Samambaia e Riacho Fundo II receberam, neste fim de semana, a
terceira etapa do Circuito de Quadrilhas Juninas do Distrito Federal. No
total, 40 grupos se apresentaram em três dias de muita festa e
competição acirrada nas regiões administrativas. A próxima fase
acontecerá nos dias 4,5 e 6 de julho, em Ceilândia e no Cruzeiro Novo.
O evento é realizado pela Liga Independente de Quadrilhas Juninas do
DF (Linq-DFE), em parceria com a Secretaria de Cultura. O circuito, que
acontece desde 2001, é dividido em cinco etapas e conta com três grupos:
A (grupo principal) e B e C (grupos de acesso). A coordenadora técnica
do evento, Catarina Guerra, 29 anos, explicou que as quadrilhas que
estão nos grupos de acesso brigam para subir e as do grupo A, além de
uma vaga no campeonato nacional, brigam para não cair.
Cada quadrilha tem, em média, 24 casais. No entanto, em cada grupo,
aproximadamente 60 pessoas ficam envolvidas com as apresentações, entre
dançarinos, coreógrafos e apoio. A avaliação dos espetáculos é feita por
cinco jurados que são selecionados anualmente. "Recebemos currículos de
escolas de artes e do meio artístico e cultural. Tentamos sempre mudar
os jurados porque queremos um novo olhar", contou Alexa Guerra, 33 anos,
coordenadora artística do evento. Ela explicou, ainda, que os grupos
são avaliados em cinco quesitos: coreografia, marcação, animação, casal
de noivos e traje típico.
Na noite do sábado (28) os quadrilheiros Juliana Casemiro, 23 anos, e
Jó Ribeiro, 19 anos, aguardavam ansiosamente o momento de fazerem a
apresentação, enquanto observavam a primeira quadrilha da noite, o grupo
Amor Junino, de Águas Lindas. Juliana contou que faz parte do grupo
Arrocha o Nó, do Paranoá, há dois anos, e foi incentivada pelo amigo Jó.
"Eu sempre achei legal e ficava vendo o pessoal. Até
que recebi o convite e não tive como negar", afirmou. Mais experiente
que a amiga, Jó disse que dança há cinco anos e que a sensação é
indescritível. "É uma manifestação de alegria, de festa. É muito
gostoso. É difícil dizer como me sinto", disse.
O grupo Arrocha o Nó foi vice-campeão em 2005 da competição nacional e
este ano estão confiantes que serão os vitoriosos no DF. "Sei que vamos
ganhar", garantiu Juliana.
O coreógrafo do grupo Amor Junino estava em êxtase ao fim da
apresentação da quadrilha. O grupo não foi penalizado e, segundo ele, a
animação durante a apresentação foi excelente. A quadrilha tem 10 anos,
mas há apenas quatro se profissionalizou. Kennedy informa que a
expectativa é que a quadrilha consiga subir para o grupo B, "de onde nós
nunca deveríamos ter saído", afirmou.
O coreógrafo conta que a quadrilha é bem diversificada e que tem
pessoas de todas as idades. "A idade mínima é 12 anos, com autorização
dos pais. Adolescentes, jovens e famílias inteiras dançam no nosso
grupo. A quadrilha é passada de geração para geração. Uma alegria só",
disse Kennedy.
A previsão é que a etapa de encerramento do evento aconteça nos dias 26 e 27 de julho, em Taguatinga.
Da Agência Brasília, com informações da Secretaria de Cultura
==> Foto: Renata Meiga / Secretaria de Cultura
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