
Com Destinee Hooker e Jordan Larson soltando o braço no ataque, os EUA atravessaram os dois primeiros sets com tranquilidade. Sofreram um bocado n terceiro, quando o Brasil finalmente se encontrou, mas retomaram o controle em no quarto para fechar sem sustos.
- Não gostei da atitude no primeiro e segundo sets. Estávamos muito passivos em relação aos Estados Unidos, com uma quantidade de erros muito grande. No terceiro e no quarto, a gente já viu outro comportamento. Mas a Hooker fez a diferença, e a gente não conseguiu defender. É o melhor time do mundo, eu falo isso há dois anos, não escondo de ninguém - afirmou o técnico José Roberto Guimarães após a partida.
Com uma vitória por 3 sets a 2 na estreia e a derrota desta segunda-feira, o Brasil soma dois pontos e ocupa a quarta posição do Grupo B. Os Estados Unidos estão no segundo lugar, com seis pontos, mesma pontuação da líder China. A Coreia do Sul é a terceira (com três pontos), a Turquia é a quinta (um ponto) e a Sérvia é a lanterna (zero). No Grupo A estão Rússia, Japão, República Dominicana, Itália, Grã-Bretanha e Argélia. Os quatro primeiros de cada chave avançam à próxima fase.
O Brasil volta à quadra na quinta, às 18h (de Brasília), para encarar as sul-coreanas. O SporTV transmite ao vivo, e o GLOBOESPORTE.COM acompanha tudo em Tempo Real. As americanas pegam a China antes do jogo do Brasil, às 16h.
A torcida na Arena de Vôlei de Londres estava dividida, com muitas bandeiras dos dois países, e gritaria à vontade para os dois lados. Com atraso de meia hora, o jogo já começou com um rali. E numa linda largadinha de Sheilla, o Brasil saiu na frente. O segundo ponto verde-amarelo também veio numa largada, de Fernandinha, mas o equilíbrio logo deu as caras. As brasileiras viram as rivais abrirem 6/4, mas viraram para 8/7 na primeira parada técnica.
Na volta, o placar foi a 9/7, mas a força verde-amarela se esgotou aí. As americanas passaram a controlar o jogo e, sem encontrar resistência no bloqueio, esticaram o conforto na primeira parcial. Com um ataque de Larson pela ponta, fim de papo: 25/18.
Kobe relaxado
No intervalo para o segundo set, o telão do ginásio mostrou Kobe Bryant, astro da seleção americana de basquete, que foi à arena ver as compatriotas do vôlei e sentou-se no meio da torcida. A expressão tranquila do astro da NBA era a tônica de um jogo tranquilo para o seu país.
Com a bola no ar de novo, o panorama se manteve. Os EUA foram para a parada técnica com 8/5 na manga, e daí em diante o abismo só aumentou. O Brasil não conseguia se encontrar, e o placar logo pulou para 16/7. Quando as americanas chegaram a 20, as brasileiras só tinham metade disso. Larson e Hooker continuavam castigando a defesa verde-amarela, e não foi difícil chegar aos 25/17 com mais uma ataque de Hooker.
O primeiro bloqueio do Brasil no jogo veio no início do terceiro set, com Sheilla. Quando a equipe fez 5/3, num ataque de Paula, a atacante sentiu dores no pé direito após. Agachou-se, mancou um pouco, mas foi para o saque. Caprichou, a recepção americana foi ruim, e o ataque para fora deu a até então inédita vantagem de três pontos para as meninas de Zé Roberto: 6/3, que se transformaram em 8/3 na parada técnica.
Adenízia chamou a torcida, que respondeu gritando nas arquibancadas. Na quadra, os EUA apertaram, mas o Brasil segurava bravamente os dois pontos de vantagem. Durou pouco. Com o bloqueio forte, as americanas viraram ainda antes da segunda parada: 16/15. Desta vez, no entanto, o time de amarelo manteve a cabeça no lugar. Com um belo bloqueio de Fabiana, a vantagem chegou a 23/21. Paula ainda pisou na linha no saque e entregou um ponto de graça, mas a vitória no set veio com Thaisa, numa bola dividida na rede: 25/22.
O quarto set viu as americanas retomando o controle logo no início, quando abriram 8/5. O Brasil ensaiou uma reação, cortou para um ponto, mas viu as rivais abrirem 16/12. Quando a diferença caiu para dois, o técnico Hugh McCutcheon chamou suas meninas para conversar. Deu certo, e a diferença logo pulou para quatro de novo. Aí foi a vez de Zé Roberto parar o jogo.
Mas já era tarde. Bastou aos Estados Unidos segurar a dianteira e conduzir a partida até o fim. Com a segunda vitória nas Olimpíadas, a equipe segue mais favorita do que nunca. Para o Brasil, fica o alerta de que será preciso subir alguns degraus para chegar ao bicampeonato.
==> Fonte: Globoesporte
==> Foto: Reuters
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