Valeu pelo resultado. Em uma partida com futebol de pouca qualidade, o
Grêmio precisou de um gol contra para avançar às quartas de final da
Copa Sul-Americana. Na noite desta quarta-feira, no Olímpico, o Tricolor
saiu perdendo para o Barcelona-EQU, em chute de Mina, mas achou o
empate em falha de Perlaza e a virada já nos acréscimos, com Zé Roberto,
de falta. Golaço que amainou uma atuação ruim da equipe de Vanderlei
Luxemburgo, num jogo nervoso, de alta tensão e superação. Combinada com o
triunfo de 1 a 0 em Guayaquil, em 26 de setembro, a vitória por 2 a 1
em casa classificou o time para enfrentar o Millonarios, da Colômbia,
por vaga à semifinal. A primeira partida do confronto será terça-feira,
no Olímpico.
Antes do primeiro duelo pelas quartas de final do torneio continental,
porém, há a retomada do Brasileirão. No sábado, às 18h30m (de Brasília),
o rival é o Bahia no Pituaçu, em Salvador.
O Equatoriano é o que restou ao Barcelona: encara o Técnico Universitário, domingo, em Ambato.
O Equatoriano é o que restou ao Barcelona: encara o Técnico Universitário, domingo, em Ambato.
Pouco futebol
Sem Elano, que começou no banco de reservas, o Grêmio foi um time
burocrático, previsível, com pouca criatividade. E encontrou um rival
ofensivo, afinal, estava pressionado pela desvantagem do jogo de ida:
derrota por 1 a 0 em casa. Essa foi a tônica do primeiro tempo. Mas,
embora a diferença de postura, o Barcelona pouco ameaçou o gol de
Marcelo Grohe. Muito porque não teve a capacidade de superar o robusto
meio-campo tricolor - Marco Antonio se juntou aos volantes Fernando e
Souza.
Neste panorama, apenas aos 36 minutos, Mina, em um chute fraco de fora
da área, fez o camisa 1 do Grêmio trabalhar. Àquela altura, o Tricolor
havia desperdiçado boas chances. Marcelo Moreno de cabeça, Marco Antonio
após cruzamento de Zé Roberto, Anderson Pico em dois chutes de fora da
área, e, por fim, Werley cabeceando, na pequena área, nas mãos de
Banguera, completaram a lista de oportunidades não aproveitadas. Sempre
em iniciativas individuais, com pouca construção coletiva.
- Estamos nos classificando, mas é melhor definir o jogo. Vamos ver o
que o Vanderlei vai falar agora - disse Zé Roberto no intervalo.
Inversão de papéis
Deu certo. O Grêmio voltou envolvente. Em sete minutos, apresentou
evolução. Trocou passes. Passou a ter drible, vitória pessoal. E amassou
o rival. Kleber, cabeceando cruzamento de Pico e chutando de fora da
área, e Werley, de cabeça após escanteio, quase marcaram. Aí o futebol
mostrou por que é um esporte fascinante.
Sem sequer ter ultrapassado a linha do meio-campo até os oito minutos, o
Barcelona abriu o placar. Diaz fez boa jogada pela esquerda e cruzou
para Mina completar à rede: 1 a 0. O entusiasmo foi tanto que Banguera
deixou o gol, correu o campo todo e se junto ao bolo de atletas na
comemoração.
A desvantagem, que levava a decisão aos pênaltis, fez Luxa mudar. Elano
entrou na vaga de Marco Antonio, mas o Grêmio sentiu o gol. Viveu
momentos de desestabilização. Quase levou o segundo, novamente com Diaz,
em chute cruzado de fora da área que calou o Olímpico tamanho o susto.
Então, a sorte ajudou.
Depois de boa tabela pela esquerda, entre Elano e Pico, o lateral foi à
linha de fundo e cruzou para a área. Tentando afastar, Perlaza mandou
contra o próprio gol: 1 a 1. A partida ficou morna. O Grêmio
administrou, e o Barcelona perdeu força com a saída de Diaz, por lesão.
Tanto sentiu o cansaço que precisou recorrer a um toque no braço para
parar o ataque tricolor, aos 45 minutos. Zé Roberto cobrou a falta com
perfeição e consertou de vez uma noite que ensaiou tornar-se tenebrosa
para os gremistas no Olímpico. Faltou mais futebol, mas a vaga surgiu.
Era, ao fim das contas, o mais importante.
==> Fonte: Globoesporte
==> Foto: Lucas Uebel / Site Oficial do Grêmio

0 comments:
Postar um comentário