O FRONTEIRA – Festival Internacional do Filme Documentário e
Experimental anuncia duas importantes retrospectivas que serão destaque na
programação da segunda edição do festival, realizada entre os dias 20 e 29 de
agosto em Goiânia – “Bruce Baillie e a Canyon Cinema” e “Sylvain George”.
A primeira homenageia um dos
mais renomados cineastas da vanguarda norte americana, Bruce Baillie, e seu
trabalho como fundador da Canyon Cinema, uma das maiores e mais importantes
distribuidoras de cinema experimental e avant-garde do mundo. A Canyon Cinema foi criada em 1961 a partir
de exibições realizadas por Baillie e Chick Sanders, juntamente com outros
expoentes do cinema underground californiano, no quintal de sua casa em São
Fransisco.
A retrospectiva “Bruce Baillie e a Canyon Cinema” trará filmes
essenciais da carreira do cineasta, entre eles suas obras primas seminais Quixote (1965), Castro Street (1966) e Quick
Billy (1971). A mostra engloba ainda trabalhos que costuram a história da
Canyon, desde seu surgimento em 1961 até os dias atuais, representados por
produções de James Broughton, Stan Brakhage, Robert Nelson, Paul Sharitis,
Larry Gottheim, Bill Brand, Peter Hutton, Eve Heller e Nathaniel Dorsky.
A mostra exibirá, pela primeira vez no Brasil, parte da obra de
Baillie e da Canyon Cinema em cópias 16mm restauradas e únicas.
Retrospectiva Sylvain George
O FRONTEIRA também prestará homenagem ao cineasta francês Sylvain George, realizador decisivo do cinema político atual. Foram 20 anos desde o momento em que George decidiu se tornar diretor de cinema e escreveu o argumento de seu primeiro filme sobre imigrantes iraquianos, afegãos e iranianos na França, até realizá-lo em 2008 sob o título de No Border, indicando o processo minucioso de reflexão do cineasta diante de seus filmes.
Seus projetos seguintes levaram adiante esse processo, sempre aliados à urgência dos temas abordados, como a repressão policial em L’Impossible (2009), novamente os problemas da imigração em Figuras de Guerra (2010) e Os Estilhaços (2011), e as mobilizações populares de 2011 e 2012 ocorridas na Espanha em Rumo a Madrí (2013).
Rebelião e emancipação estão no centro dos filmes de George, que encontram a verdadeira política nos gestos, gritos e corpos daqueles que estão dentro da ordem sócio-econômica dominante, mas são considerados "excedentes".
O cineasta combina o olhar reflexivo de alguém que pensa muito antes de pegar a câmera, com a violência e a urgência de quem une militância e realismo documental. Sylvain George desenvolveu sua própria forma de fazer cinema político, de trabalhar sozinho, perto da terra. Uma espécie de do-it-yourself em que a independência não é um rótulo, mas um princípio básico.
O festival exibirá o seu primeiro curta-metragem, bem como seus longas seguintes, e contará com a presença do próprio Sylvain para debates e conversas com o público durante o festival.
O FRONTEIRA é realizado pela Barroca Produções Artísticas e Cinematográficas, tem patrocínio do Governo de Goiás através da Lei Goyazes e Ministério da Educação, e apoio da Cinemateca da Embaixada da França e do Institut Français.
==> Foto: Divulgação
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