CARONA BRASIL NO CLUBE DO CHORO DE BRASÍLIA

O grupo vocal Carona Brasil, formado pelas cantoras mineiras Cássia Mattiello, Rosana Tunes, Carol Viana, Margareth Lucena e Sofia Cupertino, canta os compositores mineiros de todos os tempos na turnê de lançamento do seu terceiro álbum, “De lá pra cá – Daqui prali”.
          
O show, apresentado em Belo Horizonte, Juiz de Fora e Brasília, tem a direção cênica de Ernani Maletta (professor de artes cênicas na UFMG, ator, cantor, diretor, regente e arranjador, com atuações no Brasil e no exterior), a duração aproximada de 1h30 e reserva surpresas para o público. Dentre outras, a participação de um “contador de casos”, fazendo uma contextualização delicada do “ser” mineiro.
          
O espetáculo é dinâmico, sensível e leva o público de todas as faixas etárias, do juvenil ao adulto, a momentos de alegria e emoção.
          
O repertório escolhido, após vasta pesquisa na música brasileira, é diversificado e contempla compositores no tempo e no espaço das Minas Gerais. Assim, vem de Ary Barroso e Joubert de Carvalho, passando pelo Clube da Esquina e João Bosco, chegando a Vander Lee e Samuel Rosa.
          
A direção musical e os arranjos instrumentais são de Gilvan de Oliveira, virtuoso violonista, professor, compositor, arranjador, maestro e diretor. Na equipe de músicos estão Serginho Silva (percussão), Ivan Correa (baixo) e Cléber Alves (sopro).
          
Os arranjos vocais são de Sílvia Maneira, uma das fundadoras do Carona Brasil, e de Gilvan de Oliveira; a preparação vocal é da conceituada professora, cantora e diretora Babaya; a produção executiva é de Rosana Tunes, cantora e também uma das fundadoras do grupo.
          
O Carona Brasil cunhou sua identidade, enquanto grupo, numa trajetória de treze anos, consolidada com os dois álbuns anteriores: “Corra e Olhe o Céu” e “Bossa, Coisa Nossa”. Faz um trabalho vocal cantado com timbragem impecável, harmonia e afinação. É reconhecido pela seriedade e competência com que realiza os seus projetos e pela grande aceitação do público, razão maior do seu trabalho.
          
Tem sua marca registrada também na maneira de fazer: pesquisas direcionadas, o canto em grupo e solos, arranjos vocais diferenciados, participação de profissionais da música de primeira linha e um produto final de qualidade. Busca um resultado que supere expectativas, encante e valorize a cultura brasileira.
          
O Carona Brasil garante diversão, cultura e entretenimento.
“Minas são muitas. Porém, poucos são aqueles que conhecem as mil faces das Gerais” (Guimarães Rosa)
          
Chico Brant, jornalista e escritor, assim apresenta o álbum “De lá pra cá – Daqui prali” do Carona Brasil:
          
Garimpando tesouros na música dos mineiros
         
Produto de cuidadosa pesquisa musical, “De lá pra cá – Daqui prali” traduz mais esse compromisso de trabalho do grupo Carona Brasil. As cantoras Cássia Mattiello, Rosana Tunes, Carol Viana, Margareth Lucena e Sofia Cupertino, acompanhadas de ótimos instrumentistas e arranjadores, emprestam suas vozes a compositores que nasceram em Minas e trouxeram consigo a sofisticação e a sutileza artística da sua terra.

Sem pretensão, a coletânea contempla gerações, traça um sutil paralelo entre elas e apresenta uma diversidade de estilos. E assim, avisa: os mineiros também fazem música da melhor qualidade para o Brasil e para o mundo!
          
Herança para isso eles têm. Nos séculos XVIII e XIX, enquanto mineradores corriam atrás do ouro, Lobo de Mesquita, João de Deus de Castro Lobo, José Maria Xavier e outros elevavam a música sacra ao patamar da genialidade. Hoje, em profícua garimpagem, o Carona Brasil mostra que novos criadores continuaram compondo, tocando e cantando, dentro ou fora de Minas; embora, digamos, fazendo música em silêncio...
          
Ao batear aluviões e veios musicais, o grupo descobriu e/ou expôs tesouros no CD “De lá pra cá – Daqui prali”: título inspirado na multiplicidade das “muitas e várias Minas” do imaginoso Guimarães Rosa. Esse garimpo confirma que Minas Gerais é síntese também da diversificada música popular brasileira. A Feira, primeira faixa do CD, evoca com seus metais e ritmo a música pernambucana. Mater e Pater e Áfrico, o banzo africano e a nostalgia do mar que muitos nunca viram. Maringá é até hoje o grande hino brasileiro à saudade, legado pelo uberabense Joubert de Carvalho. Papel Machê, a obra prima e lúdica do versátil João Bosco, em parceria magistral com Capinan. O carmelitano Mário Palmério, escritor e político, ensina o que é Saudade. Na Suíte das Mulatas, o juiz-forano Geraldo Pereira, o ubaense Ary Barroso e o miraiense Ataulfo Alves esbanjam talento em Sem Compromisso, Faceira e Mulata Assanhada.
          
Ao lado desses e dos demais compositores mineiros célebres, incluindo Milton Nascimento, Fernando Brant, Márcio Borges, Samuel Rosa, também desfilam no cd os contemporâneos Pablo Bertola, Júlia Medeiros, Ladston do Nascimento, Sérgio Santos, Flávio Henrique, Nelson Ângelo, Vander Lee, Sílvia Maneira e Gilvan de Oliveira.
          
Gilvan é o arranjador instrumental e atua também como arranjador vocal, violonista e guitarrista. Ele, os outros instrumentistas, a arranjadora Silvia e a preparadora vocal Babaya criam em todas as faixas, bem ao gosto mineiro, requintada harmonia das vozes com os instrumentos e das músicas em ritmo dançante com letras que chegam ao lirismo e a devaneios metafísicos.
          
Em “De lá pra cá – Daqui prali”, os mineiros fazem justiça ao melhor da MPB.
(Chico Brant, jornalista e licenciado em História, atualmente é secretário de comunicação social do TRT-MG.)

A apresentação acontece dia 04 de Julho de 2015 – sábado a partir das 21:00 horas. Ingressos: R$ 10,00 (meia) e R$20,00 (inteira)

Informações: Tel.: 3224.0599. Ingressos: Clube do Choro de Brasília – SDC BLOCO “G” - Funcionamento da bilheteria: 2ª a 6ª feira: 10:00 às 22:00 horas. Sábado a partir de 19:00 as 21:30 horas, ou através do site: www.clubedochoro.com.br                                      

O Clube do Choro de Brasília fica entre a Torre de TV, o Centro de Convenções e o Planetário.
Não recomendado para menores de 14 anos

==> Foto: Rafael Motta

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