O americano Chris Weidman não é exatamente um Chael Sonnen, que falou até da família e país de Anderson Silva,
mas também vem "falando grosso" para o campeão dos pesos-médios do UFC.
O desafiante número 1, que disputa o cinturão do Spider em 6 de julho
no UFC 162, em Las Vegas, já afirmou que vai trazer o atleta do
Corinthians "de volta à Terra" e que já está disposto a oferecer uma
revanche imediata após derrotá-lo. O lutador paulista, porém, ignora o
discurso do seu próximo adversário.
- É complicado, porque cada um tem uma forma de promover a luta. Eu
gosto de promover quando estou lá dentro, fazer o que tenho que fazer lá
dentro. Fora, é complicado você falar alguma coisa, porque acaba
ficando uma coisa que as pessoas levam como pessoal. Eu nem esquento
mais a cabeça, tanto tempo fazendo isso e as pessoas falando tantas
coisas... É ir lá e fazer meu trabalho. Não estou preocupado com o que
ele está falando não - afirmou Anderson Silva, durante coletiva na
quarta-feira para divulgar seus patrocinadores para o combate.
O foco do Spider é a luta e a manutenção do cinturão, e o campeão está
tratando o desafio com seriedade. Ciente da força de Weidman na luta
olímpica, ou wrestling, o brasileiro está treinando diariamente no Rio
de Janeiro e vai levar uma equipe de oito pessoas para acompanhá-lo em
Los Angeles, onde fará as duas semenas finais do camp de treinamentos em
sua própria academia, a Muay Thai College. Esse grupo receberá ainda o
reforço de três wrestlers cubanos, amigos de Anderson Silva, e de André
Galvão, bicampeão mundial de jiu-jítsu na faixa-preta e bicampeão do
Mundial do ADCC, prestigioso torneio de luta agarrada, que já enfrentou
Weidman em luta de submission. O campeão aparenta estar mais
descontraído do que antes da revanche com Sonnen, na mesma época no ano
passado, mas não está subestimando o rival.
- Qualquer atleta que está dentro do UFC, que é selecionado para
disputar o cinturão, tem condições de surpreender e de ser o próximo
campeão. Eu não estou acima nem abaixo de ninguém. Estou buscando manter
os resultados e tudo aquilo que minha equipe vem trabalhando há tantos
anos. Até aqui tem dado certo, mas isso não quer dizer que a gente possa
ir lá e vencer o Weidman, ou perder pro Weidman. Luta é luta, você pode
estar bem treinado, bem preparado, mas pode ir lá e acabar perdendo. É
ir lá e esperar o resultado - resumiu.
Com a maior sequência de vitórias ativa no UFC (16), três marcas o
patrocinando para o combate e um novo contrato de 10 lutas com a
organização, Anderson Silva certamente tem muito a perder no duelo com
Weidman. Apesar disso, ele garante não sentir pressão.
- Eu luto desde os 8 anos de idade. Para mim, é tudo muito natural.
Cresci dentro de uma equipe em que a pressão psicológica nunca existiu.
Se o cara é menor, maior, pequeno, grande, se tem um braço, se tem dois,
se enxerga ou não, você vai lutar com ele do mesmo jeito. Não tenho
muito esse negócio de pressão. Acho que é ir lá e fazer o que eu amo,
independente de vitória ou derrota. Estou fazendo o que eu faço com
amor, não estou me preocupando com resultado. É claro que todo mundo
aqui trabalha para vencer, mas não me preocupo tanto com isso, e isso
facilita o trabalho da minha equipe - disse Spider.
Lutador faz piada com rumores de lesão
Anderson Silva também aproveitou a coletiva para desmentir rumores de
que havia sofrido nova lesão na costela e que teria feito exames numa
clínica no Rio de Janeiro para apontar a gravidade do ferimento. Ele fez
piada com a situação.
- Fiz um exame de cabeça, deu uns problemas lá, não era muito certo (risos). Mas fora isso, está tudo tranquilo.
==> Fonte: Globoesporte
==> Foto: Editoria de Arte / Globoesporte
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