
A equipe Fórmula FEI, pentacampeã nacional, será representada nos EUA por nove integrantes. O projeto, denominado RS7, sofreu várias alterações em relação ao que venceu a competição brasileira, em novembro. “O chassi é o menor já construído pela equipe, o que contribuiu para reduzir 10% do peso total do carro”, explica Lucas Kira, capitão da equipe. O carro, movido a etanol E85, atinge velocidade máxima de 120 km/h e pesa 160 kg.
Entre outras alterações, o conjunto de amortecedores e molas, que compõe o sistema de suspensão, está posicionado na parte inferior do veículo e somado com a posição mais baixa do motor geraram diminuição de 240 mm para 225 mm no centro de gravidade e melhoria no desempenho em curvas. Além disso, os estudantes redimensionaram os coletores de admissão e escapamento do veículo, para aumentar a potencia em médias e altas rotações.
Tração inteligente - O carro da FEI também possui controle de tração inteligente, que compara as velocidades das quatro rodas e controla o torque do motor garantindo desempenho ideal, principalmente em condições de chuvas. “Modificamos o projeto com o objetivo de superar nossa própria marca de 10º colocado mundial, conquistada em Michigan, em 2009”, afirma Kira.
Unicamp - A equipe FSAE-Unicamp, estreante em competições internacionais da categoria, viaja com 20 integrantes. Os estudantes construíram a carenagem do carro com fibra de carbono e, com isso, reduziram 3 kg no peso do veículo, agora com 205 kg.
A FSAE-Unicamp utilizou aço microligado em substituição a maioria das peças em aço 1020. “Esse material oferece maior resistência, dessa forma, em alguns conjuntos do carro, foi possível reduzir até 20% de peso, além de ganhar mais segurança”, comenta André Stuart Nogueira, capitão da equipe, que espera aumentar o conhecimento na engenharia em Lincoln. O carro de Campinas atinge velocidade máxima de 125 km/h.
As equipes Fórmula FEI e FSAE-Unicamp ganharam o direito de representar o Brasil na Fórmula SAE Lincoln após conquistarem o primeiro e segundo lugares, respectivamente, na Fórmula SAE BRASIL-PETROBRAS, ocorrida em novembro de 2011.
Fórmula SAE - Os carros Fórmula SAE têm motores de 4 tempos e cilindrada máxima de 610 cm³. A construção do veículo deve obedecer às normas do regulamento da competição, disponível no site da SAE BRASIL - www.saebrasil.org.br -, que exige das equipes (com até 20 integrantes) que se especializem nos variados sistemas que compõem um carro deste tipo, como powertrain, freios, direção, suspensão, sistemas elétricos, chassis e segurança.
Os carros Fórmula SAE surgiram em 1978, nos EUA, e, desde então, são projetados por equipes de estudantes de graduação e pós-graduação de engenharia, sob a orientação de um professor, de acordo com regras definidas pela SAE International.
Além do Brasil e Estados Unidos, as competições de carros Fórmula SAE são realizadas na Inglaterra, Alemanha, Austrália, Áustria, Espanha, Hungria, Itália e Japão. O Brasil ingressou no circuito em 2004, com objetivo de fomentar nos estudantes de engenharia a especialização técnica em veículos de alto desempenho.
“Essa competição é para os estudantes de nível superior uma experiência no gerenciamento de projeto e construção dos carros e uma oportunidade sem igual para aplicar o que aprenderam no curso de engenharia”, avalia Vagner Galeote, presidente da SAE BRASIL.
==> Foto: Divulgação
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