páginas policiais de um jornal: uma mãe que matou os próprios filhos. A relação é óbvia: a mulher que mata os seus filhos para se vingar do marido é Medeia. Medeia é bárbara. A Medeia da montagem passou a ser Bárbara.
Com poucos objetos de cena, a encenação se sustenta pela poesia visual da luz de Moisez Vasconcellos e a música forte dirigida pela cantora Wilzy Carioca. No palco, Bárbara (Dudu Bartholo) é acompanhada pelo coro formado por Hélio Miranda, Pedro Miranda, Tainá Baldez e Victor Abrão que, ora interpreta as canções, ora contracena com Bárbara, nas figuras de marido e rival da personagem principal, respectivamente. Os instrumentos tocados pelo coro foram criados pelos músicos e por Fred Magalhães (Patubatê) especialmente para o espetáculo.
A luz é tida como alma desta produção. Por vezes, mostra espaços físicos e psicológicos. Em outros momentos, é responsável pela “viagem” do espectador ao mundo bárbaro de Medeia, a Bárbara original. Ao fundo, as projeções de João Gabriel Caffarelli, compõem vídeo-arte que traz uma dinâmica contemporânea ao texto grego. Os figurinos, criados por Rosina Chaves e Sergio Ianuck, têm inspiração nas clássicas vestimentas gregas, mas sem compromissos com tempos históricos.
FICHA TÉCNICA
Concepção e Direção Geral: Rosina Chaves
Direção de Cena: Gê Martú
Direção de Vídeos: João Gabriel Caffarelli
Direção Musical: Wilzy Carioca
Com: Dudu Bartholo, Hélio Miranda, Pedro Miranda, Tainá Baldez e Victor Abrão
Programador Visual e Aderecista: Sergio Ianuck
Pedra: Lourenço de Bem
Iluminador: Moisez Vasconcellos
Fotografia: Vassiliev
Figurinistas: Sergio Ianuck e Rosina Chaves
Criação de instrumentos: Fred Magalhães
Produção Executiva: Rosina Chaves e Mayton Campelo
Assessoria de Imprensa: Um Nome Comunicação – Amanda Bittar e Guilherme Tavares
BREVES CURRÍCULOS
ROSINA CHAVES - Arte educadora, atriz e diretora de teatro. Formada em artes cênicas pela FADM, iniciou sua carreira na década de 70 trabalhando com teatro de bonecos em escolas e na TV Tupi em São Paulo. Em Brasília, trabalhou no palco com importantes realizadores como Lais Aderne, Lauro Nascimento, B. de Paiva, Ricardo Guilherme e Mangueira Diniz. Em 1988, fundou a Cia de Teatro Hortelãs do Brasil dirigindo várias produções infanto-juvenis. Como Arte Educadora, realizou um importante trabalho com crianças e adolescentes, tendo trabalhado em diversas escolas da Secretaria de Educação do DF.
GÊ MARTÚ - Ator e diretor teatral. Nome expressivo do teatro brasiliense. Participou de inúmeras peças teatrais, cinema, novelas, vídeos institucionais, entre outros, e recebeu prêmios como Melhor Ator, Menção Honrosa, Troféu Ator. Iniciou sua carreira no Rio de Janeiro, no período de 1952 a 1969, quando se mudou para Brasília e, até hoje, tem se destacado nas artes cênicas do DF, tanto no Teatro como no Cinema.
WILZY CARIOCA - Cantora, professora de técnica vocal para atores e cantores, regente de corais e diretora musical. Fez vários shows em Brasília sendo acompanhada por músicos renomados. Realizou vários projetos com grupos vocais em várias cidades do Brasil e do exterior, priorizando a música brasileira. Cantou no Canadá, Suécia, Alemanha, Áustria, Eslovênia, Argentina, USA, Itália, Rússia dentre outros.
DUDU BARTHOLO - Atriz e escritora, formada pela Faculdade de Artes Dulcina de Moraes, tem participação ativa no cenário teatral brasiliense. Trabalhou com diretores renomados como Dulcina de Moraes, Hugo Rodas, Murilo Eckhardt, Liliane Rimoli, André Amaro, James Fensterseifer, entre outros.
SOBRE A MEDEIA DE EURÍPEDES
A peça Medeia, texto de Eurípedes, foi apresentada pela primeira vez na Grécia, no concurso dramático de 431 a.C., conquistando o terceiro lugar. A ação se passa na cidade de Corinto, onde Jasão e Medeia vivem exilados com seus filhos - e dura apenas um dia. Medeia ajudou Jasão a conseguir de seu pai o Velocino de Ouro, ou seja, uma pele de carneiro que acreditavam que seus pelos dourados traziam toda a sorte e poder para quem a possuísse. Jasão deveria devolvê-la para um tio que lhe deu a tarefa como prova para que seu reino lhe fosse devolvido. Uma tarefa árdua, de difícil execução, imposta a Jasão, premeditadamente, para que morresse ao executá-la. Jasão parte para a Cólquida, no seu navio Argo, acompanhado de vários heróis, seus amigos. Na Cólquida, Medeia se apaixona por Jasão e o ajuda a conseguir o Velo Dourado usando de seus conhecimentos mágicos e até mesmo matando seu próprio irmão.
Jasão se casa com Medeia, mais por gratidão que por amor. Ambicioso, logo que vê a oportunidade de se casar com a filha do Rei o faz sem nem ao menos lhe comunicar o ensejo. Como Medeia era estrangeira, a união dos dois não tinha valor formal. Posta diante de um fato consumado, isto é, abandonada por Jasão, que vai se casar com a filha do rei Creonte, ela é ameaçada de expulsão da cidade pelo Rei, que teme sua ira. Medeia resolve se vingar matando a noiva, se houver possibilidade o rei e, por último, seus próprios filhos. O único obstáculo para a realização do plano é a ausência de um lugar para se exilar após os crimes. Essa dificuldade é ultrapassada pela chegada do rei de Atenas, Egeu, que vem solicitar uma ajuda da feiticeira. Numa troca de favores, ela consegue arrancar de Egeu a promessa de abrigo e então põe em prática o seu plano.
Consegue de Jasão a permissão para que os filhos levem presentes para Glauce, sob o pretexto de conseguir as boas graças da princesa para as crianças, que assim poderiam ficar com o pai. São dois presentes envenenados: um diadema e um véu que, imediatamente após serem vestidos, pegam fogo. Glauce morre nos piores tormentos. O rei, vendo a filha agonizar, tenta socorrê-la e também morre. Jasão corre para casa, com o objetivo de castigar Medeia e lá encontra os filhos mortos e a esposa fugindo pelos ares, no carro do deus Sol, que era o seu avô.
SERVIÇO – RAÍZES BÁRBARAS! O MITO DE MEDEA
Data: 19 de novembro
Horário: quinta-feira, às 20h
Local: Teatro SESC Paulo Gracindo (Setor Leste Industrial, QI 1, Lotes 620, 640, 660, 680 – Gama)
Entrada Franca
Duração: 60 minutos
Classificação indicativa: 14 anos
Informações: (61) 3484-9103 / 3484-9104 / 3484-9105
==> Foto: Vassiliev
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