Clima seco faz aumentar procura nas emergências dos hospitais

O outono é a estação do ano com constantes oscilações climáticas, e o clima seco pode provocar doenças respiratórias e outras infecções inflamatórias e alérgicas. É o que diz o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet).

Esses distúrbios no organismo aumentam a procura nas emergências dos 13 hospitais da rede pública, e a maioria são crianças. A Secretaria de Saúde (SES/DF) já providenciou contratação temporária de mais pediatras para reforçar a equipe atual de 708 médicos da especialidade.

Doenças, como amigdalites, sinusites, otites, pneumonia, meningites e até infecções virais como gripes e resfriados, foram notadas em boa parte dos atendimentos. "O hospital do Gama, por exemplo, saltou de 3 mil para 6 mil atendimentos na emergência de março a abril.

"É natural nesta época o aumento da demanda, principalmente no pronto-socorro infantil", informou Roberto Bittencourt, subsecretário de Atenção à Saúde da SES/DF.

Para dar conta da demanda, os 708 pediatras da rede ganham reforços com as contratações temporárias de médicos para atender as crianças. Além disso, há o apoio de 26 especialistas em alergia e imunologia, fundamentais para o atendimento de doenças respiratórias e outras infecções inflamatórias e alérgicas.

Essas doenças virais e bacterianas também podem antecipar crises de asma e rinite alérgica e isso acaba precipitando o paciente, que já é assistido nos consultórios, a visitas recorrentes às emergências, fator que também altera a rotina dos pronto-socorros.

PREVENÇÃO – Segundo a coordenadora de Alergia e Imunologia da SES/DF, Marta de Fátima Guidacci, existem algumas medidas preventivas nesta estação. "Os cuidados com a alimentação, ingestão de líquidos, procurar estar bem agasalhado e, claro, vacina contra a gripe, são primordiais para prevenção de doenças agravadas ou causadas tanto no outono quanto no inverno", explicou.

Os especialistas em alergia e imunologia da SES/DF dão continuidade aos casos encaminhados pelas emergências dos hospitais. Para quem já é acompanhado na rede, a orientação é atualizar o cartão vacinal e, principalmente para os alérgicos, seguir o controle ambiental:

1. Evitar em casa tapetes, carpetes, cortinas, almofadas, bichos de pelúcia e móveis estofados;
2. Revestir colchões e travesseiros com material sintético impermeável;
3. Usar colcha de algodão, piquê ou edredom. Não usar cobertores de lã ou chenile;
4. As orientações acima se aplicam às demais camas do quarto;
5. Paredes da casa com pintura lavável;
6. Limpar a casa diariamente com pano úmido e aspirador de pó;
7. Não usar umidificador e vaporizadores, pois estimulam o crescimento de ácaros e fungos;
8. Evitar animais de pelos dentro de casa;
9. Não utilizar inseticidas, espirais contra insetos, desodorantes ambientais e outras substâncias com cheiro ativo;
10. Não fumar dentro de casa e na presença de um paciente;
11.Ter vida ao ar livre e praticar esportes.
Para o paciente que deseja acompanhamento para doenças alérgicas, a porta de entrada são os Centros de Saúde mais próximos. O atendimento na especialidade de alergia e imunologia segue a lista de marcação por prioridade conforme a gravidade do caso.

Da Agência Brasília, com informações da Secretaria de Saúde

==> Foto: Divulgação

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