Show. Espetáculo. Brincadeira. Aula. Dê o nome que quiser ao reencontro
de Neymar com o Santos. Todos eles definem perfeitamente o que foi a
goleada do Barcelona por 8 a 0 em cima do Peixe, nesta sexta-feira, no
Camp Nou, na disputa do Troféu Joan Gamper. Pareciam profissionais
contra amadores. Não à toa, foi a maior goleada da história do torneio.
Reforçado por Neymar apenas no segundo tempo, o time catalão dominou
completamente a partida do início ao fim. O craque brasileiro e o gênio
Messi atuaram somente 16 minutos juntos. As chances do Santos foram
raras, quase inexistentes. O time do Peixe parecia completamente perdido
na festa catalã, com 81 mil pessoas no estádio para a apresentação
oficial do elenco do Barça para a temporada 2013/2014.
Desta vez, o time catalão precisou de apenas 28 minutos para repetir o
placar que lhe deu o título do Mundial de Clubes da Fifa de 2011, contra
o mesmo Santos. À época, após o jogo, Neymar declarou que o Peixe teve
uma aula e que o Barcelona tinha ensinado como se joga futebol. Sorte
dele estar agora do lado dos que ensinam.
Do banco de reservas, no primeiro tempo, o atacante aplaudiu. No
segundo, esteve em ação. Mas não deixou a sua marca contra o seu
criador. Deu uma assistência para um dos gols de Fábregas e tentou
algumas jogadas de efeito pelas pontas, com dribles e arrancadas. Sua
melhor chance veio no fim - um chute no travessão.
4 a 0 com menos de 30 minutos
Sentado no banco de reservas do Camp Nou, Neymar viu mais um show do
Barcelona contra o Santos. Só que desta vez o atacante pôde aplaudir e
comemorar. Principal reforço do time catalão para a temporada, o
ex-santista viu seus novos companheiros brincarem com o Peixe.
A goleada do Barça começou a ser construída aos sete minutos, com a
assinatura de Messi. O argentino recebeu a bola de Pedro, deixou Aranha
no chão e tocou para o fundo do gol. Aos 11 minutos, o Peixe fez um
gol... contra! Depois de cruzamento de Daniel Alves, o lateral Léo
desviou e encobriu o goleiro santista.
De gol em gol, a transmissão da televisão mostrava as reações de
Neymar. O garoto aplaudia o Barcelona. O atacante voltou a comemorar aos
21 minutos, quando Alexis Sánchez trocou passes com Messi e ampliou.
Aos 28, em linda jogada, Sánchez tocou para Alba, que cruzou para Pedro
fazer o quarto.
Em pé, aplaudindo, Neymar balançou a cabeça em sinal de aprovação. Para
o Barcelona, é claro. Porque o Santos era uma pura decepção. Presa
fácil para o time catalão, o Peixe não reagiu. Parecia uma partida de
adultos contra crianças. Sem exagero.
A única tentativa do Santos foi em chute de Galhardo, aos 32 minutos.
Mas a bola passou longe, bem longe do gol. Com o passar do tempo, o
Barcelona fez a partida parecer cada vez mais brincadeira. Os jogadores
do time catalão trocavam passes com certa displicência, como se pudessem
fazer gol a qualquer hora. E podiam.
A principal novidade de Tata Martino para o segundo tempo foi
justamente Neymar. Depois de aplaudir a atuação do Barcelona no primeiro
tempo do banco de reservas, o atacante tinha, então, a oportunidade de
fazer parte do show. Bem contra o time que o projetou nacional e
internacionalmente no futebol.
Neymar entra, e o baile continua
Buscando o jogo e partindo para cima dos zagueiros santistas, Neymar
procurou ser participativo. No quinto gol do Barcelona, aos sete
minutos, ele não teve colaboração, mas correu para abraçar Fábregas, que
chutou sem chance para Vladimir, substituto do goleiro Aranha no gol do
Peixe.
Com os times bem modificados em relação ao primeiro tempo, o Barcelona
continuou superior em campo. Mas não tanto quanto antes. O problema é
que o Santos não encontrou forças para ir adiante. E receoso, também,
preferiu não se arriscar e levar uma goleada ainda maior.
Não teve jeito. E Neymar ajudou a afundar o Santos. Aos 22, o atacante
deu ótima assistência para Fábregas marcar o sexto do Barça. Com o
Santos entregue ao show do Barça, o sétimo gol era apenas questão de
tempo. E saiu aos 29 minutos, em chute do brasileiro Adriano, de fora da
área. Um golaço no ângulo.
Deu tempo ainda de o Barça fazer o oitavo, com Dongou, aos 37, e de
Neymar chegar bem perto de deixar o seu contra o ex-time. O chute do
atacante brasileiro, aos 43 minutos da etapa final, no entanto, acertou o
travessão de Vladimir. Ele, portanto, não teve que comemorar um gol seu
contra seu criador.
Menos mal para o Santos...
Victor Valdés (Pinto); Daniel Alves (Montoya), Piqué (Bartra), Mascherano (Bagnack) e Jordi Alba (Adriano); Busquets (Song), Xavi (Sergi Roberto) e Iniesta (Fábregas); Alexis Sánchez, Pedro (Neymar) e Messi (Dongou). | Aranha (Vladimir); Rafael Galhardo (Cicinho), Edu Dracena, Durval (Gustavo Henrique) e Léo (Mena); Arouca (Alan Santos), Cícero, Leandrinho (Léo Cittadini) e Montillo (Pedro Castro); Neilton (Giva, depois Victor Andrade) e Thiago Ribeiro (Willian José, depois Gabriel). |
Técnico: Gerardo Martino | Técnico: Claudinei Oliveira |
Gols: Messi, aos sete, Léo, contra, aos 11, Alexis Sánchez, aos 21, e Pedro, aos 28 minutos do primeiro tempo; Fábregas aos sete, e aos 22, Adriano, aos 29, Dongou, aos 37 do segundo tempo. | |
Cartões amarelos: Victor Andrade | |
Local: Camp Nou, Barcelona (Espanha) |
==> Fonte: Globoesporte
==> Foto: AFP
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