Uma dobradinha inesquecível para duas duplas no encerramento da
temporada do Circuito Banco do Brasil Sub-23. Além de vencerem a última
etapa do ano, na manhã desta quinta-feira (15.10), em Brasília (DF),
Arthur Lanci/Eduardo Davi (PR) e Ana Patrícia/Rebecca (MG/CE) também
terminaram na primeira colocação do ranking, conquistando o título
geral. Os jogos foram realizados no Parque da Cidade, com entrada franca
à torcida.
Foi o primeiro título do Circuito Sub-23 para os quatro atletas,
decididos apenas no último dia da última etapa. Ana Patrícia e Rebecca
estiveram na final de cinco das seis etapas da temporada, tendo sido
campeãs em duas paradas. Já Arthur Lanci e Eduardo Davi estiveram em
quatro das seis finais, vencendo três etapas.
Ana Patrícia e Rebecca (MG/CE) conquistaram o título com vitória na
semifinal. Elas superaram Paola/Sofia (SC/DF) por 2 sets a 0 (21/17,
21/14), enquanto Andressa/Paula Hoffmann (PB/RJ), com quem estavam
empatadas em pontos, foram superadas por 2 sets a 0 (21/17, 21/16) por
Duda/Tainá (SE), na outra semifinal. O bronze, disputado horas depois,
teve como vencedoras, Adressa/Paula Hoffmann, que venceram Paola/Sofia
por (21/15, 23/21).
Na disputa do ouro, Ana Patrícia e Rebecca impusera seu ritmo de jogo
desde o começo da partida. Prevalecendo na rede com ótimos bloqueios e
ataques potentes de Ana Patrícia, a dupla fechou o primeiro set em
21/16. O ritmo foi mantido na segunda etapa. Rebecca, quando acionada,
também passou pela defesa adversária. A mineira e a cearense conseguiram
fechar a segunda parcial em 21/18 e o jogo em 2 sets a 0.
"Foi uma química muito legal. Treinamos apenas antes da primeira etapa,
nas demais, ambas estavam em outras competições, com outras parceiras,
então foi muita conversa dentro de quadra. Acredito que meu
amadurecimento também ajudou, por ser mais velha, ter disputado outras
edições do Sub-23, consegui passar tranquilidade para ela dentro de
quadra. Durante as partidas, sempre busquei deixá-la confortável, sem
cobrança. Nos demos muito bem", disse a cearense Rebecca, de 22 anos, em
sua despedida da base.
Ana Patrícia, de apenas 17 anos, também comemorou o título, mas em
especial a oportunidade de adquirir experiência com uma parceira mais
madura.
"Eu não conhecia a Rebecca e estava preocupada, sem parceira para jogar.
Apareceu a oportunidade e foi sensacional, ela acabou me passando muita
coisa. Fizemos praticamente todas as finais, um aproveitamento muito
bom. O nível do Sub-23 está muito alto, com várias atletas de Open,
servindo a seleção brasileira, então em meu primeiro ano completo, levar
esse título é algo muito positivo, estou muito feliz", destacou a
mineira.
Se a disputa da temporada foi decidida ainda nas semifinais no torneio
feminino, no masculino o resultado saiu apenas na final. Arthur
Lanci/Eduardo Davi (PR) estavam empatados em pontos com Vinícius e
Matheus Baby (ES/RJ). Os dois times chegaram à decisão. A dupla
paranaense eliminou Vitor Micael/Luccas (DF) por 2 sets a 0 (21/15,
21/13), enquanto o carioca e o capixaba venceram Maia/Jonas (RJ) por 2
sets a 1 (21/19, 18/21, 16/14).
A disputa pelo título foi uma síntese da temporada, marcada pelo
equilíbrio. Igualdade tão grande que Vinícius e Matheus tiveram a
oportunidade de fechar o jogo no tie-break, desperdiçaram e sofreram a
virada: 2 sets a 1 (19/21, 21/14, 17/15). O bronze ficou com Maia e
Jonas, que venceram o time da casa por 2 sets a 0 (21/17, 21/15) e
completaram o pódio.
"Já havia disputado e vencido o Sub-19, mas foi meu primeiro ano no
Sub-23. Sabíamos que seria muito complicado, nossa expectativa era mesmo
de que apenas na final o título fosse definido. E foi o que aconteceu. É
um orgulho enorme atingir essa marca", disse Arthur, campeão mundial
Sub-19 ao lado de George, em 2014.
"Acho que esse título é a representação de uma evolução, do trabalho
diário no nosso CT. É difícil manter uma regularidade tão grande, chegar
em mais da metade das finais. Queremos chegar a um nível olímpico,
mundial. E superando situações adversas aqui, teremos bagagem para
quando alcançarmos degraus mais altos", analisou Davi.
Brasília (DF) é a etapa final da temporada, que contou com seis eventos.
Os campeões de cada naipe recebem R$ 3,7 mil nos dois naipes. Os quatro
primeiros colocados de cada parada são premiados em dinheiro. Além
disso, as três melhores duplas ao final do ano, no ranking geral, são
credenciadas para receberem o Bolsa Atleta.
==> Foto: Alexandre Arruda / CBV
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