Honduras e Coreia do Sul avançam na Olimpíada após jogos no Mané Garrincha

A rodada dupla de jogos de futebol no Estádio Nacional de Brasília Mané Garrincha foi de confrontos diretos pela classificação nesta quarta-feira (10). Com os resultados, avançam para as quartas de final as seleções masculinas de Honduras e Coreia do Sul. Já a Argentina e o México se despedem do torneio. A Operação Olimpíada não registrou ocorrências graves nas duas partidas.

De acordo com boletim divulgado pela Secretaria da Segurança Pública e da Paz Social, a Polícia Civil registrou furto de veículo e apreensão de produto pirata. O Corpo de Bombeiros anotou seis ocorrências. Uma criança, que havia se perdido, foi encontrada antes de o jogo terminar. Duas pessoas desmaiaram e foram atendidas no local. Outras duas, com pressão alta, foram encaminhadas ao Hospital Regional da Asa Norte. A corporação atendeu também uma criança de 2 anos, que foi liberada em seguida.

A Polícia Militar não registrou ocorrências no perímetro de segurança. O público ao fim dos dois confrontos foi de 19.332 torcedores.

Alterações no trânsito perto do Mané Garrincha

O trânsito fluiu melhor em relação aos outros dias de jogos na capital. Os bloqueios nas vias em torno do Mané Garrincha e nos estacionamentos do próprio estádio, da Funarte, do Planetário de Brasília, da Feira da Torre de TV e do Complexo do Palácio do Buriti foram desfeitos por volta das 19 horas. As interdições serão retomadas à 0h01 de sexta-feira (12).
Às 9 horas de sexta, a N1 (Eixo Monumental, sentido Rodoviária do Plano Piloto-antiga Rodoferroviária) será novamente bloqueada por causa do jogo das 13 horas. A previsão é liberar a via duas horas após o fim da partida.

Coreia do Sul x México

Atual campeão olímpico, o México foi eliminado ao perder por 1 x 0 para a Coreia do Sul. Os asiáticos — bronze em Londres-2012 — partem para Belo Horizonte, onde jogarão as quartas de final no sábado (13), às 19 horas, contra Honduras. No mesmo dia, às 13 horas, enfrentam-se Portugal e Alemanha no Mané Garrincha.

Funcionários da embaixada sul-coreana no Brasil compareceram em peso ao jogo. Younjung Kim, de 28 anos, que trabalha em Brasília desde o ano passado, comemorou a oportunidade de ver a equipe no Mané Garrincha: “Já fui aos dois primeiros jogos, em Salvador, e quero continuar com a seleção”.

Já o mexicano Caramelo Chavéz, de 53 anos, que sempre acompanha a seleção de futebol, não teve a mesma sorte. “Eu vim ao Brasil para segui-los na Copa do Mundo e na Copa das Confederações”, contou. Ele já está na terceira Olimpíada e sabia da dificuldade que encontraria em Brasília: “A Coreia é uma equipe forte, pode ser cotada entre as favoritas. Aqui tínhamos de ganhar ou ganhar”, resignou-se ao fim dos 90 minutos.

Argentina x Honduras

Duas vezes campeã olímpica, a Argentina precisava vencer para seguir na competição, mas empatou em 1 x 1 com Honduras e acabou na terceira posição do Grupo D. Com o calor da seca brasiliense, houve uma parada técnica aos 30 minutos dos dois tempos da partida das 13 horas.

Embora fossem poucos no estádio, os hondurenhos contaram com a torcida brasileira, que vaiou as investidas da equipe argentina durante o jogo. Os amigos Aldo Calderon, de 20 anos, e Walter Maradiaga, 28, emocionaram-se durante a execução do hino do país e foram aplaudidos por quem estava perto. “É muito difícil conquistar uma medalha, para mim o mais importante é poder participar disso tudo”, disse Calderon.

Maradiaga já morou no Brasil e não se surpreendeu com o apoio dos brasileiros. “Vi que a rivalidade com a Argentina é muito forte e sabia que seríamos apoiados. Bom para os nossos jogadores, que certamente sentem esse apoio”, analisou.

O Mané Garrincha também recebeu muitos torcedores da Argentina. O servidor público Ruither Sanfilipo, de 57 anos, é brasileiro, mas estava com a camisa do país vizinho. Ele é neto de José Sanfilipo — quinto maior artilheiro da história da primeira divisão argentina e autor de 21 gols pela seleção —, que atuou entre as décadas de 1950 e 1970.

“A origem me leva a torcer pela Argentina, embora o coração tenha lugar para o Brasil também”, disse Sanfilipo, que estava acompanhado da família, que se dividiu entre vestir o azul-celeste e o verde-amarelo do Brasil.

Técnico de Honduras agradece à torcida

Em entrevista coletiva após a partida, o técnico argentino, Julio Olarticoechea, lamentou a desclassificação precoce. “Jogamos bem o primeiro tempo, mas a bola não entrou. Depois perdemos a tranquilidade, mas vale ressaltar que enfrentamos bons rivais.”

Já o técnico de Honduras, Jorge Luis Pinto, destacou a calorosa torcida de Brasília: “Muito obrigado ao povo do Brasil e de Brasília que nos apoiou. Sabíamos que sentiríamos esse calor. Vamos para Belo Horizonte muito agradecidos”.

==> Foto: Andre Borges / Agência Brasília

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