
Na véspera, Tsonga tinha encarado uma maratona para virar o jogo sobre o americno John Isner na semifinal, e o primeiro set contra Federer parecia confirmar que as pernas do francês já não respondiam da maneira ideal. Atropelado por 6/1, ele surpreendeu ao buscar fôlego na segunda parcial. Cresceu no jogo e incomodou, mas não conseguiu manter o ritmo no fim da segunda parcial e viu, dentro da sua casa, a festa do adversário.
Com a conquista inédita em Paris, agora Federer tem 18 títulos de Masters 1.000 e 65 títulos de simples na carreira. Sem ter no caminho o número 1 Novak Djokovic, que desistiu por lesão, o suíço pegou dois adversários cansados na reta final: Tomas Berdych, na semi, e Tsonga, na final, vinham de jogos complicados. Federer, que não tem nada com isso, comprovou a boa fase e, mesmo em fim de temporada, mostrou que os 30 anos ainda não estão pesando.
Tsonga entrou na quadra sob uma chuva de aplausos e se emocionou, mas não levou muito tempo para tomar um banho de realidade. Com 20 minutos de jogo, Federer já ganhava por 4/0, com duas quebras e a tranquilidade de quem, àquela altura, tinha o set no bolso. Para evitar o vexame de um pneu diante dos fãs, o francês ainda confirmou um serviço no sexto game e lutou bravamente no sétimo, mas não deu. Em meia hora, o suíço fechou em 6/1.
O esboço de reação no fim da primeira parcial deu moral a Tsonga no início da segunda. Tanto que ele abriu confirmando seu saque e se viu num cenário até então inédito na tarde: vencendo. Federer igualou o placar na sequência, mas o número 8 do mundo, empurrado pelas arquibancadas, não estava disposto a engolir o vice-campeonato sem brigar. Tomou a dianteira de novo com 2/1 e beliscou o serviço do rival na sequência – não o suficiente para quebrá-lo.
A chance real de quebra veio no oitavo game, e Tsonga chegou a comemorar quando o placar cravou o 5/3, mas o árbitro voltou atrás e – com razão – deu bola fora. Federer, sem se abalar, confirmou o serviço e igualou a parcial em 4/4. Quebrar saque continuava parecendo impossível no segundo set. Assim foi até o 12º game, quando Federer deixou tudo igual em 6/6 e forçou o tie-break.
Aí todo equilíbrio foi por água abaixo. O game de desempate parecia uma reedição do primeiro set. Federer abriu 4 a 0 e respirou aliviado. Tsonga nem ameaçou reagir, e àquela altura nem a torcida acreditava mais. Bastou ao suíço controlar o ritmo e manter a cabeça no lugar. Na capital francesa, a festa foi do visitante.
==> Fonte: Globoesporte
==> Foto: Reprodução Sportv
0 comments:
Postar um comentário