Projeto Cine Cleo exibe sessão especial e gratuita com foco no tema Exílios

O projeto cinematográfico é realizado por elas. Produtoras, realizadoras, pesquisadoras, diretoras e atrizes que, na frente e atrás das telonas, mostram seus olhares, sua força e sua potência produtiva neste mercado.  Idealizado por mulheres de Brasília, o Cine Cleo teve sua estreia em outubro de 2017. O evento trará, até agosto de 2018, produções do Brasil e do mundo para sala Conchita da Faculdade de Artes Dulcina de Moraes (Conic – Setor de Diversões Sul). As sessões são realizadas quinzenalmente, sempre às 19h.

Desta vez, elas retornam com a exibição de três produções com a temática Exílios. Na próxima quinta-feira (22/02), serão exibidos os curtas-metragens O Sal dos Olhos, de Letícia Bispo (DF); Há Terra!, de Ana Vaz (Brasil/França); e o longa-metragem Era o Hotel Cambridge, da paulista Eliane Caffé.  A entrada é franca. Não recomendado para menores de 16 anos. 
        
    O Cine Cleo homenageia Cleo de Verberena (1909- 1972), a primeira mulher brasileira a dirigir um longa-metragem no país, O Mistério do Dominó Preto, em 1930.  O projeto é uma realização da Secretaria de Cultura do Distrito Federal com o patrocínio do FAC – Fundo de Apoio à Cultura. O cineclube faz ainda parceria com o projeto Verberenas, site colaborativo de críticas de cinema escritas por mulheres realizadoras audiovisuais. O projeto nasceu em 2015, dentro da Universidade de Brasília.

Exílios de nós
Pela sala Conchita de Moraes, as temáticas Tradições e Rupturas, Espelhamento, Velhice e Seus Afetos, Fronteiras de Mim, Ruídos no Deslocamento e Maternidade já tiveram luz na telona. Agora, é a vez de debater o verbo exilar. Em todos os seus sentidos.

Diáspora, a perda de território, a saída de casa, o sentimento de não pertencimento, mas também de aproximação com outros lugares. A sessão Exílios traz uma reflexão metafórica, realista e tocante sobre o tema.

Em Há Terra! (12 minutos), a diretora brasiliense Ana Vaz traz este lado metafórico do tema.  O curta-metragem mostra o sertão como um lugar de refúgio, um lugar sem volta, onde quilombolas fizeram aliança com os ameríndios para sobreviver. A história que trata destes sertões mostra o refúgio, os refugiados e ressalta: o sertão é tanto físico quanto mental.

Já o representante do Distrito Federal, O Sal dos Olhos (18 minutos), tem em foco Rafaela, uma jovem que sai de casa para ir à faculdade e percebe, neste caminho, que não pode deixar tudo para trás. A direção é de Letícia Bispo.

Para encerrar, o longa-metragem Era o Hotel Cambridge (1h33) traz a história de refugiados recém-chegados ao Brasil que dividem moradia com um grupo de sem-tetos em um velho edifício abandonado no centro de São Paulo. Além da tensão diária causada pela ameaça do despejo, os novos moradores do prédio terão que lidar com seus próprios dramas e aprender a conviver com pessoas que, apesar de diferentes, enfrentam juntas a vida nas ruas. A produção dirigida por Eliane Caffé ganhou o prêmio “Cinema em Construção”, no 63º Festival de San Sebastián, na Espanha, em 2015.  Ao final da sessão, as realizadoras do cineclube vão conduzir um debate junto com  a atriz de O Sal dos Olhos, Juliana Plasmo.
                           

Ficha Técnica:
Curadoria: Amanda Devulsky, Erika Bauer, Glênis Cardoso, Isabelle Araújo
Produção executiva: Natália Pires
Direção de produção: Natália Pires
Produção técnica: Mari Mira e Janaína Montalvão
Design e assessoria de comunicação: Flora Egécia (Estúdio Cajuína) Bianca Novais (Estúdio Cajuína)
Assessoria de imprensa: Baú Comunicação Integrada
Social media: Tainá Seixas


SERVIÇO:

Cine Cleo (Cineclube das mulheres)
Dia 22 de fevereiro (quinta-feira), às 19h.
Em cartaz até agosto de 2018, quinzenalmente, sempre às quintas-feiras, às 19h.
Local: Sala Conchita da Faculdade de Artes Dulcina de Moraes – Conic (SDS)
Entrada franca
Não recomendado para menores de 16 anos

==> Foto: Divulgação

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