BRASÍLIA (28/5/14) - Quem estiver no Distrito
Federal, a partir desta quarta-feira (28), terá à disposição 100
bicicletas para compartilhamento, de um total de 400, e um aplicativo
voltado às ciclovias da capital. A iniciativa, que também beneficiará
turistas que vierem à cidade durante a Copa do Mundo –com início em 15
dias-, pretende estimular formas alternativas de transporte e será
expandida futuramente.
"Hoje é um dia especial para todos nós porque estamos colocando em
prática uma ação concreta para o uso da bicicleta. Essa é uma estratégia
importante e faz parte de uma política de governo e não uma ação
isolada, tanto que temos a maior malha cicloviária do país", frisou o
governador pouco antes de utilizar uma das bicicletas para deslocamento
do Memorial JK à Praça do Buriti.
Pelo planejamento do GDF, neste primeiro momento a cidade receberá 10
estações, cada uma com 10 bicicletas. Um desses pontos do "Bike
Brasília", localizado no Memorial JK, foi palco, hoje, da solenidade que
marcou o início desse serviço. Os demais ficam na região central do
Plano Piloto (ver mapa) e foram posicionados em áreas estratégicas e de
grande circulação de pessoas.
Resultado de uma parceria público-privada, que envolve as empresas
Samba/Serttel e o Itaú Unibanco, o sistema de compartilhamento de
bicicletas do DF terá 40 estações em seu pleno funcionamento. As
bicicletas estarão à disposição dos usuários todos os dias da semana,
das 6h às 0h, e para utilizá-las é necessário preencher um cadastro na internet e efetuar o pagamento de uma taxa anual de R$ 10.
Ao finalizar o procedimento de cadastro, a pessoa poderá fazer uso da
bike, durante 1h. Após esse período, para assegurar a gratuidade por
mais de uma vez em um mesmo dia e permitir que mais pessoas tenham
acesso a esse sistema, o ciclista deverá esperar um período de 15
minutos para utilizar novamente a bicicleta. Caso opte por não fazer a
pausa, o usuário deverá pagar R$ 5 por hora excedente.
Com uso de tecnologia moderna, as estações desse projeto de
compartilhamento funcionarão com energia solar e são interligadas por um
sistema de comunicação sem fio que opera pela rede GSM e 3G. Para usar a
bike, que tem fabricação 100% nacional e pesa em torno de 15 quilos, o
ciclista poderá destravá-la por um aplicativo para smartphones ou por
meio de uma ligação para o número 4003-9846.
O "Bike Brasília" será operado de forma semelhante ao sistema que foi
implantado em São Paulo, Pernambuco, Salvador, Porto Alegre e Rio de
Janeiro, que foi o primeiro do país a adotar o sistema, em outubro de
2011, e já conta com mais de 3 milhões de viagens e cerca de 200 mil
usuários cadastrados.
Segundo o secretário de Governo, Gustavo Ponde de Leon, as demais
bicicletas que integram o sistema deverão estar em operação em até 2
meses, prazo em que as outras 30 estações serão instaladas em diversos
pontos da cidade. De acordo com ele, a ideia é que futuramente as
regiões administrativas recebam esse benefício.
"Esse é um projeto de sucesso no mundo inteiro, e depois dessa fase
inicial queremos levar o projeto a todo o DF. A Copa do Mundo, claro,
foi a grande meta para o desenvolvimento da cidade, e hoje chegamos a
esse momento tão importante", acrescentou.
TECNOLOGIA – Além das bicicletas, o GDF oferece, a
partir de hoje, o "CiclovidaDF", um aplicativo para facilitar a vida de
quem gosta de pedalar pela capital federal. Disponível gratuitamente nas
lojas on-line da App Store (iOS) ou Google Play (Android), a plataforma
proporciona interação entre os ciclistas e o acesso de informações
sobre rotas e de dicas.
De acordo com o coordenador do Fórum de Mobilidade por Bicicleta no
DF, da Casa Civil, Paulo Alexandre Passos, o aplicativo tem como grande
destaque a possibilidade de os usuários sinalizarem no mapa on-line os
locais em que as ciclovias apresentam problemas como rachaduras e falta
de iluminação. Para ele, isso será uma forma de o GDF dar uma resposta
mais rápida para sanar problemas.
"Essa é mais uma entrega do Plano de Mobilidade por Bicicleta
e é uma forma mais dinâmica de conseguir identificar os pontos de
interesses dos turistas na cidade. Essa ferramenta nos dá um modelo de
gestão mais eficaz", acrescentou.
No aplicativo, conforme lembrou Passos, existem sugestões de oito
circuitos urbanos e 20 rurais, com diferentes níveis de dificuldades que
vão desde fácil ao difícil. Com essas funcionalidades, o ciclista tem
acesso, entre outras coisas, às recomendações sobre o local escolhido,
duração média de percurso, além de fotos e vídeos.
Fábio Magalhães, da Agência Brasília
==> Foto: Dênio Simões / GDF
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