De sertanista a indicado ao Nobel da Paz: livro lembra herança de Marechal Rondon

O único brasileiro homenageado com o nome de um estado (Rondônia), Cândido Mariano da Silva Rondon tem sua vida e obra contada no livro “Rondon, o marechal da paz - A vida de um herói nacional contada por meio da Filatelia”. De autoria de Maurício Melo Meneses, membro do Conselho Diretor do Instituto Presbiteriano Mackenzie (IPM), a obra conta o histórico do militar utilizando também exemplos de selos postais da época.

Órfão, o futuro marechal foi criado pelo tio na pequena Santo Antônio de Leverger, localizada nas redondezas da capital mato-grossense. Após estabelecer uma carreira promissora no exército, ele decidiu fazer algo para mudar a realidade em que cresceu, na época, uma cidade longe dos grandes centros urbanos. Nesse momento, buscou instituir conexões por telégrafos que interligassem o interior do país às metrópoles do restante do Brasil.

Tal desempenho lhe rendeu o título de Patrono das Comunicações do Exército Brasileiro e a honraria de ter a ele dedicado o 5 de maio, o Dia Nacional das Comunicações. Os trabalhos do militar são lembrados até hoje pelo pioneirismo no processo de integração nacional e ainda pelos esforços que tiveram impactos imensuráveis para o conhecimento das riquezas naturais da região. Estima-se que foram catalogados 15 novos rios e 20 mil exemplares da fauna amazonense.

Como um verdadeiro sertanista, ele decidiu desbravar ainda mais as terras do oeste e do norte brasileiro. Além da interligação das regiões isoladas com as urbes mais desenvolvidas do litoral, Rondon também atuou em missões de inclusão das mais diversas tribos indígenas no interior da Floresta Amazônica com a construção de pontes, estradas e relações amistosas.

A diplomacia era uma de suas marcas. Um dos frutos dessa forma de agir foi a Expedição Rondon-Roosevelt, uma missão co-chefiada pelo ex-presidente norte-americano Theodore Roosevelt. Um dos objetivos da parceria entre governos, foram os estudos das regiões do vale dos rios Paraguai e Amazonas. Além disso, se destaca também a participação diplomática do Marechal na solução de um desentendimento entre Peru e Bolívia.

Descendente dos povos bororo, terena e guaná, Rondon honrou sua linhagem indígena no desenvolvimento de vínculos pacíficos com populações originárias da floresta. Sua atuação foi voltada não apenas para a integração das tribos à sociedade, mas também ao direito que eles tinham de manter-se isolados. Prova disso é que assumiu em 1939 o comando do Conselho Nacional de Proteção ao Índio. Lutou pela demarcação de terras e teve importante desempenho na criação do Parque Nacional do Xingu.

Essa fama chegou aos ouvidos de Albert Einstein. Literalmente. Em uma passagem pela América do Sul em 1925, o físico alemão nunca encontrou pessoalmente o militar, mas escutou de muitas pessoas sobre as obras de Rondon. No manuscrito, o cientista destacou o esforço de inclusão dos povos indígenas sem que para isso fossem empregadas qualquer tipo de coerção. Fatos que levaram a maior mente do século XX a indicar Rondon ao Nobel da Paz naquele ano. Indicação que seria repetida novamente, em 1957, pelo The Explorers Club, de Nova Iorque.

A trajetória do Marechal da Paz é contada no livro de autoria de Maurício Melo Meneses, que também escreveu a obra “Cristianismo Reformado - Uma História Contada por Meio da Filatelia”, que foi também traduzido para o inglês como “Stamps of the Reformation - An Illustrated History Through the Centuries”. Presbítero por 32 anos, ele já foi diretor-geral da Assembleia Legislativa de Mato Grosso e recebeu as honrarias de Cidadão Honorário das cidades de Cuiabá (MT), de São Paulo (SP) e do Estado do Mato Grosso, a Comenda da Ordem do Mérito Aeronáutico do Brasil, a Comenda da Ordem do Mérito Militar e a Medalha Barão de Melgaço do Exército Brasileiro. Atualmente, Meneses é um dos diretores do Instituto Histórico e Geográfico de São Paulo (IHGSP).


SERVIÇO:

Título: Rondon, o marechal da paz

Subtítulo: A vida de um herói nacional contada por meio da Filatelia
Autor: Maurício Melo Meneses
Editora: Editora Mackenzie
Edição: 1ª
Ano: 2021
Encadernação: capa dura, luxo
Altura: 28 cm. Largura: 21 cm
Nº de páginas: 128

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