Ronaldinho estreia, Atlético-MG bate Palmeiras e dorme líder do Brasileiro

Para o Palmeiras, era o último ensaio antes da primeira semifinal da Copa do Brasil, na quarta-feira, contra o Grêmio. Para o Atlético-MG, além da estreia de Ronaldinho, existia a certeza de que uma vitória valeria a liderança provisória do Campeonato Brasileiro. No jogo realizado na fria noite deste sábado, no estádio do Pacaembu, o R49 buscou jogo, se movimentou, acertou passes, mas não foi brilhante. Não precisou. O Galo, bem superior ao Verdão, venceu com justiça por 1 a 0, foi aos dez pontos na tabela de classificação e mostrou que pode ir longe neste ano.

Com mais um tropeço, o terceiro consecutivo, o Verdão segue na zona de rebaixamento, com apenas um ponto conquistado. Caso a Portuguesa vença o Atlético-GO neste domingo, o time de Palestra Itália terminará a rodada em último.

Pelo Nacional, a equipe paulista buscará a reabilitação no próximo domingo, contra o Vasco, novamente no estádio do Pacaembu. O Galo voltará a campo no mesmo dia, contra o São Paulo, no Morumbi.

Galo melhor

Os dois times entraram em campo com o mesma formação tática: 4-3-2-1. No Palmeiras, foram três alterações em relação ao jogo contra o Sport, na última quarta-feira, em Recife: Felipe entrou na vaga de Maikon Leite, Daniel Carvalho ficou com o lugar de Valdivia, liberado para viajar ao Chile após sofrer um sequestro-relâmpago, e Thiago Heleno, que, após sete meses afastado por lesão, voltou e ficou com o posto de Leandro Amaro. No Galo, com a estreia de Ronaldinho Gaúcho, o técnico Cuca apostou na movimentação constante do trio formado pelo recém-chegado, Danilinho e Bernard, com Jô funcionando como referência à frente.

O Palmeiras esteve ligeiramente melhor nos primeiros 15 minutos, principalmente porque matinha a posse de bola. Daniel Carvalho e Felipe se movimentavam bastante e buscavam se aproximar de Barcos a todo o instante. No Galo, Ronaldinho, que, ao invés de jogar na esquerda, como no Flamengo, atuou mais centralizado, era marcado individualmente por Márcio Araújo. Aos 17, no único ataque perigoso do Verdão, Luan exigiu boa defesa de Giovanni em chute de fora da área.

Com o passar do tempo, o jogo mudou de lado. O Galo passou a ter o controle e, com jogadores mais talentosos e experientes, passou a valorizar a posse de bola. Ronaldinho passou a levar vantagem sobre marcação e, aos 21, o time visitante só não abriu o marcador porque Bernard perdeu gol incrível, cara a cara com Bruno, após passe de Danilinho e falha de Cicinho. Nesse lance, Bruno e Henrique se desentenderam e tiveram de ser separados pelos companheiros.

A torcida palmeirense não via reação e, perto dos 30, começou a reclamar. Seus meias não eram mais notados em campo e deixavam Barcos isolado na frente. Até o apito do intervalo, a equipe não esboçou nenhuma reação.

Jô marca, Atlético-MG domina e vence

O Galo voltou ainda melhor para o segundo tempo e empurrou o Palmeiras para trás. Aos três minutos, Bernard se livrou como quis de Cicinho e cruzou na cabeça de Jô, que testou longe do alcance de Bruno: 1 a 0. O Pacaembu se transformou em um caldeirão. O Palmeiras, desorganizadamente, avançou seu meio-campo, mas seguia sem criar nada por absoluta falta de criatividade. O técnico Luiz Felipe Scolari até tentou renovar o gás da equipe, com as entradas de Maikon Leite no lugar de Felipe e de Mazinho entrou na vaga de Luan. Nada melhorou. O time só chegou com perigo em duas faltas cobradas por Marcos Assunção, bem defendidas por Giovanni.

O Galo, ao contrário, ficou com o jogo nas suas mãos. Ronaldinho Gaúcho passou a ter liberdade para jogar e, com lançamentos, iniciava os contra-ataques. Em um deles, Jô marcou, mas a arbitragem anulou corretamente, já que o atacante cometeu falta em Thiago Heleno. No outro lance, aos 17, Bernard perdeu boa chance. Aos 23, Bruno fez brilhante defesa em cabeça de Jô e evitou o segundo gol da equipe mineira. Seis minutos depois, a arbitragem errou. Em cobrança de falta de Ronaldinho Gaúcho, Rafael Marques marcou, mas o tento foi anulado, sob alegação de impedimento, que não aconteceu.

O tempo passava e o Verdão não dava o menor sinal de que algo poderia mudar. Felipão fez sua terceira mudança, sacando Cicinho e improvisando o volante joão Vítor na lateral. No Galo, Cuca tirou Marcos Rocha, que havia tomado o cartão amarelo e colocou Serginho. O Galo seguiu soberano em campo e só não aumentou sua vantagem porque diminuiu seu ritmo de jogo nos minutos finais. O Verdão, sem organização nenhuma, quase empatou aos 39, em cobrança de falta de Assunção, que acertou o travessão de Giovanni. Dois minutos depois, repetição do lance: batida do volante e bola na trave. Foi o último lance de perigo do jogo.

==> Fonte: Globoesporte

==> Foto: Marcos Ribolli / Globoesporte

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