O
CCBB recebe a última edição da Feira de Música 2012. Mais um sábado de
muito talento de compositores e músicos do DF. Como de costume, se
apresentam três atrações selecionadas pela curadoria para apresentações
gratuitas, além, é claro, das três canjas inscritas na hora.
O
projeto criado em 1981 ressurge atento à diversidade da produção
musical de Brasília. É a oportunidade para que músicos e compositores
tenham um palco constante para apresentarem seus repertórios autorais.
É
o novo cenário cultural brasiliense sendo divulgado com boas condições
de sonorização e suporte técnico profissional. O objetivo é também
formar público para acolher essa produção tão diversa da música de
Brasília.
“A Feira de Música constitui
uma iniciativa de difusão da produção musical do Distrito Federal com
um caráter de respeito à diversidade de sonoridades aqui produzidas
(garantida através de uma curadoria formada por profissionais oriundos
de diversos segmentos, como a música instrumental, o rock, o choro, a
cultura popular)”, afirma Henrique Rocha, gestor de projetos da Ossos do Ofício.
A Feira de Música traz,
a cada edição, seis shows de trabalhos autorais, três deles
selecionados, mediante inscrição, por uma curadoria formada por músicos,
produtores culturais e estudiosos, e três canjas. Cada canja terá
duração de até duas músicas (no máximo 15 minutos) e os músicos poderão
se inscrever na hora, sem passar pela curadoria, a exemplo de como
acontecia nas edições anteriores da Feira de Música, criando oportunidades para lançar e incentivar novos talentos.
As primeiras edições da Feira foram
realizadas entre os anos 1981 e 1995, ocupando diversos locais. Seu
auge aconteceu no palco do Teatro Garagem do Sesc 913 Sul, entre 1991 e
1993, e foi uma das mais importantes iniciativas para a formação da
identidade musical de Brasília. O evento foi ponto de encontro entre
plateia e músicos e palco para o surgimento bandas como Raimundos,
Câmbio Negro, Little Quail e Maskawo Roots.
“Como
um projeto neste formato, que congrega formação de platéia para a
música do DF, acesso gratuito às manifestações culturais e
profissionalização da atividade musical local, a Feira de Música pretende
ser um espaço livre para a divulgação da atual cena musical da capital,
que procura bons palcos para se apresentar e presença constante de um
grande público”, aposta R.C.Ballerini, músico e produtor executivo da Feira.
Jenipapo
Criatividade
e diversidade musical são características marcantes do grupo. As letras
expressam temas sobre o cotidiano, o meio ambiente, questões sociais,
alegrias e aflições. Tem como influência diversos gêneros brasileiros
com matrizes africanas, tais como o samba, baião, maracatu e afoxé. Os
ritmos dialogam com gêneros latinos, africanos e da cultura pop mundial,
como o rock, presença marcante nos arranjos do grupo.Em 2010, o Jenipapo foi selecionado pelo edital da Secretaria de Cultura do DF (FAC-DF) para a gravação de seu primeiro CD.
O
álbum, que contém 11 canções autorais traz parceiros de composição como
o cantor, músico e arranjador Alberto Salgado e os músicos Ângelo
Macarius e Alain Bahia. O CD teve participação especial de Ellen Oléria e
Ana Reis cantoras renomadas de Brasília. Além de Oswaldinho da Cuíca,
Maísa Arantes (voz e pife), Marcelo Monteiro (Sax e flauta transversal),
Duarsen Campos (trombone) e Amilcar Rodrigues (trompete).
Pé de Cerrado
O
Grupo Cultural Pé de Cerrado se reuniu, pela primeira vez, em 1999,
com a proposta de pesquisar a cultura brasileira, depois que
seus primeiros integrantes realizaram a trilha sonora da peça “A Pena e a
Lei”, de Ariano Suassuna, ainda recém-formados pela Escola de
Teatro Dulcina de Morais.
O
grupo é formado pelos multi-instrumentistas e pesquisadores da cultura
brasileira Pablo Ravi, Bruno Ribeiro, Bruno Berê, Fernando Fernandes,
Pablo Fagundes e Clênio Guimarães. Com a destreza de misturar as
diversas formas de expressão artística e as mais plurais manifestações
da cultura brasileira, os espetáculos trazem música, circo, dança,
poesia, teatro e proporcionam uma intensa participação do público.
Duo Mandrágora
O Mandrágora, formado por Daniel Sarkis e Jorge Brasil, surgiu em Brasília há 11 anos, com a proposta de difundir a música instrumental de qualidade. Trabalho que os músicos desenvolvem se revezando nos violões de cordas de nylon e aço.
O estilo instrumental do Mandrágora percorre inúmeras sonoridades sem se prender ao formalismo tradicional. Os dois violonistas traduzem nos acordes e na expressão dos sons que experimentam no instrumento os próprios anseios e a inquietação dos que sempre buscam inovar ou mesmo recriar e reinventar conceitos e caminhos já percorridos. O resultado se multiplica na diversidade melódica que a música intimista do Mandrágora reflete.
SERVIÇO:
Local: Área externa do CCBB Brasília
24 de novembro
Atrações: Pé de Cerrado, Jenipapo e Mandrágora
Além de três canjas inscritas na hora do evento, que tocarão até duas músicas autorais cada.
Horário: 16h16
Entrada gratuita
Classificação indicativa: Livre
A FEIRA DE MÚSICA tem patrocínio do FAC – Fundo de Apoio à Cultura do GDF e apoio do Centro Cultural Banco do Brasil Brasília.
==> Foto: Jandir Ribeiro
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