Após muito sufoco, a torcida do Olimpia pôde cantar "o tricampeão
voltou". Na noite desta terça-feira, no El Campín, o time paraguaio se
agarrou à história, resistiu à pressão do Santa Fé nos 2.600m de
altitude de Bogotá e garantiu com muito custo a sua sétima final de
Libertadores. A heroica vitória colombiana por 1 a 0, com um gol polêmico de Medina - a bola quicou em
cima da linha e saiu - não foi suficiente para levar a equipe para a sua
primeira decisão do tornio sul-americano. O Olimpia venceu o jogo de
ida por 2 a 0, no Defensores del Chaco, e agora briga pelo
tetracampeonato do principal torneio sul-americano.
Os paraguaios agora esperam pelo vencedor do confronto entre
Atlético-MG e Newell's Old Boys, da Argentina, que se enfrentam nesta
quarta-feira, às 21h50m (de Brasília), no Independência, em Belo
Horizonte. No primeiro duelo, vitória argentina por 2 a 0.
Borja e Medina encurralam o Olimpia mas pecam na pontaria
Entre as cinco modificações feitas pelas duas equipes, Prono foi o
primeiro a mostrar serviço. O jovem atacante do Olimpia soltou uma bomba
de longe, defendida por Vargas, e quase fez a torcida esquecer
momentaneamente o ídolo Salgueiro, expulso no jogo de ida. Já Molina foi
o primeiro a não mostrar serviço. Escolhido como substituto do também
expulso Bedoya no Santa Fé, o meia argentino entrou com a
responsabilidade de dar maior mobilidade ofensiva. Mas no primeiro
pique, sentiu dores na virilha esquerda e deixou a partida com cinco
minutos de bola rolando.
O imprevisto fez o técnico Wilson Gutierrez arriscar e lançar mais um
atacante no time: Borja, ex-Internacional e Flamengo. O colombiano
entrou motivado e, com a ajuda de Medina e Cuero, encurralou os
paraguaios na defesa. A bola aérea virou arma. Borja entrou
completamente livre num cruzamento na segunda trave, mas errou a
cabeçada. Medina, com uma linda bicicleta, por muito pouco não fez um
golaço: a bola raspou a trave de Martín Silva.
Com o gol aberto na pequena área, o carrasco do Grêmio na Libertadores
não conseguiu desviar na direção certa o chute cruzado de Acosta,
perdendo a melhor chance do primeiro tempo. Faltou calibrar a mira. Só
Cuero, aparentando nervosismo, destoou dos demais companheiros de
ataque. Mesmo assim, o jogo era todo do Santa Fé, dono de 66% da posse
de bola na etapa inicial. Assustado, o Olimpia sequer conseguiu explorar
os contra-ataques.
Santa Fé tem gol polêmico, e trave salva o Olimpia
A pressão fez o técnico Ever Almeida mudar o Olimpia no intervalo,
deixando o time mais precavido. Ele tirou o meia Giménez para a entrada
do zagueiro Mazacotte, e Prono deu lugar ao atacante Castorino, que
entrou em campo mais para fechar o lado esquerdo e ajudar na marcação.
Deu resultado imediato, e o ímpeto do Santa Fé diminuiu. Os chuveirinhos
pararam de levar perigo. Na única vez em que a equipe conseguiu invadir
a área com a bola dominada, Cuero foi derrubado por Manzur, mas o
árbitro uruguaio Martín Vázquez não marcou.
Foi o último dos poucos atos de Cuero, que deu lugar a um outro
atacante: Lalinde. Os colombianos seguiram dando um banho na posse de
bola. Para piorar a situação do Olimpia, Castorino se machucou e deu
lugar ao volante Paredes, deixando os paraguaios ainda mais recuados. O
castigo veio de forma polêmica: aos 30 minutos, após rebote da falta
cobrada por Omar Pérez, Medina chutou, a bola bateu no travessão e
quicou sobre a linha antes do goleiro Martín Silva tirar. O juiz deu gol
para o Santa Fé, incendiando os minutos finais.
O Santa Fé resolver fazer a última mudança do duelo: o zagueiro
Centurión saiu para a entrada do lateral Roa, e os donos da cada foram
para o ataque. Aos 39, a trave evitou o gol que parecia certo quando
Borja concluiu um chute cruzado na pequena área. A última esperança
colombiana caiu nos pés de Meza, que soltou uma pancada da entrada da
área, mas no meio do gol, facilitando o trabalho de Martín SIlva. Sem
pernas, o time não conseguiu aproveitar os quatro minutos de acréscimo e
se despediu da competição saudado pela torcida.
==> Fonte: Globoesporte
==> Foto: Reuters
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