Com cenários de Fernando Mello da Costa, que renderam sua indicação
aos prêmios Botequim Cultural e Cenym 2016, iluminação de Aurélio de Simoni,
figurinos de Antônio Guedes e trilha original de Pablo Paleologo,
a peça começou a ser idealizada há dois anos pelos três atores, amigos desde os
tempos do Tablado, e que há três formaram o grupo teatral Nossa! Cia. de
Atores. “A ideia veio depois da leitura do conto Dora, uma mulher sem sorte, do meu avô, o jornalista Théo Drummond,
em 2014. Foi ali que começamos a pensar nessas questões e na possibilidade de
realizar um projeto a respeito”, revela Lucas.
Flora é uma dona de casa que cumpre um ritual diário enquanto espera o
marido para o almoço. A trama, que poderia ser apenas uma história de amor entre
um casal, revela aos poucos um lado sombrio. “Queríamos falar sobre como as
pessoas conversam, mas não se escutam e muitas vezes vivem em uma aparente
normalidade que nunca existiu, tentando esconder a solidão e suas imperfeições”,
resume Leila. Para contar essa história, os três pensaram em seguir uma
linha tragicômica, como explica Thiago: “Procuramos uma linguagem que
fosse ao mesmo tempo engraçada e que provocasse reflexão. Foi assim que
chegamos ao ‘teatro do absurdo’, com seus jogos de palavras e humor non sense”.
O trio convidou Luiza Prado, roteirista de duas temporadas do
seriado Vai que cola, do canal
Multishow, e ainda de curtas-metragens como O
Rio de Paixão (2013), vencedor do concurso O Rio que eu vejo, para escrever
o texto e dar forma às ideias da companhia: “Direcionar a experiência que tive ao
escrever roteiros que exigiam uma sólida estrutura foi, de fato, um facilitador
e um norte quando me deparei com as incontáveis possibilidades de explorar, no
universo teatral, a incomunicabilidade humana e as dimensões de personagens
extremamente solitários”, comenta a autora.
Premiado diretor
teatral, professor, ator, autor e diretor artístico da Companhia Atores de
Laura, Daniel Herz abraçou o projeto
quando foi convidado a dirigi-lo: “Os temas abordados aqui me tocam muito, me
movem quanto artista. Somado a isto, trata-se de um texto novo, desenvolvido na
linguagem do teatro do absurdo, que adoro, e idealizado por três jovens atores
talentosos. Eu, aliás, me vi neles quando comecei, porque sempre digo aos
jovens atores para que tenham projetos e não fiquem esperando até um diretor
desejá-los. E eles fizeram exatamente isso, o mesmo que eu fiz quando tinha 18
anos”, conta.
Em
um cenário despojado, com poucos elementos cênicos, entre eles três cadeiras e
três buracos no chão, por onde os personagens entram e saem e que levam a um
porão repleto de eletrodomésticos, Flora (Leila
Savary) repete um ritual diário antes do almoço, que vai desde a meticulosa
arrumação da mesa até o uso do mesmo laquê, à espera de Armando (Luca Ayres, ator convidado), quando
dois homens (Lucas Drummond e Thiago Marinho) invadem seu apartamento.
Discussões e revelações acontecem em meio à tensão gerada pela iminente chegada
do marido, levando Flora a um inevitável e doloroso reencontro com o passado
que ela luta, em vão, para esquecer. Nesta temporada, Lucas Drummond,
integrante da Cia., será substituído pelo ator Felipe Frazão nas sessões de sexta, sábado e domingo.
Elenco:
Leila
Savary
Leila iniciou seus estudos teatrais aos sete
anos com Inez Viana e Marcia Frederico. Em seguida, entrou para O Tablado onde
estudou por doze anos. Após um período nos EUA estudando cinema, voltou ao
teatro com Daniel Herz na sua turma de atores. Formada em Rádio e TV pela UFRJ
e UCSD, Leila já atuou em diversas peças de teatro - a mais recente O Pena Carioca (direção de Daniel Herz),
e fez participações em séries de TV, curtas-metragens e foi apresentadora.
Lucas
Drummond
Ator,
produtor e jornalista pela Escola de Comunicação da UFRJ. Entre seus principais
trabalhos estão: GYPSY e Um Violinista no Telhado, de Charles
Moeller e Claudio Botelho; Xanadu, de
Miguel Falabella; Shrek – O Musical,
de Diego Ramiro; Chacrinha – O musical,
de Andrucha Waddington; A Vida de Galileu,
de Daniel Herz; e Tudo o que há Flora,
também dirigido por Daniel Herz e do qual é ator, produtor e idealizador. Na TV,
viveu o personagem Júnior na série Questão
de Família, dirigida por Sérgio Rezende e exibida pelo GNT, em 2014. Em
janeiro de 2016, lançou seu primeiro livro: 50
anos de novelas – a trajetória da representação homossexual e o beijo gay que
parou o Brasil pela editora Appris. Atualmente, integra o elenco do
espetáculo Online, ao lado do
comediante Paulo Gustavo e sob a direção de João Fonseca.
Felipe Frazão
Ator paulista formado
pela SP Escola de Teatro. Ainda em São Paulo atuou em Tieta do Agreste – o musical, de Christina Trevisan, Eu Sou o Samba, de Fabio Pillar e Zona de Guerra, dirigido por André Garolli.
Já no Rio de Janeiro, fez Favela,
dirigido por Marcio Vieira, Garotos,
de Leandro Goullart, Giz e Terra Papagalli, ambos sob a direção de
Marcelo Valle, e Próxima Parada e A Vida de Dr. Antonio Contada Por Elle Mesmo,
dirigidos por Cesar Augusto, estes últimos, espetáculos da sua cia, a
BélicaCia. Em 2016, foi indicado como melhor ator no 10º Prêmio Zilka
Sallaberry pelo trabalho em Todo Vagabundo
Tem Seu Dia De Glória, de Thiago Pach e Adren Alves. Na TV, fez Joílton em Terminadores, série de Gualter Puppo para
a TNT/Band, e Waldisney em Santo Forte,
série de João Machado e Roberto D'Ávilla exibida pelo AXN. No cinema,
participou dos longas O Diabo Mora Aqui,
de Dante Vescio e Rodrigo Gasparini, como Luciano, e Minha Fama de Mau, cinebiografia de Erasmo Carlos dirigida por Lui
Farias, com previsão de estreia para o segundo semestre de 2017.
Thiago
Marinho
Formado em Teatro pela Universidade Candido
Mendes, Thiago iniciou seus estudos no Tablado, onde foi aluno de nomes como
Sura Berditchevsky, Hamilton Vaz Pereira e Andréia Fernandes e participou de
seu primeiro trabalho profissional: O
Dragão Verde, de Maria Clara Machado, com direção de Cacá Mourthé.
Professores de canto: Ester Elias, Fred Silveira, Danilo Timm e Alessandra
Hartkopf. Estudou dança com Yocie Suzane no Studio Valorarte e com Janice
Botelho no Ballet Dalal Achcar. Últimos trabalhos: O Auto da Compadecida, com direção de Leonardo Brício, O Despertar da Primavera e Beatles num Céu de Diamantes, ambos
dirigidos por Charles Moeller e Claudio Botelho, Um amigo diferente, dos Inclusos e os Sisos, com direção de Marcos
Nauer, Elis, A Musical, de Dennis
Carvalho, Chacrinha - O Musical, de
Andrucha Waddington, além de Incêndios e
Céus, dirigidos por Aderbal Freire-Filho. Participou ainda como protagonista
dos curtas-metragens Display e Orbe e da novela Babilônia.
Luca Ayres
Luca Ayres é
ator pela Teatro pela Universidade Cândido Mendes (UCAM) e publicitário pela
UFES. Entre seus principais trabalhos estão: Backer Street, com direção de André Paes Leme; Se eu fosse Iracema, indicada aos prêmios Shell e Cesgranrio e da
qual também foi assistente de direção. Na TV, participou de algumas
minisséries.
Vídeos:
Teaser de 1min: https://youtu.be/v4LEU9I KEeI
Teaser de 6min: https://youtu.be/mkblukl 7sPg
Teaser de 9min: https://youtu.be/vE_a647 vRhE
Ficha técnica:
Texto:
Luiza Prado
Direção:
Daniel Herz
Elenco:
Leila Savary, Lucas Drummond/Felipe
Frazão e Thiago Marinho
Ator
convidado: Luca Ayres
Produção:
Palavra Z Produções Culturais
Co-produção:
Raposo Produções
Direção
de Produção: Bruno Mariozz
Figurino:
Antônio Guedes
Cenário: Fernando Mello da Costa
Cenário: Fernando Mello da Costa
Iluminação: Aurélio de Simoni
Trilha Sonora: Pablo Paleologo
Fotografia e Vídeo: Paulo Henrique Costa Blanca
Visagismo: Talita Bildeman
Trilha Sonora: Pablo Paleologo
Fotografia e Vídeo: Paulo Henrique Costa Blanca
Visagismo: Talita Bildeman
Idealização:
Nossa! Cia. de Atores
SERVIÇO:
Espetáculo: Tudo o que há Flora
Local: Centro Cultural Banco do Brasil Brasília
Endereço:
SCES Trecho 2 – Brasília/DF
Temporada: até 5 de fevereiro
de 2017
Dias e horário: de quinta a domingo, sempre às 20h
Ingresso: R$ 20,00 (inteira) e R$ 10,00 (meia para clientes e funcionários do BB, estudantes e maiores de 60 anos)
Dias e horário: de quinta a domingo, sempre às 20h
Ingresso: R$ 20,00 (inteira) e R$ 10,00 (meia para clientes e funcionários do BB, estudantes e maiores de 60 anos)
Bilheteria:
de quarta a segunda, de 9h às 21h
Informações: Tel.: (61) 3108-7600
Duração:
60min
Capacidade: 327 lugares
Capacidade: 327 lugares
Classificação
indicativa: 12 anos
==> Foto: PH Costa Blanca
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